Wallmapu, uma luta desconhecida
O autor mapuche Héctor Llaitul, indica em seu texto, Wallmapu y Palestina, algumas semelhanças históricas
Não que a luta palestina contra os israelenses, não seja justa e importante, mas existe algo semelhante que ocorre em um país vizinho latino-americano e que não tem a mesma mobilização social solidária do povo brasileiro.
O autor mapuche Héctor Llaitul, indica em seu texto, Wallmapu y Palestina, algumas semelhanças históricas possibilitando que o leitor entenda melhor o contexto político social de uma região que permeia o sul do Chile e da Argentina, este, que é o território ancestral do povo mapuche, chamado: Wallmapu.
Com base em Llaitul, é possível perceber que há semelhanças tanto no contexto da repressão do Estado chileno, como no contexto empresarial, em que ele esboça o fato de que seria a mesma protagonista na destruição da sagrada natureza de seu povo e do palestino.
A questão é que existe no continente latino-americano uma repressão colonialista que remonta desde que o Estado chileno se consolidou, o que a estabelece temporalmente, como um processo histórico anterior ao que ocorre atualmente na Palestina. Sendo está contextualizada pela luta de um povo indígena que sofre uma constante militarização e repressão social, que resulta na morte de crianças, sequestro de dirigentes e entre outras violências que se assemelham com o contexto atual do povo palestino.
Não é que uma luta seria mais importante que a outra, entendo que uma é de um país vizinho ao Brasil. Pensar e divulgar este fato seria irresponsável, mas não exclui a necessidade de que dever-se-ia haver uma mobilização semelhante para a questão do Wallmapu, como ocorre para a Palestina.
O conhecimento do que ocorre nos países vizinhos é fundamental, até porque recentemente houve a desaparição de uma ambientalista chilena-mapuche, Julia Chuñil, desde 2024, que um dos exemplos dos atos paramilitares e governamentais da região, pois ela, é uma de muitos que estão desaparecendo desde que a repressão e os interesses colonialista e empresariais na região se intensificaram. Mesmo com as medidas do governo chileno atual de tentar criar um ministério indígena.
Assim, como a terra palestina é ancestral, o mesmo ocorre com o Wallmapu, que permanece existindo devido à resistência de séculos a fio de um povo que constantemente foi e é esquecido e por não querer ser reconhecido como chileno, é apagado.
Faço um chamado para que o povo brasileiro se junte à luta pelo Wallmapu, assim como está fazendo pela Palestina!
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.