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Assassinato de cientista italiano na Colômbia levanta suspeitas sobre atuação de grupos armados​

Alessandro Coatti, biólogo de 42 anos, foi encontrado desmembrado em Santa Marta; autoridades investigam possível envolvimento de facções locais​

Biólogo Alessandro Coatti, encontrado morto na Colômbia - 04/2025 (Foto: Divulgação: LinkedIn)

247 - O assassinato do cientista italiano Alessandro Coatti, de 42 anos, em Santa Marta, na Colômbia, desencadeou uma investigação internacional e reacendeu preocupações sobre a violência na região da Sierra Nevada. De acordo com informações da CNN, partes do corpo de Coatti foram encontradas em diferentes pontos da cidade, incluindo uma mala abandonada próxima ao estádio local.​

Coatti, que havia trabalhado por oito anos na Royal Society of Biology (RSB) em Londres, deixou a organização em 2024 para realizar trabalho voluntário no Equador e viajar pela América do Sul. Segundo relatos, ele chegou a Santa Marta no último dia 3 e manifestou interesse em visitar Minca, uma área montanhosa próxima conhecida por sua biodiversidade. No entanto, desapareceu no dia seguinte.​

Especialistas sugerem que o crime pode ter sido cometido por grupos paramilitares locais, como o Clã del Golfo e as Autodefesas Conquistadoras de la Sierra, conhecidos por práticas violentas na região. Norma Vera Salazar, especialista em direitos humanos, destacou: "Há um padrão recorrente claro nesses crimes: corpos torturados, desmembrados, jogados em sacos de lixo ou de café e abandonados em estradas rurais" .​

A Royal Society of Biology lamentou profundamente a perda de Coatti, descrevendo-o como "um cientista apaixonado e dedicado, liderando o trabalho de ciência animal da RSB, escrevendo inúmeras propostas, organizando eventos e apresentando depoimentos na Câmara dos Comuns. Ale era engraçado, afetuoso, inteligente, amado por todos com quem trabalhava e fará muita falta a todos que o conheceram e trabalharam com ele".

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