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Jair de Souza

Economista formado pela UFRJ, mestre em linguística também pela UFRJ

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Uma vez mais, a Revolução não será transmitida

Convém recordar como o povo revolucionário Bolivariano foi capaz de infligir aos agentes do grande capital aquela estrondosa derrota de 2002

Membros da Milícia Nacional Bolivariana se reúnem após responder ao apelo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para defender a soberania nacional em meio à ofensiva militar do governo Trump no Mar do Caribe - 05/09/2025 (Foto: REUTERS/Juan Carlos Hernandez)

A Revolução Bolivariana está sendo, mais uma vez, vítima de um intenso assédio por parte do imperialismo estadunidense e seus serviçais pelo mundo afora. Como sabemos, isto já se deu em diversas ocasiões anteriores. A mais ousada das investidas teve lugar em 2002, quando todas as forças internas vinculadas aos interesses do grande capital venezuelano e dos centros estrangeiros hegemônicos desfecharam um golpe militar para depor o Presidente Hugo Chávez e restituir ao comando do país os grupos tradicionalmente ligados à orientação estadunidense.

No entanto, o que os articuladores e executores locais do golpe e seus mentores gringos não souberam avaliar corretamente foi a reação das massas populares venezuelanas diante daquela agressão. Assim, em menos de 48 horas, a corajosa, decidida e multitudinária mobilização do povo nas ruas encurralou os golpistas, esmagou seus planos e pôs fim ao golpe, restituindo ao comando da nação aquele a quem o povo havia escolhido para governá-lo, Hugo Chávez.

Nos dias de hoje, os aliados internos do imperialismo estadunidense sabem muito bem que não têm a mínima possibilidade de levar adiante um projeto de derrocada do Governo Bolivariano semelhante ao que tentaram impulsar em 2002. É que, nestes 23 anos trancorridos desde a fatídica tentativa anterior, as massas populares Bolivarianas aprenderam ainda melhor a lidar com os lacaios do grande capital multinacional e inimigos internos de sua pátria. Por isso, são capazes de neutralizar e derrotar toda e qualquer investida contra o governo com o qual estão identificadas.

Por outro lado, as instituições militares foram radicalmente revolucionadas e, atualmente, se constituem em um dos pilares de defesa da soberania e dos direitos do conjunto do povo. Portanto, já não é possível encontrar nas Forças Armadas Bolivarianas atores significativos que se dsponham a agir contra as aspirações das maiorias nacionais.

Em vista do que acabamos de expressar, os que defendem os interesses do imperialismo parecem vislumbrar como sua única alternativa para a destituição do Governo Bolivariano uma intervenção direta das forças militares do próprio império. É isto o que explica o desplegue de milhares de tropas e equipamentos militares dos Estados Unidos para cercar e bloquear a Venezuelana.

No entanto, convém recordar como o povo revolucionário Bolivariano foi capaz de infligir aos agentes do grande capital aquela estrondosa derrota de 2002. Com esta finalidade, queria sugerir a todos que revejam com atenção o documentário A Revolução não Será Transmitida. Para tal, o vídeo, devidamente traduzido e legendado, está disponível em: https://www.dailymotion.com/video/x9tbche .

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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