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      Consórcio Nordeste lidera construção de plano ecológico com foco em desenvolvimento inclusivo

      Plano Nordeste de Transformação Ecológica quer impulsionar economia verde com justiça social e será apresentado na COP 30, em novembro

      Plano Nordeste de Transformação Ecológica (PTE-NE) (Foto: Divulgação )
      Aquiles Lins avatar
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      O Consórcio Nordeste deu mais um passo decisivo rumo à construção de um novo modelo de desenvolvimento para a região. Nesta terça-feira (24), o grupo reuniu secretários estaduais, especialistas e representantes de instituições parceiras em uma oficina voltada à consolidação do Plano Nordeste de Transformação Ecológica (PTE-NE). A iniciativa, que se alinha ao Plano Nacional de Transformação Ecológica do Governo Federal, tem como objetivo adaptar as diretrizes nacionais à realidade dos estados nordestinos, por meio de uma construção colaborativa que envolve sociedade civil, academia e setor produtivo. As informações são da assessoria de comunicação do Consórcio Nordeste.

      247 - Inspirado no plano lançado pelo Ministério da Fazenda e em sintonia com os pilares da Nova Indústria Brasil (NIB), o PTE-NE busca posicionar o Nordeste como protagonista na transição para uma economia sustentável e de baixo carbono. A proposta é estruturar políticas que aproveitem as potencialidades regionais — como a produção de energia renovável — para fomentar inclusão social, geração de empregos qualificados e redução das desigualdades.

      O secretário executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas, ressaltou a importância estratégica da região na transição ecológica nacional. “Nós queremos que o Nordeste aproveite esse potencial de geração de energia limpa e traga para a nossa região indústrias, empresas que gerem emprego de qualidade, que melhorem a qualidade de vida do nosso povo. Mais de 80% da energia eólica e solar do país é gerada aqui, e queremos que isso se reverta em inclusão social, renda e redução das desigualdades. É uma grande oportunidade para transformar a nossa região”, afirmou.

      A gerente de projetos da Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda, Carina Vitral, também participou do encontro e destacou o papel central da região na construção do novo modelo econômico sustentável. “O plano convida o Brasil a desenvolver um novo modelo que concilie responsabilidade ambiental, ganhos de produtividade e melhoria da qualidade de vida. O Nordeste tem papel central nesse processo. Queremos que os empregos, as indústrias e essa nova economia de baixo carbono estejam aqui, fazendo do Nordeste um polo de desenvolvimento sustentável e inclusivo”, disse.

      A iniciativa conta ainda com o apoio da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), representada por Rodrigo Rossi. Ele explicou que o processo de escuta com os estados começou em maio, em Salvador, e vem sendo conduzido de forma articulada com diferentes secretarias. “Estamos reunindo secretários de Meio Ambiente, de Planejamento, de Governo, que estão conectados com essa iniciativa conjunta. A proposta é consolidar diretrizes a serem apresentadas na COP 30, em novembro, com o Nordeste assumindo protagonismo estratégico”, afirmou.

      Durante a oficina, o secretário de Planejamento da Paraíba, Gilmar Martins, apontou o plano como um divisor de águas na luta contra a desigualdade regional. “É um plano que olha para o Nordeste com atenção às nossas potencialidades econômicas, científicas e sociais, com respeito ao meio ambiente. Queremos mostrar ao país e ao mundo as oportunidades de investir em uma região que agora tem condições de viver um novo ciclo de desenvolvimento”, destacou.

      A presidente do Conselho de Administração do Banco do Nordeste, Sávia Gavazza, reforçou o compromisso da instituição com a agenda ecológica e inclusiva. “O Banco do Nordeste participa dessa iniciativa junto ao Consórcio para pensar o Nordeste como unidade. Enxergar suas vulnerabilidades, como a desertificação ou eventos extremos, e transformar isso em oportunidade de permanência no território com desenvolvimento econômico, empreendedorismo e adensamento tecnológico”, afirmou.

      Com oficinas territoriais e escutas setoriais previstas nos próximos meses, o Consórcio Nordeste avança na formulação de um plano robusto, que terá como pilares a justiça climática, a soberania regional, a inovação, a sustentabilidade e o protagonismo popular. A expectativa é que as diretrizes consolidadas sejam apresentadas oficialmente na COP 30, reforçando o compromisso da região com a construção de um futuro mais justo e ambientalmente responsável.

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