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Lula celebra avanços na educação e afirma: "não é gasto, é investimento"

Após dados do IBGE, presidente destaca ações do governo para reduzir o analfabetismo, ampliar acesso ao ensino superior e garantir permanência estudantil

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
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247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou nas redes sociais os avanços revelados pelo IBGE em relação à educação no Brasil. Em tom otimista, o chefe do Executivo ressaltou a queda no analfabetismo, o aumento do número de jovens estudando e o crescimento da população com ensino superior. “A educação brasileira está avançando”, afirmou.

Lula aproveitou a publicação para elencar as iniciativas de seu governo voltadas ao setor. “Aumentamos o repasse para a alimentação escolar, criamos o Pé-de-Meia e ampliamos as vagas de Escola em Tempo Integral. Também reajustamos as bolsas de permanência, estudo e pesquisa para os estudantes do Ensino Superior”, destacou. E concluiu: “educação não é gasto, é investimento”.

Ensino superior atinge patamar inédito - Segundo o levantamento divulgado pelo IBGE por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), o Brasil alcançou, em 2024, um marco histórico: 20,5% da população com 25 anos ou mais completou o ensino superior — o maior percentual da série iniciada em 2016.

Também houve avanço na conclusão da educação básica obrigatória. Neste ano, 56% da população com 25 anos ou mais finalizou ao menos o ensino médio. Em 2016, esse índice era de 46,2%.

Queda no analfabetismo reflete políticas estruturais - A taxa de analfabetismo no país caiu para 5,3%, a menor já registrada desde o início da série histórica, em 2016. Isso significa que, em 2024, 9,1 milhões de brasileiros com 15 anos ou mais não sabiam ler ou escrever — uma queda de quase dois milhões em relação a 2016. Na comparação com 2023, houve redução de 0,1 ponto percentual, equivalente a menos 197 mil pessoas analfabetas.

Apesar da redução, o analfabetismo ainda está fortemente concentrado em regiões como o Nordeste, que reúne 55,6% do total, e entre pessoas idosas. Entre aqueles com 60 anos ou mais, a taxa chega a 14,9%.

Políticas de permanência e ampliação de oportunidades - Ao mencionar o programa Pé-de-Meia, que oferece incentivo financeiro para estudantes do ensino médio de baixa renda, o presidente Lula sinalizou o esforço do governo em combater a evasão escolar. Em 2024, ainda havia 8,7 milhões de jovens entre 14 e 29 anos que não completaram o ensino médio, em muitos casos por necessidade de trabalhar, falta de interesse ou gravidez precoce.

Outras ações mencionadas pelo presidente, como o reajuste das bolsas de permanência e pesquisa no ensino superior, dialogam diretamente com o dado de que apenas 27,1% dos jovens de 18 a 24 anos cursam a etapa ideal para sua faixa etária — o ensino superior. A meta estabelecida pelo Plano Nacional de Educação (PNE) para 2024 é de 33%.

Desigualdades ainda desafiam o setor - Embora os dados revelem progressos, a desigualdade racial e regional no acesso à educação segue sendo um obstáculo. Em 2024, 3,1% dos brancos com 15 anos ou mais eram analfabetos, contra 6,9% dos pretos ou pardos. No ensino superior, apenas 2,9% dos pretos ou pardos com 18 a 24 anos haviam concluído a graduação, frente a 6,2% dos brancos.

Também persistem diferenças na escolarização entre os sexos: mulheres seguem com média de 10,3 anos de estudo, contra 9,9 dos homens.

Educação infantil e técnica também avançam - A escolarização das crianças de 4 a 5 anos atingiu 93,4%, e a das crianças de 6 a 14 anos chegou a 99,5%, refletindo a continuidade da universalização do ensino fundamental. No entanto, a falta de creches segue sendo um problema grave nas regiões Norte e Nordeste, especialmente para crianças de até 3 anos.

Outro dado relevante diz respeito à formação técnica: o número de estudantes em cursos técnicos de nível médio cresceu 28,8% entre 2019 e 2024, passando de 646 mil para 832 mil pessoas.

Compromisso com o futuro - Com os dados positivos da PNAD Contínua, o presidente Lula reforça sua aposta na educação como eixo central do desenvolvimento social e econômico do país. “Seguiremos investindo, do ensino básico ao superior”, garantiu em sua publicação.

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