Solidariedade e PRD devem anunciar federação partidária nesta semana
Nova aliança busca sobreviver à cláusula de desempenho de 2026
247 - Os partidos Solidariedade e PRD devem oficializar nesta quarta-feira (25) a formação de uma federação partidária, com anúncio marcado para um evento na Câmara dos Deputados. O movimento é parte de uma estratégia para enfrentar o endurecimento das regras de financiamento público a partir de 2026. As informações são do g1.
A federação terá dez deputados federais, 138 prefeitos eleitos em 2024 e um governador — Clécio Luís, do Amapá. A nova estrutura será comandada por Ovasco Resende, do PRD, enquanto a vice-presidência ficará com o deputado federal Paulinho da Força, dirigente nacional do Solidariedade.
A documentação da federação será formalizada ainda esta semana em cartório e, na sequência, encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que é o responsável por homologar a união. A partir da oficialização, os dois partidos passarão a atuar como uma única legenda pelos próximos quatro anos, com candidaturas e decisões políticas conjuntas.
A motivação central do acordo é política e financeira. A partir de 2026, entra em vigor um novo modelo que endurece os critérios para acesso ao fundo partidário e ao tempo de propaganda no rádio e na televisão. Mesmo após fusões e incorporações — o PRD nasceu da junção entre PTB e Patriota, enquanto o Solidariedade absorveu o Pros — os dirigentes consideram que essas medidas não bastam para assegurar a sobrevivência das siglas.
Para Paulinho da Força, a federação pode ser o caminho para ganhar musculatura política e atrair novas legendas ao bloco. “Nós estamos trabalhando para construir uma candidatura ao centro. Vamos trabalhar contra extremos, contra candidaturas da direita e também contra candidaturas da esquerda”, afirmou.
Segundo Felipe Espírito Santo, vice-presidente do Solidariedade, o foco no momento é consolidar a aliança entre os dois partidos: “Inicialmente os partidos vão focar na federação Solidariedade e PRD”, declarou.
A federação também terá impacto na eleição presidencial de 2026. No pleito anterior, Solidariedade e Pros apoiaram Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto PTB e Patriota optaram por caminhos diferentes — o primeiro lançou candidatura própria, e o segundo ficou neutro.
Agora, dirigentes dos dois partidos articulam uma candidatura de centro, rejeitando tanto uma possível reeleição de Lula quanto uma nova candidatura de Jair Bolsonaro (PL). A avaliação interna é que o Planalto se afastou dos aliados que o apoiaram em 2022, o que motivou a busca por alternativas.
Em abril deste ano, Paulinho da Força participou do lançamento da pré-candidatura presidencial do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), sinalizando o desejo do grupo por uma terceira via mais estruturada.
O evento de anúncio da federação contará com a presença dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), ambos convidados para a cerimônia.
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