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      BNDES financia expansão de aterro bioenergético com recursos do Fundo Clima

      Primeiro aporte do Fundo Clima para resíduos sólidos destina R$ 35 milhões à Ciclus Rio, que investirá R$ 132,3 milhões no CTR de Seropédica (RJ)

      (Foto: Divulgação/Ciclus)
      Aquiles Lins avatar
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      247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realizou o primeiro desembolso do Fundo Clima para um projeto voltado à gestão de resíduos sólidos. Segundo informações divulgadas pelo próprio banco, o valor de R$ 35 milhões foi destinado à empresa Ciclus Rio, do Grupo Simpar, que opera o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) em Seropédica, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Além disso, outros R$ 15 milhões foram liberados pela Linha Saneamento, totalizando R$ 50 milhões já repassados à empresa.

      A operação faz parte de um financiamento maior aprovado pelo BNDES, que soma R$ 125,7 milhões — sendo R$ 88 milhões provenientes do Fundo Clima e R$ 37,7 milhões da Linha Saneamento. O projeto permitirá à Ciclus ampliar significativamente a capacidade do CTR de Seropédica, considerado um dos maiores aterros sanitários com aproveitamento energético do mundo. Atualmente, o local recebe cerca de 10 mil toneladas de resíduos por dia, a maior parte oriunda da cidade do Rio de Janeiro.

      “Este é um projeto que traz benefícios em diferentes áreas: reduz as emissões de gases do efeito estufa, permite a geração de energia a partir de fontes alternativas e não poluentes e traz melhorias à qualidade de vida da população. Ou seja, estamos transformando o que era lixo em ativo, em ativo ambiental em um projeto alinhado à Política Nacional sobre Mudança do Clima e a Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionadas pelo presidente Lula em seu segundo mandato”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

      Para Denys Marc Ferrez, vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores da Simpar, o apoio do banco estatal potencializa os impactos positivos da atuação da Ciclus. “Os recursos serão direcionados à expansão do nosso aterro bioenergético, contribuindo diretamente para a transição para uma economia mais circular e sustentável”, declarou o executivo.

      O plano de investimentos da Ciclus no CTR de Seropédica prevê um total de R$ 132,3 milhões. Entre as melhorias planejadas estão a ampliação da capacidade de recebimento e disposição de resíduos em 11,4 milhões de toneladas adicionais, a construção de duas novas lagoas de chorume com capacidade total de 50 mil metros cúbicos, obras de macrodrenagem pluvial, implantação de cinturão verde e reforço no cercamento perimetral.

      Os recursos do Fundo Clima serão essenciais para garantir uma gestão adequada dos resíduos e mitigar os impactos ambientais. Parte significativa do biogás gerado no processo é capturada e utilizada para a produção de biometano, que é comercializado. O excedente é transformado em energia elétrica para abastecer as operações da própria Ciclus, reforçando o caráter sustentável do empreendimento.

      Com a iniciativa, o BNDES reforça seu papel de articulador de políticas públicas ambientais, alinhando seus financiamentos a estratégias nacionais de desenvolvimento sustentável e à transição energética, em consonância com os compromissos climáticos do Brasil.

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