Contarato promete rigor na CPI do Crime Organizado e rejeita uso político
Presidente da comissão afirma que buscará respostas concretas e condena “pirotecnia” e “palanque eleitoral” nas investigações
247 - O senador Fabiano Contarato (PT-ES), presidente da CPI do Crime Organizado, afirmou que pretende conduzir os trabalhos da comissão de forma técnica e responsável, evitando qualquer tipo de instrumentalização política. As declarações foram dadas em entrevista ao programa Estúdio i, da GloboNews.
Contarato destacou que a CPI tem o dever de oferecer resultados concretos à população, sem se transformar em um espaço de disputa partidária. O senador ressaltou que o foco será dar respostas eficazes à sociedade, especialmente às comunidades mais afetadas pela violência e pelo poder do tráfico.
Entre os requerimentos já aprovados pela comissão estão as convocações do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e dos governadores do Rio de Janeiro e de São Paulo, Cláudio Castro e Tarcísio de Freitas. “Eu sei que é um desafio, mas tenho certeza de que é possível prosseguir com responsabilidade. Hoje já aprovamos o plano de trabalho e os requerimentos do relator. Temos tudo para prestar um bom serviço à população. O que não pode é o Legislativo falhar na sua função de assegurar uma garantia constitucional”, afirmou Contarato.
O senador ressaltou que a CPI tem a missão de fiscalizar e propor soluções diante do avanço das facções criminosas e da escalada da violência em regiões dominadas por grupos como o Comando Vermelho e o PCC. “É uma determinação constitucional garantir segurança pública, e o Estado precisa cumprir essa obrigação, com coordenação entre União, estados e municípios”, declarou.
Contarato também criticou o que chamou de “politização da segurança pública” e defendeu que o foco da comissão deve permanecer em resultados concretos. “Não podemos admitir que, passado o impacto de uma operação que resultou em mais de 120 mortes, o medo volte a dominar essas áreas. É preciso coibir a politização da segurança pública. Eu tenho a consciência tranquila quanto a isso”, concluiu.

