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Esther Dweck defende papel estratégico de estatais na economia de baixo carbono

Durante encontro global no Rio, ministra afirmou que as empresas públicas são essenciais para transformar políticas climáticas em ações concretas

Esther Dweck defende papel estratégico de estatais na economia de baixo carbono (Foto: Agência Brasil )

247 - A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, defendeu o papel central do Estado brasileiro e das empresas públicas na transição para uma economia de baixo carbono. A declaração foi feita nesta quarta-feira (15), durante o Encontro Global sobre Empresas Estatais e Ação Climática, realizado no Centro de Pesquisa da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro. A informação é do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

Segundo Dweck, o Brasil vive um momento decisivo, em que o Estado tem papel essencial na coordenação das políticas de transição ecológica. “Entre os instrumentos de ação que o MGI coordena, como a gestão de pessoas, o governo digital e as compras públicas, está a coordenação das empresas estatais. São elas que ajudam a transformar as estratégias de transição ecológica em ações concretas”, afirmou.

A ministra destacou que a decisão de o Brasil sediar a COP 30 nasceu ainda durante o período de transição do governo, por iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A decisão de realizar a conferência na Amazônia foi justamente para que o mundo conheça de perto a região e veja o compromisso do país com o desenvolvimento sustentável”, disse.

Ao abordar os desafios para a descarbonização da economia, Dweck reforçou que o processo deve unir inovação, justiça social e soberania nacional. “A descarbonização não é um custo e sim um investimento no futuro. É uma chance de fortalecer nossa base produtiva, gerar empregos de qualidade e ampliar a autonomia do Brasil diante dos desafios climáticos”, afirmou.

Para Esther Dweck, enfrentar a crise climática requer fortalecer a presença e a qualidade do Estado. Segundo ela, a transição ecológica depende de instituições públicas com capacidade de planejar, coordenar e investir com integridade e eficiência. “Um Estado que forma pessoas, cria mercados, reduz incertezas e garante serviços públicos de qualidade”, ressaltou.

A ministra enfatizou ainda que as empresas estatais são um patrimônio nacional e um instrumento de futuro. “Com o compromisso do presidente Lula, seguimos fortalecendo a governança e orientando investimentos para onde fazem diferença: reduzir emissões, gerar emprego e consolidar nossa soberania”, completou.

Dweck lembrou que o Brasil, como economia emergente, enfrenta um duplo desafio: acelerar a transição para uma economia de baixo carbono e, ao mesmo tempo, impulsionar suas bases produtivas para níveis mais complexos, resilientes e inclusivos. “São desafios e objetivos complementares”, avaliou.

Ao encerrar sua participação, a ministra destacou o simbolismo do local do encontro. “O Cenpes simboliza a capacidade do Estado brasileiro de inovar e realizar pesquisas de ponta, construindo nosso futuro sustentável e justo”, declarou.

Sobre o evento
Organizado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos em parceria com a Petrobras, o Encontro Global sobre Empresas Estatais e Ação Climática contou com o apoio da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) e da Open Society Foundations (OSF). O evento reuniu representantes de governos, empresas públicas, universidades e autoridades internacionais, marcando mais uma etapa na preparação do Brasil para sediar a COP 30, que acontecerá em 2025, em Belém (PA).

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