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Wellington Dias rebate críticas ao Bolsa Família: "não dá para dizer que esse povo não quer trabalhar"

Ministro destaca que 98,8% das vagas em 2024 foram ocupadas por beneficiários e defende empregos com renda adequada para superação da pobreza

ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, durante cerimônia de relançamento do Bolsa Família (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Guilherme Levorato avatar
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247 - Durante entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), o titular do Ministério do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), rebateu críticas ao Bolsa Família e afirmou que os beneficiários do programa não buscam apenas a sobrevivência, mas sim oportunidades reais de ascensão social, relata o g1. A declaração foi dada nesta terça-feira (15), quando o ministro destacou os dados que relacionam o programa a uma melhora concreta na vida das famílias.

“O Bolsa Família tem um efeito. De primeiro, a pessoa trabalhava por comida, agora ele tem o que comer. É preciso ter uma renda de trabalho e isso faz uma grande diferença”, afirmou Dias, ao defender que os cidadãos assistidos pelo programa querem empregos com dignidade e remuneração suficiente para garantir autonomia.

Segundo o ministro, o mercado de trabalho vem absorvendo a população de baixa renda. “Quando a gente pega só o ano de 2024, até para mim foi surpreendente, 98,8% das vagas de emprego para o povo do Cadastro Único e do Bolsa Família. Por isso que eu digo que não dá para dizer que esse povo não quer trabalhar”, afirmou, rejeitando estigmas de que os beneficiários não teriam interesse em se inserir no mundo do trabalho.

Transição gradual e oscilação de renda - Durante a entrevista, Wellington Dias foi questionado sobre o número de pessoas que permanecem no Bolsa Família há mais de uma década — um total de sete milhões, que corresponde a 35% do total de beneficiários. O ministro explicou que esse índice já foi o dobro e que o programa tem proporcionado, nos últimos anos, uma saída significativa da pobreza.

Segundo ele, 5,3 milhões de famílias deixaram a situação de vulnerabilidade entre 2023 e 2024, representando cerca de 20 milhões de pessoas. “Se alguém da classe média quer crescer, imagina alguém do Bolsa Família. Quando alguém sai do Bolsa Família é porque triplicou a renda”, afirmou.

Dias também mencionou a existência de oscilações de renda entre os beneficiários, o que dificulta uma saída definitiva do programa. Muitos acabam retornando após perderem renda ou emprego, o que exige um sistema flexível de proteção social que permita o retorno sem burocracia.

Pagamentos de abril e inclusão do Auxílio Gás - Atualmente, o Bolsa Família contempla mais de 20,4 milhões de famílias nos 5.570 municípios do país. Em abril, o programa está desembolsando aproximadamente R$ 13,7 bilhões, com um benefício médio de R$ 668,73 por núcleo familiar. O calendário de pagamentos começou nesta terça-feira (15) e segue até o dia 30, conforme o número final do NIS (Número de Identificação Social) de cada beneficiário.

Além do valor regular, o governo está pagando também o Auxílio Gás — um benefício extra bimestral equivalente ao valor de um botijão de gás de cozinha. Em abril, o valor é de R$ 108, destinado a 5,37 milhões de famílias em situação de maior vulnerabilidade. Isso representa um investimento adicional de R$ 580,46 milhões, atingindo cerca de 16,56 milhões de pessoas.

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