A opção é por uma sociedade democrática, justa e livre
'Os resultados estão chegando com mais intensidade na maior faixa da população', escreve o deputado José Guimarães
O mais recente movimento no cenário político brasileiro é o de descarte do ex-presidente pela elite conservadora - que o usou na tentativa de derrotar o Presidente Lula nas eleições de 2022 - e o isolamento da extrema direita.
À medida que se aproxima o dia do julgamento, pela Suprema Corte, do principal líder da conspiração para o golpe de Estado do dia 8 de janeiro de 2023, e seus comandados, o centro começa a se afastar dos extremistas por razões óbvias: a inelegibilidade, a provável prisão e a impossibilidade de aprovar o projeto de lei da anistia no Congresso Nacional, (DataFolha: 56% dos brasileiros são contra a anistia).
Por outro lado, a perda de força dos extremistas na mobilização popular ficou evidente nas últimas tentativas. A referência a Donald Trump como liderança mundial da extrema direita é outro fator desagregador. Trump virou as costas para o mundo com sua perversa política de deportação de imigrantes, desmanche institucional dos Estados Unidos, ataques à democracia e destruição das pontes da globalização culminada na guerra comercial, causa de prevista recessão global.
Os prováveis candidatos à sucessão presidencial parecem receosos de enfrentar o Presidente Lula nas urnas. Eles sabem da força política e eleitoral do Presidente, do seu governo na reconstrução do país, na retomada do crescimento da economia e da projeção da sua liderança internacional. Ele presidiu o Mercosul, o G-20, preside o BRICS, a COP 30 e levou a pauta da erradicação da fome, da pobreza, do meio ambiente aos mais importantes fóruns internacionais e lançou a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza com 170 adesões, incluindo 92 países.
Em 2023, encontramos o Brasil em escombros, com uma herança de R$ 255,2 bilhões em despesas contratadas e não pagas, além da tentativa de golpe impedida pelas instituições republicanas e democráticas. Ainda antes da posse do Presidente Lula, conseguimos aprovar a PEC da Transição no Congresso Nacional, que possibilitou o aporte de recursos orçamentários de R$ 145 bilhões, por um ano, para gastos emergenciais, tendo em vista a dramática situação do país naquele momento. Além disso, a articulação e consolidação da base parlamentar de apoio assegurou ao governo a aprovação de todas as matérias de seu interesse. Medidas estruturantes que possibilitaram a reconstrução do país.
As contas públicas foram organizadas com a aprovação, no Congresso Nacional, do Regime Fiscal Sustentável, que reduziu o déficit primário a próximo de zero, em 2024, gerou superávit de R$ 104 bilhões em janeiro de 2025, o melhor resultado do ano. O Governo Lula e o Congresso Nacional conseguiram aprovar a Reforma Tributária, encalhada há mais de 40 anos. O Brasil dispõe, hoje, de um sistema tributário moderno, eficiente e estrutural para o desenvolvimento econômico, sem aumentar a carga tributária.
O plano de reconstrução e os investimentos planejados para retomada do crescimento, não tardaram a apresentar resultados. Em 2024, o Brasil voltou para o topo, entre as 10 maiores economias do mundo, segundo dados do FMI. O Presidente Lula resgatou o Brasil do Mapa da Fome, com a retirada de 60 mil pessoas em média, por dia, da situação de vulnerabilidade alimentar.
Nos últimos dois anos, o Brasil cresceu duas vezes mais que a média registrada entre 2019 e 2022. Os resultados estão chegando com o crescimento da economia (3,4%), em 2024 e a menor taxa de desemprego dos últimos 12 anos (6,6%). Desde 2023, foram gerados 3,7 milhões de empregos formais. A renda do trabalho saltou, em média, 7,1%. Em 2024, o Brasil foi o 3º país que mais cresceu entre os países do G-20 e um dos que gerou mais empregos.
Os resultados estão chegando com mais intensidade na maior faixa da população, revertendo a queda de popularidade circunstancial provocada principalmente pela inflação, que começa a ceder com a baixa do dólar, do preço do diesel, dos alimentos, com a entrada da safra-agrícola recorde no mercado. E deve continuar cedendo com o crescimento da economia. Mais oferta, menor preço.
Há uma disputa pela herança dos votos do ex-presidente com uma retórica conservadora ainda persistente, mas deve ser esvaziada no decorrer das articulações políticas para as próximas eleições, e também da percepção do Governo Lula, pela população.
Os candidatos não parecem seguros em relação ao apoio empresarial e de trabalhadoras e trabalhadores, decisivo para as eleições. Eles sabem que o projeto de desenvolvimento sustentável com justiça social e ambiental do Governo Lula está transformando o país, religando as cadeias produtivas destruídas pelo desastroso governo anterior com grande volume de investimentos planejados.
O Governo Lula resgatou o planejamento com linhas de investimentos em setores estratégicos para retomada do crescimento, proporcionando estabilidade e conforto para os investidores projetarem seus negócios.
Desde os investimentos nos programas sociais, que estão colocando o pobre no orçamento, como diz o Presidente Lula - ampliando o mercado interno de consumo - aos investimentos na infraestrutura e na produção: em portos, aeroportos, estradas, ferrovias, hidrovias, na indústria, na agricultura e pecuária, na inovação tecnológica, sobretudo na transição energética, onde o Brasil está se tornando líder global.
O Novo PAC tem orçado R$ 1,8 trilhão de investimentos públicos e privados em todos os estados e municípios até 2026, sendo R$ 500 bilhões após 2026, para mais de 20 mil obras.
O programa Nova Indústria Brasil, por exemplo, criado para restaurar e desenvolver cadeias produtivas destruídas no governo anterior e investir na reindustrialização, agroindústria, indústria da saúde, mobilidade e tecnologia, lançado em 2024, já mobilizou R$ 3,4 trilhões em investimentos, sendo R$ 1,2 trilhão de recursos públicos e R$ 2,2 trilhões do setor privado.
Os indicadores são cada vez melhores. A produção industrial cresceu 3,1% com recorde de empregos com carteira assinada; o setor de bens de capital cresceu 9,1%; o setor de bens de consumo, 3,5%, sendo 10,6% de bens de consumo duráveis. É o maior crescimento da indústria em 10 anos.
No ranking internacional, a indústria brasileira saltou 30 posições, da 70ª para a 40ª. O Governo Lula abriu mais de 340 mercados para exportação. O crédito para a indústria é de R$ 507 bilhões. A capacidade instalada chegou a 83% com crescimento de 146% de novos empregos com carteira assinada, em 2024.
Os investimentos na agroindústria são de R$ 546,6 bilhões. O Plano de Transformação Ecológica, para inovação em tecnologia de baixa emissão, negócios sustentáveis, produção de energia limpa e proteção florestal tem investimentos de R$ 300 bilhões.
A produção agropecuária bateu recorde de investimentos. O Plano Safra está com R$ 765 bilhões em crédito. Mais de R$ 147 bilhões para a agricultura familiar, voltada para o abastecimento interno.
O setor de turismo, o segundo que mais gera empregos, bateu recorde, em 2024. Mais de 6,7 milhões de turistas estrangeiros desembarcaram no Brasil. O setor da construção civil, o que mais gera empregos, registrou um crescimento de 4,1%, impulsionado pela retomada de 11.941 obras paradas, pelo Programa Minha Casa, Minha Vida e pelo aumento das vendas de imóveis aquecidas pela alta do emprego e da renda. Além de todo o dinamismo econômico, os programas sociais foram reestruturados, outros criados, com vultosos investimentos em todas as áreas da rede de proteção social. Um imenso volume de recursos que entra na economia todos os meses.
Poderia citar outras áreas do governo, que também receberam grandes volumes de investimentos com resultados tão positivos, mas, as que estão em destaque são suficientes para demonstrar a solidez do projeto de desenvolvimento sustentável com justiça social e ambiental do Governo Lula.
À medida que o projeto do governo se consolida, proporciona estabilidade, crescimento econômico e ganhos sociais, a tendência natural é o aumento da percepção da sociedade e consequentemente tradução em apoio ao governo para continuidade.
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