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BNDES e governo destinam R$ 243 milhões para combater desmatamento, restaurar florestas e levar água potável na Amazônia

Projetos vão beneficiar 48 municípios da Amazônia Legal, apoiar a recuperação de 2,4 mil hectares de floresta e garantir acesso à água para comunidades

Pacote de anúncios inclui R$ 150 milhões para fortalecer a gestão ambiental de municípios amazônicos, mais R$ 79 milhões para restauração florestal e R$ 14 milhões para acesso à água no Amazonas (Foto: Suamy Beydoun/BNDES)

247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) anunciaram nesta terça-feira (9), em Manaus, um conjunto de investimentos que somam R$ 243 milhões voltados à proteção e ao desenvolvimento sustentável da Amazônia. As medidas incluem a contratação do projeto União com Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais, com R$ 150 milhões do Fundo Amazônia, além do lançamento de editais do programa Restaura Amazônia e do apoio ao programa Sanear Amazônia. As informações são do próprio BNDES.

O primeiro projeto terá como foco 48 municípios prioritários da Amazônia Legal, em seis estados — Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima —, onde serão implementadas ações de prevenção, controle e redução do desmatamento. No Amazonas, sete municípios receberão R$ 32 milhões em investimentos, com medidas que incluem regularização fundiária e ambiental, georreferenciamento de imóveis, inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR), recuperação de áreas degradadas e assistência técnica rural. A expectativa é alcançar cerca de 7 mil famílias.

Outra frente apresentada foi o Restaura Amazônia, que contará com R$ 79 milhões em três novos editais voltados à restauração ecológica em Unidades de Conservação situadas no chamado “Arco do Desmatamento”. A meta é recuperar até 2,4 mil hectares de floresta em sete estados, gerar cerca de 880 empregos diretos e indiretos e fortalecer cadeias produtivas sustentáveis. “Cada real investido do Fundo Amazônia se traduz em floresta em pé, água limpa para as famílias e novas perspectivas de trabalho e renda para quem vive na Amazônia”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

A ministra Marina Silva destacou a importância de unir conservação e desenvolvimento. “Os novos apoios fortalecem frentes indispensáveis para a promoção do desenvolvimento sustentável na Amazônia. [...] É a prova de que a preservação da floresta pode gerar prosperidade e bem-viver para os habitantes da Amazônia”, disse.

Já o Sanear Amazônia, realizado em parceria com o Memorial Chico Mendes, vai destinar R$ 14 milhões para garantir água potável a 374 famílias em comunidades tradicionais do Amazonas, nos municípios de Humaitá, Pauini e Boca do Acre. O projeto prevê a implantação de tecnologias sociais que asseguram água de qualidade tanto para consumo humano quanto para a produção de alimentos, reforçando a segurança alimentar e a geração de renda.

Criado em 2008, o Fundo Amazônia é considerado o maior mecanismo internacional de financiamento para conservação das florestas tropicais. Ao longo de sua trajetória, já apoiou 139 projetos, beneficiando cerca de 260 mil pessoas e consolidando o protagonismo do Brasil na agenda ambiental global. Os anúncios em Manaus reforçam a estratégia do país às vésperas da COP30, que será realizada em Belém, em 2025.

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