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Brasil reforça laços com o Japão e aposta na bioeconomia durante Expo Osaka 2025

Com foco na sustentabilidade, pequenos negócios ganham destaque na feira internacional que celebra 130 anos de relações diplomáticas entre os dois países

Brasil reforça laços com o Japão e aposta na bioeconomia durante Expo Osaka 2025 (Foto: Pedro Guerreiro/Agência Pará)

247 - A cidade de Tomé-Açu, no Pará, é um dos exemplos mais simbólicos dos laços históricos e produtivos entre Brasil e Japão. A quase 200 quilômetros de Belém, o município de pouco mais de 64 mil habitantes abriga a terceira maior comunidade japonesa do país e vem se destacando por práticas agrícolas sustentáveis que unem tradição e inovação. Pequenos produtores locais desenvolveram um sistema agroflorestal que combina o cultivo do cacau com frutas amazônicas como o cupuaçu e o açaí, o que garantiu ao cacau da região o selo de Indicação Geográfica (IG) e acesso a mercados internacionais, como o Japão.

As informações são do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que tem investido na valorização de iniciativas sustentáveis como essa, especialmente no contexto das celebrações pelos 130 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Japão, que ocorrem em 2025. A conexão entre os dois países será reforçada durante a Expo Osaka 2025, feira internacional onde o Sebrae, sob a coordenação da ApexBrasil, marcará presença para fomentar negócios voltados à bioeconomia e à sustentabilidade.

"Seja em São Paulo ou no Norte do país, os japoneses deixam suas marcas na resiliência e na força de trabalho", destaca Décio Lima, presidente do Sebrae. "Tomé-Açu é considerada a terceira maior comunidade japonesa do Brasil e vem contribuindo para ampliar as oportunidades, cuidar do meio ambiente e gerar renda", afirma.

A participação brasileira no evento, que acontece de 13 de abril a 13 de outubro, contará com um pavilhão de cerca de mil metros quadrados, dividido em dois edifícios. A proposta é oferecer uma experiência imersiva, interativa e tátil aos visitantes, com curadoria da cenógrafa Bia Lessa. Estima-se que o espaço receba mais de 10 mil pessoas por dia, promovendo a imagem do Brasil e o potencial de seus setores produtivos, especialmente os ligados à inovação e à economia verde.

Para Décio Lima, a Expo Osaka representa uma oportunidade de mostrar o papel estratégico dos pequenos negócios brasileiros na construção de um futuro mais sustentável e inclusivo. “O país, com seus seis biomas – Amazônia, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Mata Atlântica e Pampa – gera oportunidades para os pequenos negócios, que representam 95% das empresas do Brasil”, pontua. Ele destaca ainda iniciativas como o edital Inova Cerrado e Pantanal, que mobilizou 330 projetos, e o próximo edital de tração, previsto para acelerar 300 novos empreendimentos.

“A feira ressalta a importância dos pequenos negócios para a construção de um futuro mais próspero e sustentável. O empreendedorismo vem sendo aliado na Aliança Global contra a Fome, mostrando-se uma alternativa real para milhões de pessoas que vivem na informalidade”, acrescenta o presidente do Sebrae.

O Japão é hoje o 9º principal destino das exportações brasileiras e o 12º maior investidor no país. Desde 2014, as nações mantêm uma relação reconhecida como Parceria Estratégica e Global, o que torna ainda mais significativa a presença brasileira na Expo Osaka 2025. A expectativa é que o evento, com o tema “Desenhando a sociedade futura para nossas vidas”, reúna mais de 28 milhões de visitantes e abra novos caminhos para a cooperação econômica, ambiental e cultural entre os dois países.

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