Belém amplia oferta de hospedagem e se organiza para receber a COP30 com mais de 50 mil leitos

247 - Com a aproximação da COP30, marcada para novembro, Belém acelera os preparativos para receber milhares de participantes com uma estrutura ampla de hospedagem. Ao todo, a cidade já dispõe de 36.015 leitos, distribuídos entre hotéis, imóveis de aluguel por temporada e navios de cruzeiro, além de alternativas em desenvolvimento como escolas adaptadas, alojamentos militares e espaços religiosos.

Dos leitos já disponíveis, 14 mil estão na rede hoteleira da capital paraense e outros se concentram na região metropolitana, em cidades como Ananindeua, Barcarena e Castanhal. A maior parte, no entanto, está no segmento de aluguel por temporada, especialmente por meio de plataformas como o Airbnb, que responde por 15.256 leitos. Já os navios contratados pelo governo federal oferecem 6.000 leitos, enquanto hotéis de pequeno porte somam outros 2.005.

Outros 9.877 leitos estão em fase de implantação. Esse número inclui novos empreendimentos hoteleiros — como das redes Vila Líderes, Tivoli e Vila Galé — além de acomodações temporárias montadas em escolas públicas, estruturas militares e instalações religiosas, que funcionarão como hostels e alojamentos durante o evento.

O secretário-extraordinário para a COP30, Valter Correia, explicou que o esforço conjunto entre o governo federal, o poder local e o setor privado foi essencial para ampliar a capacidade de hospedagem da cidade. “É muito importante essas e outras ações que estão em desenvolvimento. Nesse esforço com a rede hoteleira, conseguimos avançar bastante no que entendemos que podemos fazer em conjunto e de comum acordo, dentro de uma lógica preventiva, para viabilizar uma das melhores COPs realizadas em todos os tempos”, afirmou.

Com a confirmação de novos empreendimentos e a expansão da oferta temporária, Belém deve ultrapassar a marca de 50 mil leitos até o início da conferência, fortalecendo sua infraestrutura para acolher chefes de Estado, negociadores, empresários, ativistas, pesquisadores e representantes da sociedade civil de diversos países.

Outra iniciativa prevista para as próximas semanas é o lançamento de uma plataforma online que irá centralizar as reservas e monitorar os preços das hospedagens. A medida, coordenada pelo governo brasileiro, visa garantir maior transparência e segurança aos participantes e segue um modelo já adotado em outras edições da conferência climática promovida pelas Nações Unidas.