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      Equipe de Milton Nascimento relata mensagens de ódio após processar o Cruzeiro

      O motivo do processo contra o clube foi o uso de uma canção que anunciou a contratação do atacante Gabigol

      Milton Nascimento (Foto: Divulgação)
      Leonardo Lucena avatar
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      247 - A equipe do cantor Milton Nascimento comentou sobre o processo movido contra o Cruzeiro, alvo de ação movida pela gravadora Sony Music, e outros dois músicos (Lô Borges e Márcio Borges). Os três artistas eram membros do Clube da Esquina.

      O motivo do processo foi o uso, sem autorização, da canção "Clube da Esquina nº 2", em um vídeo que anunciou a contratação do atacante Gabigol, nos primeiros minutos do dia 1º de janeiro deste ano.

      Interlocutores de Milton Nascimento afirmaram que a equipe tentou resolver a situação amigavelmente com o clube, mas não teve sucesso.

      De acordo um texto publicado no perfil do cantor pelo Instagram, “a música foi utilizada para anunciar a contratação de um jogador de forma claramente promocional, sem qualquer autorização ou tentativa de diálogo prévio, o que configura violação direta da Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/1988)”. 

      “Tentativas amigáveis de resolução foram feitas, porém foram ignoradas”, afirmou. “Propomos uma analogia simples: imagine se alguém entrasse em uma grande rede de supermercados que pertencente ao proprietário do Clube, pegasse os produtos das prateleiras e, ao chegar no caixa, solicitasse os itens gratuitamente, por amor ao time. Seria aceito?”.

      A equipe relatou que o músico foi alvo de mensagens de ódio nas redes sociais. “Lamentamos profundamente o ódio destilado nas redes sociais contra Milton, com ataques etaristas e ofensivos, quem nada têm a ver com o mérito da questão. Comentários criminosos estão sendo registrados e medidas legais serão tomadas individualmente. A internet não é terra sem lei”.

      Outro lado

      O Cruzeiro afirmou ao Globo Esporte que não recebeu citação referente ao processo. Apenas uma notificação extrajudicial. "O Cruzeiro informa que não recebeu qualquer citação referente ao processo mencionado na reportagem, portanto, desconhece o exato teor da demanda”, pontuou.

      “O clube esclarece que recebeu uma notificação extrajudicial, há aproximadamente seis meses, com alegação de violação de direitos autorais por ter compartilhado, em colaboração, um vídeo divulgado na página pessoal do atleta Gabriel Barbosa”, complementou.

      O time mineiro disse, ainda, que, “em resposta, o Cruzeiro se posicionou contrário à notificação, uma vez que não houve qualquer violação autoral por parte do clube, que apenas compartilhou, em formato collab, o vídeo postado pelo atleta, que continha fundo musical extraído da galeria musical do instagram, disponibilizada pela plataforma digital a todos os usuários, com a referência clara aos criadores musicais ao longo de toda a sua exibição”.

      “O compartilhamento da postagem pelo Cruzeiro foi apenas de cunho editorial, até como uma forma de homenagem ao artista que, em inúmeras ocasiões, declarou ser torcedor do clube, sem qualquer edição adicional que justifique violação autoral ou qualquer intuito de exploração da obra musical."

       

       

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