A bandeira dos EUA na Paulista expõe grave ameaça contra Lula e a democracia
Cai em definitivo a máscara dos que proclamavam que o Brasil estava acima de todos
Uma bandeira como aquela que empesteou a avenida Paulista em pleno dia da pátria revela o tamanho do desespero dos bolsonaristas diante do veredicto para os golpistas, a ser decido nesta semana pelo Supremo Tribunal Federal. Eles estão chamando uma intervenção dos Estados Unidos para ainda evitar a condenação. Pedem que Washington aumente as sanções contra ministros do STF. Querem mais tarifas contra o Brasil. Há um tanto de suicídio político nessa afronta. Submeter-se a uma potência estrangeira, clamar por sua intervenção, no dia máximo da celebração da independência do Brasil, é uma ofensa inaceitável. Haverá um preço político a pagar.
Cai em definitivo a máscara dos que proclamavam que o Brasil estava acima de todos.
A presença da bandeira do tio Sam, porém, sugere muito mais. Imensa, ela foi exibida com apoio do público. Uma ação dessa não ocorre sem planejamento, organização e financiamento. Faz parte de algo maior.
O ato foi a explicitação de um pedido de mais invasão da soberania brasileira. Foi a evidência de que forças estrangeiras poderosas já trabalham no espectro de uma guerra aberta em território brasileiro. Algo está em processo de preparação. Quem são os envolvidos? Trabalham a serviço dos Estados Unidos? Ou só participam dele voluntários brasileiros bem intencionados?
Ou será que já está em andamento uma conspiração cada vez mais aberta, com orientação e participação direta de agentes dos Estados Unidos no Brasil? Envolve a CIA, a NSA e a própria embaixada? O que sabe a inteligência brasileira e o governo do Brasil a respeito? Vão investigar?
No Brasik, é crime negociar com governo ou grupo estrangeiro, ou seus agentes, com o fim de provocar atos típicos de guerra contra o país. A pena é de 5 a 8 anos de prisão.
O que aconteceu ontem na Paulista já faz parte de uma guerra híbrida. Há elementos para ligar aquele à imensa bandeira ianque outros atos contra o Brasil, instigados por Eduardo e Jair Bolsonaro. Os envolvidos são os mesmos.
O Estado brasileiro, suas forças de inteligência e defesa não podem ignorar as evidências. É preciso apurar, reprimir e punir ações do inimigo contra a soberania nacional, antes que a trama alcance níveis ainda mais alarmantes. Um golpe com ação estadunidense está sendo fermentado. A embaixada dos Estados Unidos já demonstrou em palavras e atos estar envolvida em aberta sabotagem. Donald Trump recentemente renovou ataques inaceitáveis.
A bandeira na Paulista não é "liberdade de expressão". Ela acende o sinal vermelho para o perigo iminente, que demanda ação enérgica contra o inimigo estrangeiro e seus agentes internos.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.