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      Paulo Paim lamenta morte de Luís Fernando Veríssimo: 'humor refinado e um senso político inigualável'

      Escritor faleceu neste sábado em decorrência de complicações resultantes de uma pneumonia

      Paulo Paim lamenta morte de Luís Fernando Veríssimo: 'humor refinado e um senso político inigualável' (Foto: Reprodução)
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      247 - O senador Paulo Paim (PT-RS) usou as redes sociais para lamentar a morte do escritor Luís Fernando Veríssimo, falecido neste sábado (30), aos 88 anos, em decorrência de complicações provocadas de uma pneumonia. “Luis Fernando Veríssimo partiu. Sempre fui seu admirador. Tinha um belo texto, cronista, escrevia com paixão, possuía um humor refinado e um senso político inigualável. Gostava de jazz, tocava saxofone e era apaixonado pelo seu time de coração, o Inter de Porto Alegre. Minha solidariedade e sentimentos aos familiares e amigos”, escreveu o parlamentar.

      Veríssimo estava Internado há cerca de três semanas na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, ele enfrentava um quadro de princípio de pneumonia, associado a histórico de problemas cardíacos e de Parkinson, além de sequelas de um Acidente Vascular Cerebral sofrido em 2021. 

       Luís Fernando Veríssimo era filho do renomado escritor Érico Veríssimo e nasceu em Porto Alegre em 26 de setembro de 1936.Passou parte da infância e adolescência nos Estados Unidos, onde desenvolveu seu amor pelo jazz e iniciou seus estudos de saxofone. De volta ao Brasil na década de 1950, atuou como publicitário e revisor, até iniciar a carreira jornalística em Porto Alegre, no jornal Zero Hora, em 1967. Ganhou notoriedade nacional com a publicação de O Analista de Bagé (1981), personagem que tornou-se ícone por sua mistura inusitada de sofisticação freudiana e sotaque gauchesco. 

      Durante décadas, suas crônicas foram destaque em importantes veículos como O Estado de S. Paulo, O Globo e Zero Hora, sempre marcadas por humor afiado, crítica social e estilo fluido.  Publicou mais de 60 (ou 70) livros, e suas obras venderam cerca de 5,6 milhões de cópias, consolidando-se como um fenômeno literário nacional 

      A música também fez parte de seu universo: integrou bandas como Renato e seu Sexteto nos anos 1960 e a Jazz 6, nas quais tocava saxofone com paixão. Além disso, ele era torcedor fervoroso do Sport Club Internacional, chegando a dedicar livros ao clube, como “Internacional: autobiografia de uma paixão (2004)”. 

      Nos últimos anos, sua saúde foi afetada por diversos problemas: em 2016, teve de implantar um marcapasso; em 2020, passou por cirurgia mandibular seguida de um AVC em janeiro de 2021, que resultou em dificuldades motoras e de expressão; além disso, foi diagnosticado com Parkinson. Em agosto de 2025, a família informou que Veríssimo estava internado com uma “pneumonia leve que foi piorando”, entrando na UTI por volta do dia 17. 

       

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