Sabesp fecha parceria com Ambipar e transforma hidrômetros em matéria-prima reciclada
Projeto prevê reciclagem de mais de mil toneladas de hidrômetros, com ganhos de energia e redução de 2,65 milhões de toneladas de CO₂e
247 - A Sabesp firmou uma parceria estratégica com a Ambipar, referência mundial em soluções ambientais, para dar novo destino a mais de mil toneladas de hidrômetros substituídos pela Companhia em todo o estado de São Paulo. A informação foi divulgada pela própria empresa. O material será enviado para a Unidade de Mineração Urbana da Ambipar, em São José dos Campos, considerada a maior da América Latina na reciclagem de resíduos eletroeletrônicos.
No local, os equipamentos passarão por um processo de separação de materiais como latão, plástico, cobre e ferro, que serão processados e devolvidos à indústria como matéria-prima. De acordo com a Sabesp, a iniciativa reforça o compromisso da empresa com a economia circular e com a preservação ambiental.
“Este ciclo de economia circular garante que todo material seja reaproveitado. Ao invés de extrair novos recursos naturais, há a preservação dos mesmos, reutilizando o que já existe. Com isso, evitamos a degradação ambiental e contribuímos diretamente para um futuro mais sustentável, onde o lixo de hoje se torna a matéria-prima de amanhã”, destacou Gustavo Fehlberg, diretor-executivo de Compras e Serviços Corporativos da Sabesp.
A estimativa é que cada tonelada de latão reaproveitada gere uma economia de 8.538,44 kWh de energia e evite a emissão de cerca de 4,42 toneladas de CO₂e. Considerando todo o passivo de hidrômetros, o impacto chega a 5,12 TWh de energia economizada e 2,65 milhões de toneladas de CO₂e mitigadas. A Ambipar ficará responsável pela manufatura reversa dos equipamentos e pela emissão dos certificados de processamento.
Para Marcelo Oliveira, head global de e-waste da Ambipar, a iniciativa ilustra como inovação e sustentabilidade podem caminhar lado a lado. “A parceria com a Sabesp é um exemplo concreto de mineração urbana aplicada à economia circular. Os hidrômetros que foram substituídos retornam à indústria como insumo e se transformam em novos equipamentos. Esse ciclo sustentável preserva recursos naturais, reduz a necessidade de novas extrações, gera eficiência energética e mostra como inovação e responsabilidade ambiental podem caminhar juntas em benefício da sociedade”, afirmou.
Composta por diferentes materiais, a exemplo de latão, plástico, cobre e ferro, a estrutura dos hidrômetros permite ampla recuperação de insumos que retornam para novas cadeias produtivas, reforçando o papel da reciclagem na construção de um modelo econômico mais limpo e sustentável.