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      Serere Xavante, líder indígena acusado de incitação a atos antidemocráticos, é preso na fronteira entre Brasil e Argentina

      Em sua tentativa de fugir da justiça brasileira, Serere cruzou a fronteira em busca de proteção na Argentina

      Serere-Xavante (Foto: Reprodução)
      Laís Gouveia avatar
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      247 - O líder indígena José Acácio Serere Xavante, conhecido como Serere Xavante, foi preso no domingo (22) na fronteira entre o Brasil e a Argentina. A captura ocorreu após ele descumprir medidas cautelares e tentar obter asilo político no país vizinho. A informação foi divulgada pelo portal G1.

      Serere foi levado para Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, onde passará por audiência de custódia, realizada por videoconferência nesta segunda-feira (23). A prisão foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a constatação de que o líder indígena havia violado o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, medida imposta em setembro de 2023, quando foi liberado da prisão.

      De ativista a foragido

      Serere Xavante tornou-se conhecido após uma série de atos polêmicos em 2022, incluindo ameaças a ministros do STF, invasão de um terminal aeroportuário e a convocação de pessoas armadas para impedir a diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na época, sua prisão gerou reações intensas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que culminaram em atos de vandalismo em Brasília, com ônibus queimados e a Esplanada dos Ministérios fechada.

      Em sua tentativa de fugir da justiça brasileira, Serere cruzou a fronteira em busca de proteção na Argentina. Segundo apuração da RPC, ele foi encontrado andando de bicicleta próximo à divisa. Abordado por agentes argentinos, ele não portava documentos e foi levado ao posto da Polícia Federal brasileira na Ponte Tancredo Neves, onde foi identificado e posteriormente detido.

      Defesa questiona legalidade da prisão

      O advogado de Serere, Geovane Veras Pessoa, contestou a prisão, argumentando que seu cliente estava autorizado a permanecer na Argentina enquanto aguardava uma decisão sobre o pedido de asilo político. Em nota, afirmou: “Não existe nenhum pedido de extradição expedido pelo STF para prender o Serere na Argentina, porque sequer tem condenação. A ação penal do Serere encontra-se em fase de instrução”.

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