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Reação coordenada ao tarifaço de Trump pode gerar "pobreza coletiva", diz diretor do Brasil no FMI

Tarifas "recíprocas" de Trump devem começar a valer em 5 de abril

Presidente dos EUA, Donald Trump - 31/03/2025 (Foto: REUTERS/Leah Millis)

247 – O “tarifaço” anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já começa a gerar reações de diversos países — e isso pode desencadear consequências econômicas sérias. Em entrevista ao UOL News, o diretor-executivo do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI), André Roncaglia, alertou que uma escalada protecionista pode levar à paralisação do comércio e gerar o que ele chamou de “pobreza coletiva”.

“Se todo mundo começar a reagir na mesma moeda, ainda que de maneira proporcionalmente menor, a gente verá a incerteza (...) Só que esse tipo de atividade coordenada produz uma pobreza coletiva. Quando todo mundo faz isso, o comércio interno paralisa e a gente perde uma fonte nacional de dinamismo”, afirmou. “O que a gente espera é uma pressão inflacionária imediata e uma desaceleração da economia no mundo todo”.

Na última quarta-feira (2), Trump apresentou tarifas comerciais “recíprocas” que serão aplicadas a todas as importações para o país. As novas taxas devem começar a valer já em 5 de abril.

No Brasil, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca formas de minimizar o impacto da tarifa de 10% imposta pelos EUA sobre produtos exportados brasileiros. Embora o governo priorize a negociação para evitar um conflito comercial direto, alternativas de retaliação já estão sendo analisadas.

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