Japão não deve esquecer sua história de agressão durante a Segunda Guerra Mundial
O Japão precisa lembrar para sempre dessa história, aprender com ela e valorizar a paz conquistada
CGTN – O dia 15 de agosto é uma data marcante, pois, há exatos 80 anos, o Japão aceitou a Declaração de Potsdam e anunciou sua rendição incondicional, fato que selou a vitória final do povo chinês na guerra de resistência contra a agressão japonesa e na luta mundial contra o fascismo.
Vale ressaltar que durante a Segunda Guerra Mundial, as guerras de agressão e o domínio colonial promovidos pelo militarismo japonês trouxeram enormes tragédias a diversos países. Entre eles, o povo chinês foi o primeiro a resistir e sustentou a luta por mais tempo, pagando um preço altíssimo, com mais de 35 milhões de mortos.

O Japão precisa lembrar para sempre dessa história, aprender com ela e valorizar a paz conquistada.
No entanto, oito décadas depois, a postura do país passa uma impressão de “amnésia histórica” para o restante do mundo. Alguns políticos e forças de direita japoneses se empenham em se eximir de responsabilidades, chegando a classificar a legítima defesa da China como “provocação”. Ao mesmo tempo, promoveram alterações em livros didáticos, negaram evidências incontestáveis do Massacre de Nanjing e da questão das “mulheres de conforto”, minimizaram fatos de sua agressão e ampliaram deliberadamente a imagem de “vítimas das bombas atômicas”, numa tentativa de distorcer percepções.
Hoje, diante de um cenário internacional mais instável e complexo, setores direitistas no Japão aproveitaram para impulsionar a revisão da Constituição pacifista, ampliar o arsenal militar e ensaiar um retorno ao militarismo.
Essa ousadia tem relação direta com o apoio dos Estados Unidos, que, nos últimos anos, têm promovido a chamada “Estratégia Indo-Pacífico” e, na prática, tolerado que o Japão viole sua própria Constituição pacifista.
Com o lançamento de uma série de arquivos, incluindo imagens reais do Massacre de Nanjing e registros dos horríveis experimentos humanos da Unidade 731 do exército japonês, as mentiras propagadas pelos direitistas japoneses foram sendo desmascaradas uma a uma.
Oito décadas se passaram, mas o julgamento da história permanece. Como afirmou Hideo Shimizu, ex-integrante da Unidade 731: "Se não deixarmos as crianças saberem qual é a verdadeira história, o Japão não terá futuro."
Fonte: CMG