Davis Sena Filho avatar

Davis Sena Filho

Davis Sena Filho é editor do blog Palavra Livre

702 artigos

HOME > blog

Dallagnol tem de ser preso mil vezes se ele tiver mil vidas — A história como ela é

Ex-procurador continua a vociferar e a desafiar, de forma insolente, as autoridades e instituições democráticas constituídas deste País

Deltan Dallagnol (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

“Faria de novo mil vezes se eu tivesse mil vidas” — afirma o ex-procurador fujão do MPF e deputado cassado de extrema direita, Deltan Dallagnol, no que é referente à sentença judicial que obriga o malandro engravatado com cara de santo-do-pau-oco a indenizar o presidente Lula-3 por danos morais causados em 2016, por meio de powerpoint leviano e covarde, mentiroso e criminoso contra o estadista brasileiro, fundador do PT e da CUT, que jamais incorreu em crimes comuns e de responsabilidade, bem como nunca traiu o Brasil e tentou ou apoiou um golpe de estado contra a democracia e o Estado Democrático de Direito”.

“Nunca participou [Deltan Dallagnol] de uma audiência. Eu tive 83 testemunhas e ele não foi a um depoimento. Esse efetivamente eu posso dizer: se tem alguém que pode ser chefe de quadrilha, é ele [Dallagnol]. Ele diz que eu era chefe de quadrilha, mas quem criou um fundo especial pra ele [Dallagnol], com R$ 2,5 bilhões da Petrobras, quis pegar não sei quanto da Odebrecht, foi ele. Ele deveria ter sido exonerado no dia que disse que "não tinha provas, mas somente convicção" [declaração de Dallagnol após a apresentação do powerpoint], a bem do serviço público. Como pode o MPF, que é uma das instituições para dar garantia ao sistema democrático brasileiro, colocar uns meninos irresponsáveis como esses, que mentiram em todos os casos?” — Lula-3 sobre as omissões, covardias e ilegalidades de Deltan Dallagnol.

Ao invés de o ex-procurador fujão do MPF e deputado cassado fazer um mea-culpa sobre suas estrepolias ilegais e sandices foras-da-lei, ou seja, crimes continuados e em série quando esteve à frente do covil de lobos da Lava Jato, que vem a ser a maior farsa jurídica e judiciária da história deste País e uma das mais graves que já aconteceu na historiografia do Direito mundial, o ex-procurador Deltan Dallagnol, do alto de seu fundamentalismo de caráter messiânico e ditatorial, opta por dizer que repetiria os mesmos crimes “mil vezes” contra o Lula-3.

Por sua vez, a verdade é que esse sujeito ladino de ações torpes continuaria com seus atos persecutórios e mentirosos, bem como fugiria dos depoimentos de Lula-3, como ele fez, recorrentemente e inescrupulosamente, em Curitiba, talvez porque sempre faltou-lhe coragem para olhar diretamente nos olhos do mais importante político brasileiro dos últimos 50 anos, um homem de esquerda histórico, e assim evitar a vergonha que caberá-lhe na história suja e subterrânea, que o próprio Dallagnol edificou para ele com as próprias mãos e arbítrios.

Contudo, não sei se sua péssima conduta, especificamente no que se refere à sua lamentável alocução sobre repetir seu crime mil vezes contra o Lula-3 é simplesmente desvio de caráter ou coisa mais grave como ser um cidadão acometido de psicopatias e por isso não tem conserto em termos mentais e psicológicos, a não ser continuar a andar por veredas tortuosas e, certamente, ter como destino a cadeia, porque pelo andar da carruagem tal indivíduo jamais se regenerá, porque de acordo com a Justiça, por meio de denúncias contra esse sujeito maligno, as acusações são graves e um dia chegará sua vez para dar satisfações à sociedade brasileira.   

Dallagnol se define como cristão evangélico e membro da Igreja Batista. Na verdade, ele se comporta como um varão de Plutarco às avessas, mas se apresenta junto às pessoas que se perfilam ao bolsonarismo e à extrema direita como se ele fosse verdadeiramente um combatente contra à corrupção, além de se mostrar como o arauto “da moral, da família e dos bons costumes”, a ter como suporte a trilogia hipócrita comumente usada pela direita golpista deste País, alicerçada em “Deus, Pátria e Família”. Porém, sugiro ao leitor e à leitora, que se ouvir alguém pronunciar essa frase ou propaganda mentirosa e plena de sordidez e cinismo, pegue o celular e ligue imediatamente para o 190 — o número da polícia.

Como todo mundo sabe, até os extraterrestres, os analfabetos políticos, que vicejam em todas as classes sociais, e os recém-nascidos, a direita brasileira não tem outra solução, a não ser armar golpes de estado e apostar em mentiras e armações ilimitadas, já que costuma perder eleições presidenciais e, por sua vez, opta por conspirar e realizar golpes de estado pelo simples fato de não efetivar programas de governo de inclusão econômica e social para apresentar ao povo brasileiro, assim como jamais elaborou um projeto de desenvolvimento e de soberania para o Brasil em 525 anos de sua existência.

A verdade é que a vocação e a intenção perene dessa gente é concentrar brutalmente renda e riqueza e, com efeito, manter grande parte da população na ignorância e explorá-la até a última gota de suor, a exemplo dos subempregos e do “quartinho de empregada”, a herança mais visível e perceptível de que a escravidão existiu no Brasil, dominado por bilionários brasileiros e estrangeiros. O “quartinho” é a extensão das senzalas pertencentes aos escravistas seculares deste País profundamente violento, injusto e desigual.

É fato real, sendo que a direita deste País rico de povo pobre luta para manter a população como uma Nação de segunda classe há mais de cinco séculos. Alguém duvida? Então fique sabendo que o Brasil está entre as dez maiores economias do mundo, a ocupar em 2024 a nona posição e em 2025 a décima, mas de maneira contraditória e perversa, o Brasil figura entre o sétimo e nono País em desigualdade social, a ficar junto do Congo, sendo que esses dados são medidos pelo Índice de Gini, que avalia a concentração de renda em cada país.

Portanto, o gigante das Américas do Sul e Latina é riquíssimo, mas tem uma das piores burguesias econômicas e financeiras do mundo, que vem a ser a “elite” do atraso e do retrocesso, violenta na prática diária e moralmente escravagista. Essa gente muito endinheirada tem representantes no Congresso que votam, sistematicamente, contra os interesses financeiros, trabalhistas, previdenciários dos brasileiros e tudo o mais. Por conseguinte, a burguesia nativa e seus sequazes, a exemplo da maioria da classe média, apoiam medidas políticas e ideológicas contra o Brasil por parte do desgoverno fascista e de apelo ditatorial de Donald Trump, que está no momento a enfrentar protestos do povo americano nas ruas e nas redes sociais.

Trata-se de reacionários, traidores e ignorantes, que se  juntam, direta ou indiretamente, aos ataques comerciais de razões políticas contra as instituições e autoridades brasileiras, como acontece exatamente agora entre o Brasil e os Estados Unidos, potência que chantageia e ameaça o Governo progressista, o STF, e a sociedade brasileira organizada e não organizada, a fim de atender os desmandos e o golpismo da famiglia Bolsonaro e seus aliados, que, sem dúvida, são os Silvérios dos Reis do Brasil atual, que ficarão marcados como tatuagens na memória de grande parte dos brasileiros nos lamentáveis papéis de traidores da Pátria.  

A famiglia Bolsonaro e seus acólitos, como Deltan Dallagnol, há mais de dez anos infernizam a política brasileira e teimam em não seguir regras, normas e leis, de acordo com a Constituição e o Estado Democrático de Direito. Querem uma ditadura no lugar da democracia e um Estado mínimo que não atenda às demandas da população, mas apenas os interesses dos ricos e da classe média alta e pequeno burguesa, como fizeram os governos de lesa-pátria de Temer e Bolsonaro, dentre outros mandatários de direita que ocuparam no passado a Presidência da República.

Porém, Deltan Dallagnol é objeto principal deste artigo, por ser um dos protagonistas do golpismo e da falta de Justiça que ocorreu especialmente no período da malfadada Lava Jato de realidades e práticas criminosamente draconianas, porque tal indivíduo nefasto sempre apostou na ilegalidade de seus atos, a ter ainda a mentira (enganar e trair seu cargo e função no MPF), a calúnia (acusações sem provas) e a difamação (apresentação de powerpoint criminoso na televisão) como pontas-de-lança de seus arroubos de grandeza doentios e delinquências em forma de ações contra as pessoas que Dallagnol considerava como inimigas a serem destruídas. Ele era (e ainda é) a própria grandiloquência e a soberba de um homem politicamente e moralmente anão.

Tais crimes praticados sem dó nem piedade estão a tramitar na Justiça e serão em seu tempo comprovados quando os autos dos processos estiverem conclusos para julgamento, para a sentença. Por isso, cedo ou tarde os juízes julgarão o ex-procurador que incorreu recorrentemente em graves crimes contra as pessoas, a cidadania, e as instituições democráticas. Dallagnol é um dos incontáveis capitães-do-mato a serviço da casa grande ocupada há séculos pela burguesia. Trata-se de um ex-servidor público que resolveu ser lacaio dos interesses do grande capital e ferozmente comprometido com a luta de classe nos fóruns onde atuou, a exemplo do MPF e da Câmara dos Deputados, bem como continua a azucrinar o País pelas redes sociais, mas sempre a defender o que é injusto, indefensável, inaceitável, incoerente, mas, sobretudo, perverso.

O ex-procurador e ex-deputado federal existe para isso e seu ódio ideológico e de classe atinge os píncaros da insensatez, da burrice e da crueldade. Deltan Dallagnol é um subordinado a serviço dos ricos, ressalto novamente. E o pior: pensa que não é. Sem noção, como muitos brasileiros com as mesmas razões do ex-procurador do submundo da Lava Jato, Dallagnol sonha em ser um integrante ou conviva da plutocracia, pois se considera, mas a enganar-se, ser um constituinte do mundo dos ricos e dos muitos ricos e assim ele se tornou um capitão-do-mato, que foi sugado como uma laranja e os seus bagaços jogados fora. Chega a dar pena!

Essa direita burra e entreguista, subalterna e subserviente aos ditames golpistas da burguesia nacional e das potências ocidentais estrangeiras de caracteres colonizadores jamais, em momento algum, quis libertar e emancipar o povo brasileiro de suas correntes que remontam à escravidão e ao subdesenvolvimento. Dallagnol e seus cúmplices e comparsas de propósitos políticos e econômicos, que têm por finalidade a luta de classe em favor dos ricos, são os capitães-do-mato que conspiram ad aeternum contra os interesses da população deste País, ratifico, rico de povo pobre.

Uma população explorada e composta em sua maioria por milhões de trabalhadores, profissionais liberais, estudantes e aposentados, a base dos recursos financeiros que o Estado recolhe por intermédio de inúmeros impostos, que sustentam os privilégios e benefícios concedidos secularmente a essa “elite” preguiçosa, falaciosa e violenta, corrupta e trapaceira, que Dallagnol et caterva tanto apreciam e defendem. Na verdade, esse tipo de gente deseja um País para poucos, ou seja, com muros edificados em um autêntico apartheid — um regime de segregação social e racial. Ou no Brasil não existe segregação? Como não, se grande parte da população ainda não tem acesso a serviços públicos básicos de boa qualidade? Como não, se os melhores empregos e bairros pertencem aos ricos e às classes média tradicional e média alta alienadas, cujo sonho leviano e fútil é ir a Miami fazer compras ou ir a Orlando para ver o Mickey, o Donald, o Pluto e assim se transformarem em patetas. Não é isso, meu prezado, meu camarada?

Na verdade, gente da estirpe de Dallagnol com origem na classe média ou média alta se utiliza de cargos públicos e estratégias políticas que se fundamentam em um moralismo tacanho, com apelos religiosos bizarros e intelectualmente toscos. Esse processo comprova que pessoas com perfis similares ao de Dallagnol são muito perigosas e nem as punições por parte do Estado são capazes de convencê-las a minimamente se arrepender ou tentar enveredar pela sensatez e desse modo avaliar a própria imagem e comportamento, no que diz respeito à vocação para a perversidade, a mentira, e ao que brota sordidamente de seus corações, de suas mentes preconceituosas em forma de ideologia, religião, sociedade e política.

Trata-se de uma mistura ou fórmula explosiva, que recrudesce o extremismo político e ideológico exemplificado, por exemplo, em gente perigosa para a estabilidade político-institucional como Deltan Dallagnol e Sérgio Moro, que são dois dos muitos pilares do golpismo no Brasil, a partir de 2014, que atingiram criminosamente as instituições democráticas, que acarretou a deposição da presidente legítima e constitucional Dilma Rousseff, em 2016, e levou à prisão injusta e de propósito eleitoral de Luiz Inácio Lula-3 da Silva, em 2018, a afastá-lo ilegalmente da corrida presidencial.

A resposta de Lula-3 aconteceu três anos depois após sua libertação do cárcere, em 2019, sendo que o maior e mais importante presidente da história do Brasil ao lado do trabalhista Getúlio Vargas foi retumbante, clara e objetiva, pois, além de derrotar a quadrilha da Lava Jato e setores persecutórios da Justiça, da PF, do MPF e da imprensa de mercado dos barões midiáticos, em 2022, Lula-3 se tornou por intermédio da força da democracia, das urnas e do Estado de Direito, presidente pela terceira vez.

O estadista de esquerda derrotou uma extrema direita golpista, antinacional e antipopular, antidemocrática e desprovida há séculos de qualquer projeto de soberania, independência e desenvolvimento social e econômico para o Brasil e seu povo. Se não fosse o Lula-3, estaríamos hoje, certamente, a sofrer com mais uma ditadura para a coleção desditosa da nossa história. E o regime seria feroz, como são todas as ditaduras.

Covarde, mentiroso e presunçoso quando esteve à frente da escória da Lava Jato, a representar o vergonhoso e esdrúxulo papel de Tomás de Torquemada, Dallagnol, um agente desconhecido e anônimo, mostrou-se ser um procurador ousado e articulado com setores da Justiça de primeira instância e de segunda instância, primeiramente, para depois galgar esferas, a receber apoio de alguns ministros do STJ e, posteriormente, de setores do STF, quando a Lava Jato atingiu seu auge e o Supremo, vergonhosamente, tornou-se o Supremo Com Tudo e, de joelhos, baixou a cabeça para uma perigosa quadrilha que ofendeu de morte a sociedade brasileira, o Estado de Direito e a democracia.

Neste momento, o STF humilhou e envergonhou o País, a civilização, rasgou a Constituição, e tudo o que pode ser considerado e chamado de civilizado. O Brasil ficou refém de homens e mulheres que resolveram intervir ilegalmente no sistema democrático e jurisdicional e, com efeito, violaram as eleições presidenciais, a privilegiar um dos lados, o lado da extrema direita ultraneoliberal, primeiro liderada pelo golpista e usurpador Michel Temer e depois pelo inelegível e réu Jair Bolsonaro, um fascista sem o mínimo traquejo e competência para governar. O retumbante fracasso. Chamado ridiculamente de Bozo, ele tentou se perpetuar no poder por meio de um golpe de estado em 8 de janeiro de 2023 com o apoio dos militares do seu círculo de poder.

Bolsonaro logo sentará no banco dos réus para responder à Suprema Corte pelos graves crimes cometidos. Enquanto isso, Temer cantarola de felicidade por ter saído até agora impune e ainda banca o “jurista e conselheiro sério e sábio", um verdadeiro deboche ou escárnio contra o Brasil. A verdade é que Temer, esse sujeito medíocre, não passa de um bon-vivant, que entrou para a história como golpista. Este é seu funéreo galardão. Já Bolsonaro é o autor-mor de um golpe de estado por meio da invasão e vandalismo bárbaros das sedes dos Três Poderes, em 2023, assim como apoiou efetivamente o golpe, em 2016, contra a presidente constitucional Dilma Rousseff, que foi inacreditavelmente deposta, além de cruelmente ter elogiado  no plenário da Câmara o famigerado torturador coronel Ustra, no dia que Dilma foi vítima de uma conspiração diabólica em forma de impeachment. Este é o caráter do Bozo ou a falta dele.

E a Lava Jato? A escumalha que chafurdava em patifarias e crimes em série é parte de todo esse processo anticonstitucional imundo e fétido. Dallagnol, assim como o Moro e seus comparsas, cooperou, e muito, para derrubar Dilma Rousseff e impedir que Lula-3 concorresse às eleições de 2018 ao levá-lo ao cárcere de maneira injusta e ilegal em 2018. Mais do que isto: A Lava Jato teve papel decisivo junto ao STF para que Lula-3 não assumisse a chefia da Casa Civil para retomar os diálogos com o Congresso e por meio de suas ações políticas tentar evitar o golpe contra Dilma Rousseff, que se aproximava. Inclusive, os delinquentes da Lava Jato vazaram para a imprensa de mercado, novamente parceira e protagonista do golpismo, os diálogos da presidente Dilma com o ex-presidente Lula-3, o que certamente em qualquer país esses criminosos seriam demitidos de seus cargos públicos, a exemplo de Sérgio Moro e seus comparsas de crimes do MPF e da PF, sem generalizar.

Escandalosamente, Deltan Dallagnol se valeu do seu cargo funcional como procurador-chefe da Operação Lava Jato, que se comprovou depois ser uma verdadeira escória. O então procurador se aproveitou da situação judicial do Brasil em termos de ativismo político com atuação efetiva no campo da direita e do apoio midiático da poderosa imprensa burguesa e de negócios privados, principalmente a Globo, que embalou no colo os picaretas da Lava Jato perante a população desavisada e imprudente, alienada e ressentida, mas totalmente lúcida quanto ao lado que escolheu: o lado da direita, a representante dos interesses dos ricos, aquela que quer manter exatamente as coisas como estão e sempre estiveram neste País.

Trata-se de milhões de eleitores de viés conservador que há anos votavam no PSDB e seus partidos aliados de direita, mas que estavam frustrados e com ódio acumulado por causa das quatro derrotas eleitorais consecutivas para o Partido dos Trabalhadores, que, social democrata, criava inúmeros programas e projetos de inclusão social e econômica, além de resguardar a soberania e os interesses geopolíticos, industriais e comerciais do Brasil.

Porém, mais do que tudo que afirmei até aqui, setores da população brasileira ainda tinham outros motivos para tanto ódio: a ascensão social dos mais pobres, acontecida nos governos trabalhistas do PT, mesmo que moderada. A melhoria de vida dos pobres, dos que ocupam há séculos as vagas de trabalho consideradas inferiores, de segunda e terceira categorias, dos que estudam em escolas de baixo padrão curricular e pedagógico, enfim, as pessoas que labutam nos empregos mais “baixos” da escala de valorização do trabalho, que se fundamenta também em preconceitos racial, de gênero e de classe social. 

O ódio aos pobres por parte da classe média, eleitora da direita e replicadora dos valores dos ricos, foi realmente uma explosão de revolta em forma de inúmeros preconceitos expressados sem o mínimo de vergonha na cara e desumanamente, o que acarretou a tomada das ruas até que se desse o golpe contra Dilma Rousseff. E assim foi feito.

Trata-se, indubitavelmente, meu camarada, da feroz luta de classes, evidenciada pelas “elites” escravagistas deste País com o apoio da ordinária classe média reacionária e ativista do retrocesso e do golpismo desde 1964, de onde, literalmente, sai gente da laia de Deltan Dallagnol e de seus comparsas, inclusive os que se aboletaram nas redações da imprensa de negócios privados e nos subterrâneos fétidos e rançosos da 13ª Vara Federal de Curitiba e do MPF da mesma cidade, que festejou a bandalheira desses fariseus, que certamente responderão por seus crimes, independente do tempo que demorar, porque eles terão de dar satisfações sobre suas sandices nos tribunais da Justiça brasileira e, consequentemente, à sociedade.

Dallagnol está completamente comprometido e inserido no que é relativo aos interesses da alta burguesia brasileira de alma e valores escravocratas, bem como alinhado aos interesses econômicos e geopolíticos do estado norte-americano e das empresas daquele País, que coloca em prática há séculos a diplomacia do porrete. Deltan, por meio da famigerada Lava Jato, transformou sua posição de poder e mando no MPF em uma ponta-de-lança para combater a esquerda sem trégua, mas espertamente sem entrar em um partido, a se valer, como disse anteriormente, de seu cargo público. Criminosamente.

Deltan destilava e ainda destila pelos poros e pelo olhar seu ódio de classe e ideológico, a efetuar e evidenciar uma das mais cruéis e ferozes perseguições a um político de grandeza global como o Lula-3, sendo que ele jamais, como se provou e se comprovou, ter incorrido em malfeitos. O ex-procurador fujão explicitou toda sua covardia no decorrer do longo processo de perseguição e linchamento moral e político contra o Lula-3 e seu powerpoint leviano e mentiroso foi o auge de sua perseguição política e judicial, a ter como base a calúnia, a injúria e a difamação, mas sem provas, como ele mesmo afirmou ao final de sua apresentação patética e covarde na frente das câmaras de televisão.

Dallagnol jamais, e em tempo algum, participou como procurador-chefe das oitivas e depoimentos de Lula-3 no ninho de cobras da 13ª Vara Federal de Curitiba, bem como não esteve em tribunal nenhum quando Lula-3 depôs. Inaceitavel o comportamento ladino e sórdido desse sujeito. Além disso, quando o MPF foi puni-lo por ter cometido inúmeras irregularidades como procurador, ele pulou a cerca e se safou da punição ao deixar para sempre a corporação dos procuradores depois de anos a aprontar todo tipo de ilegalidades como um dos chefes da desditosa Lava Jato, um verdadeiro serpentário, que prejudicou severamente o Brasil em todos os ramos, setores e segmentos da vida brasileira.

Contudo, hoje está cada vez mais claro que o ex-procurador fujão e deputado cassado estava a serviço dos interesses estadunidenses e seus órgãos de controle, espionagem e sabotagem. Que toda a operação tinha uma vinculação muito precisa com o Departamento de Justiça dos EUA e, mais ainda, subordinada a interesses econômicos dos Estados Unidos. Por isso, a Petrobras entrou em jogo, por isso entraram em jogo as empreiteiras brasileiras. Jogo para o Brasil perder, evidentemente.

O Torquemada do Paraná, que transformou ilegalmente seu ofício público em militância política e ideológica, a se movimentar no campo da extrema direita com direito a incluir religião nessa receita explosiva, recebeu apoio quase uníssono por parte de uma população moradora de um estado amplamente conservador e reacionário como o Paraná, conseguiu amparo para suas sandices, perseguições e crimes em território hostil a tudo que é progressista, desenvolvimentista e que abraçou causas que ficam à margem da lei, do que é legal e moralmente aceitável.

A verdade é que Dallagnol, ressalto, mostrou ser homem pleno de ódio de classe, ideologia reacionária e politicamente militante do campo da extrema direita, a reverberar que não se arrepende com o que fez com o Lula-3 e muitas outras pessoas, bem como se observa que jamais se arrependeu ou que fará um mea-culpa em relação aos seus crimes, conforme considera a Justiça brasileira, onde tramitam processos graves contra o ex-procurador, que, inclusive, mistura política com religião, que é uma imprudência atroz.

Egocêntrico ao máximo, petulante, indisciplinado e arrogante, Dallagnol é um pequeno ditador que causou à frente da criminosa Lava Jato uma crise política e institucional no Brasil sem precedentes, a se valer do cargo público para oprimir e perseguir seus adversários políticos e ideológicos, mesmo ele não sendo político, mas apenas um servidor público, que passou em um concurso para o azar do Brasil.

Ele e seu principal comparsa de conspirações golpistas e armações ilimitadas, que responde pelo nome de Sérgio Moro, lideraram outros homens e mulheres do MPF e da Justiça, que formaram um bando perigoso de malfeitores. Um bando que hoje está por aí a se preservar com discrição em qualquer canto para que esqueçam seus atos dignos de quadrilheiros, conforme as acusações e denúncias que correm nas corregedorias e nos tribunais em que são citados por suas más ações.

Contudo, Dallagnol recebeu a péssima notícia, mais uma na sua vida de caminhos tortuosos, que terá de indenizar o valor de R$ 135,4 mil por ter cometido danos morais contra o presidente Lula-3. A sentença foi determinada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) devido ao Caso PowerPoint, uma demonstração real da leviandade e irresponsabilidade, inconsequência e perversidade de Dallagnol, sendo que esse crime contra a honra alheia sempre teve interesse político-partidário, principalmente porque Lula-3 era na época forte candidato a presidente da República e acusá-lo de ter incorrido em ações e atos ilegais por meio de um powerpoint criminoso, leviano e mentiroso, transmitido ao vivo pelas televisões e outros meios de comunicação, tornou-se o início da pavimentação da futura prisão ilegal e injusta do político de esquerda.

Sempre a agir como um moleque sem limites para poder intervir ilegalmente no sistema político e eleitoral brasileiro, Dallagnol e seu cúmplice de crimes, Sérgio Moro, além de outros tantos procuradores e juízes, continuaram com seu périplo descabido, a ter como ponto de suas ações deletérias o submundo da Lava Jato, que desmoralizou e envergonhou a Justiça brasileira, que depois teve de correr atrás do grave prejuízo, porque institucionalmente ficou à mercê de propósitos frontalmente ilegais de uma verdadeira máfia, que, inclusive, tentou se apropriar de R$ 2,5 bilhões, de acordo com relatório da Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ), que afirma que o senador Sergio Moro (União-PR), o ex-deputado Deltan Dallagnol e a juíza afastada, Gabriela Hardt, mobilizaram-se para desviar R$ 2,5 bilhões do estado brasileiro (leia-se Petrobras), a terem como propósito criar uma fundação para atender, prioritariamente, interesses privados. O relatório sugeriu também que a na 13ª Vara Federal de Curitiba, que foi chefiada por Sérgio Moro, passe por um processo de correição, o que posteriormente foi feito. É mole ou quer mais, cara-pálida?

Os traidores do Brasil afirmavam que a operação Lava Jato era a maior do mundo contra a corrupção. A verdade é que a Lava Jato era formada por uma corja, que se vendou aos Estados Unidos por meio de seus agentes, que colocaram em prática a estratégia dos estadunidenses para enfraquecer a autonomia geopolítica e diplomática do Brasil em termos mundiais, além de impedir e, com efeito, destruir o crescimento de empresas brasileiras que colocavam em risco os interesses das empresas norte-americanas em alguns países e no Brasil.

Criminosamente e muitas vezes sem avisar à cúpula da PGR, ao Itamaraty e ao Ministério da Justiça, que se reportariam à Presidência da República, os delinquentes de alta periculosidade da Lava Jato enveredaram pela ilegalidade e pela traição ao País, que os formou e os colocou em cargos públicos de poder e mando.

Irresponsavelmente e plenos de ódio ideológico e político, pessoas da estirpe de Sérgio Moro, Deltan Dallagnol, Januário Paludo, Carlos Fernando dos Santos Lima, Roberson Henrique Pozzobon, dentre outros, passaram a ter relacionamentos com o Departamento de Estado, o Departamento de Justiça e o FBI, órgãos federais dos Estados Unidos, sem submeter ao governo brasileiro, à Justiça e à própria PGR as conversações que esses servidores públicos estavam a ter com autoridades estadunidenses. É como se a Lava Jato fosse um enclave independente e autônomo dentro do Estado brasileiro. Só que não era, não é, e nunca foi.

A realidade é que esses servidores públicos irresponsáveis e inconsequentes se juntaram aos interesses norte-americanos para combater os governos e lideranças do PT e da esquerda em geral, bem como trabalharam em prol dos interesses do governo e das empresas dos EUA. Sendo assim, setores e segmentos poderosos da economia brasileira foram literalmente destruídos e milhões de trabalhadores ficaram desempregados, a atingir em cheio o mercado interno (comércio, indústria, saúde, educação, serviço público, transporte, finanças e turismo, além da informática).

Para resumir, a quadrilha de traidores da Lava Jato, que deveria estar presa há muito tempo, no mínimo 40 anos de reclusão, destruiu os principais setores da economia brasileira, a exemplo da construção civil, da construção naval, da indústria petrolífera e setores relacionados à produção e venda de petróleo e gás. Simplesmente a base industrial e comercial de sustentação de qualquer país, ainda mais um país do tamanho e importância do Brasil, que necessita ter o controle e o domínio do setor energético, motivo principal pelo qual os EUA entram em guerra militar e comercial, bem como invadem países há dois séculos.

Porém, a destruição desses setores significativos e estratégicos causou severos efeitos em cadeia, como um efeito dominó, a levar à bancarrota centenas de milhares, quiçá milhões, de pequenas e médias empresas comerciais, fábricas, imobiliárias e até atividades financeiras entre os diferentes setores. E o pior: milhões de famílias na amargura, no olho da rua.

Para concluir, percebe-se que Deltan Dallagnol continua a vociferar e a desafiar, de forma insolente, as autoridades e instituições democráticas constituídas deste País. Sua fala cretina e plena de arrogância e prepotência, que remete à sua falta de consciência e ética no passado quanto à sua atuação francamente persecutória e perversa contra o Lula-3, simplesmente nos leva a asseverar apenas esta frase para tal cidadão de extrema direita: Dallagnol tem de ser preso mil vezes se ele tiver mil vidas. É isso aí.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

Carregando anúncios...