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‘Não devemos esperar a COP para começar a implementação dos compromissos’, alerta diretora-executiva da COP30

Segundo a brasileira Ana Toni, 'a ideia de ir de COP em COP, ano a ano, esperando que as conferências sejam balas de prata para a transição não é verdade'

A CEO da COP30, Ana Toni (centro da foto) e a enviada especial para Clima do Reino Unido, Rachel Kyte (à esquerda de Ana), em debate organizado pelo Chatham House, em Londres (Foto: Ana Rosa / Presidência da COP 30)
Redação Brasil 247 avatar
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247 - A diretora-executiva da COP 30, Ana Toni, afirmou nesta semana em Londres que as negociações entre políticos, empresários e sociedades civis não devem ocorrer esporadicamente. Eventos como a conferência de clima ocorrem pelo menos uma vez por ano, mas, conforme destacou a analista, “não devemos esperar uma COP para começar a implementação". 

"A ideia de ir de COP em COP, ano a ano, esperando que as conferências sejam balas de prata para a transição não é mais verdade. Há muitas coisas que precisamos começar a fazer agora para que as COPs se transformem em momentos de troca e responsabilização pelo que cada um faz em seu país", disse. 

“A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Clima e as COPs são os pilares que nos mantêm no caminho, mas precisamos ir além do Acordo de Paris para ter essa conversa. Ao invés de levá-los às COPs, os debates de clima também devem chegar até eles”, acrescentou. 

A temperatura média global em 2024 foi de aproximadamente 1,55°C acima da média registrada de 1850 a 1900, alertou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (18). A concentração de gás carbônico (CO₂) e de outros gases de efeito estufa atingiu o nível mais alto dos últimos 800 mil anos, o nível do mar subiu em ritmo acelerado, e a última década registrou os dez anos mais quentes da história.

Pesquisadores disseram que a temperatura dos oceanos atingiu o nível mais alto em 65 anos de registros observacionais em 2023. De 2005 a 2024, a taxa de aquecimento dos oceanos foi mais que o dobro da observada de 1960 a 2005. O nível do mar mais que dobrou, ao passar de 2,1 mm por ano, de 1993 a 2002, para 4,7 mm por ano de 2015 a 2024.

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