A voz de Lula do Brasil
Um homem em sintonia com o seu tempo, em busca de paz, mas, com a firmeza da necessidade de defender o multilateralismo, a autodeterminação dos povos
Queridos brasileiros e brasileiras, eu vi e ouvi atentamente o discurso do presidente Lula hoje na ONU.
Depois li e reli com mais atenção ainda. E quero dizer que foi um momento histórico, uma obra-prima.
Da primeira à última frase, foi preciso, cortante, corajoso, civilizatório, humanista e educativo.
Um estadista falando para um presente em conflito e para a necessidade de obter um futuro de paz. Falando para o agora e para a história.
Um homem em sintonia com o seu tempo, em busca de paz, mas, com a firmeza da necessidade de defender o multilateralismo, a autodeterminação dos povos, o combate à fome e as desigualdades.
A defesa da democracia desenhou cada palavra, cada frase e cada parágrafo.
O respeito ao meio ambiente e à vida nas suas variadas formas contornou cada expressão ortográfica, cada argumento linguístico.
Revelou o desejo de devolver à mãe terra a proteção que lhe foi retirada ao longo dos anos por aqueles que a exploraram indiscriminadamente.
Colocou luz nos invisíveis, a necessidade do compromisso prático dos do Norte para com os do Sul, dos do centro para com os da periferia.
Como disse Leon Tolstói, "se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia". Lula pintou um belo quadro, a sua imensa aldeia, o Brasil continental, o Brasil soberano, democrático, livre do Mapa da Fome, em pleno emprego, digno e com autoestima. E, assim, tornou-se mais uma vez universal.
Hoje o mundo testemunhou a voz altiva e ativa de um estadista, promotor de boas novas, semeador da paz, indutor do multilateralismo e defensor da democracia: a voz de Lula do Brasil.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.