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Alex Solnik

Alex Solnik, jornalista, é autor de "O dia em que conheci Brilhante Ustra" (Geração Editorial)

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O PL deveria ser cassado

Partido atua claramente contra a democracia e a soberania

Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | REUTERS/Adriano Machado)

O PL, por meio de seu presidente nacional, Valdemar Costa Neto, teve uma participação ativa na tentativa de golpe de estado liderada por seu candidato à presidência, Jair Bolsonaro, ecoando o discurso de descredibilização das urnas e jogando a opinião pública contra o TSE. 

O PL liderou o motim que tentou paralisar a Câmara Federal se o presidente Hugo Motta não se dobrasse à chantagem de colocar em pauta o projeto da anistia.

O PL é o partido do deputado Eduardo Bolsonaro, que conspira abertamente a favor de pesadas sanções econômicas contra o Brasil, fingindo-se de exilado político, e em vez de puni-lo procura e encontra brechas para ele continuar usufruindo de todas as mordomias do cargo sem trabalhar ou, mais grave, trabalhando contra os seus eleitores e toda a população brasileira.

O PL é o partido que põe a faca no pescoço do presidente da Câmara Federal para endossar uma PEC inconstitucional com o translúcido objetivo de anular os crimes contra o estado brasileiro cometidos por Jair Bolsonaro, pelos quais já foi condenado.

O PL é o partido cujo presidente nacional ameaça paralisar o Senado se o presidente Davi Alcolumbre não tocar o infame projeto da anistia.

O PL ameaça afastar ministros do STF que não se alinham às suas teses caso obtenha maioria no Senado nas próximas eleições.

O PL é o partido que banca a vida de luxo do ex-presidente que liderou uma organização criminosa com o dinheiro dos impostos que pagamos.

O PL é o principal esteio daquele que não mediu as consequências de seus atos que poderiam desencadear uma sangrenta guerra civil.

O PL ameaça o Poder Legislativa e o Judiciário, dois pilares do regime democrático.

Cassar o registro de um partido político é prerrogativa exclusiva do TSE (artigo 28 da Lei dos Partidos Políticos nº 9.096/1995 e artigo 17 da Constituição Federal). 

O TSE pode cassar o registro de um partido em caso, por exemplo, de atuação contra o regime democrático e a soberania nacional, no que o PL se encaixa perfeitamente, como a luva na mão.

O PL não está - e nunca esteve - a serviço da democracia, está a serviço do golpe. 

Ontem, hoje e amanhã.   

Partido que atua para fragilizar o estado democrático de direito não tem o direito de participar do jogo do poder.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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