Maduro retira nacionalidade de opositor de ultradireita por incitar invasão
Opositor Leopoldo Lopez também defende sanções contra o próprio país
247 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apresentou ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) do país um pedido formal para retirar a nacionalidade do opositor de ultradireita Leopoldo Lopez, acusando o agitador de promover uma invasão militar dos Estados Unidos e de fomentar o bloqueio econômico contra Caracas, informou o canal TeleSur neste sábado (25).
O documento, de acordo com a reportagem, afirma que Lopez cometeu um “grotesco, criminoso e ilegal chamado à invasão militar da Venezuela”. Maduro também argumenta que o ultradireitista tem promovido, de forma contínua, o bloqueio econômico e financeiro contra sua própria nação.
Nesse sentido, o governo bolivariano determinou que a Chancelaria e o Serviço Administrativo de Identificação, Migração e Estrangeiros iniciem "imediatamente" o processo de anulação do passaporte de Lopez, conforme os procedimentos legais vigentes, de acordo com a Telesur.
A solicitação de Maduro ocorre após novas declarações de Lopez, em entrevista à agência EFE, na qual o dirigente, foragido da justiça venezuelana, apoiou um possível ataque militar dos EUA em território venezuelano.
O opositor, condenado por sua responsabilidade nas manifestações violentas conhecidas como guarimbas de 2014, fugiu clandestinamente para a Espanha em outubro de 2020. Em janeiro de 2025, o Ministério Público da Venezuela solicitou um Alerta Vermelha da Interpol contra Lopez por incitar uma intervenção militar estrangeira.
Nos últimos meses, os EUA, do presidente Donald Trump, tem aumentado o número de ativos navais, aéreos e terrestres enviados para o Caribe, dentro da área de responsabilidade do Comando Sul do país. Segundo Washington, o envio faz parte de uma grande operação supostamente voltada ao combate ao narcotráfico e ao terrorismo. Maduro, por sua vez, tem reiterado que o país está completamente livre do narcotráfico.
Por Delcy Rodriguez, via Telegram: Ontem, o presidente da República, Nicolás Maduro, apresentou um recurso ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) para retirar a nacionalidade de Leopoldo López, em conformidade com o artigo 130 da Constituição da República Bolivariana da Venezuela e a Lei Orgânica Libertador Simón Bolívar.
A medida foi motivada pelo “grotesco, criminoso e ilegal chamado à invasão militar da Venezuela”, pela “promoção permanente do bloqueio econômico” e pelo “chamado ao assassinato em massa de venezuelanos em conluio com governos e inimigos estrangeiros”.
A Chancelaria e o Serviço Administrativo de Identificação, Migração e Estrangeiros (Saime) devem proceder imediatamente, conforme os trâmites legais, à anulação do passaporte do mencionado cidadão.
O Estado venezuelano dispõe de recursos suficientes para garantir a integridade territorial e a soberania da República diante de potências estrangeiras e de qualquer indivíduo que colabore para enfraquecer a independência nacional.


