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50 anos do golpe no Chile: os 1001 dias da Unidade Popular

Salvador Allende tentou a via pacífica para o socialismo, mas enfrentou oposição ferrenha, sabotagem da CIA e falta de apoio de seu próprio partido

Salvador Allende (Foto: REUTERS)

Por Javier M. González e Gabriela Máximo, para o jornal Nova Tribuna, da Espanha - Com quatro horas de ataques terrestres e aéreos, o golpe militar de 11 de setembro de 1973 encerrou o plano de mudança mais ambicioso na história do Chile. Nos 1001 dias que antecederam o golpe, o presidente Salvador Allende, à frente da coalizão da Unidade Popular, tentou algo inédito no mundo: implementar o socialismo de maneira pacífica e dentro das regras institucionais, conhecido como o caminho chileno para o socialismo. O objetivo do governo eleito em 1970 era encerrar o sistema capitalista, substituindo-o por uma economia planejada, em grande parte estatizada, criando uma nova estrutura baseada na justiça social. Uma revolução sem armas e pelo voto, ao contrário de outras próximas, como Cuba, ou distantes, como Europa e Ásia.

O projeto chileno enfrentou enormes dificuldades desde o início e nunca conseguiu superar os obstáculos impostos pela oposição, por grupos empresariais, pela maioria dos militares essencialmente antimarxistas e pela forte interferência dos Estados Unidos, que não aceitavam uma nova Cuba no continente. Também não conseguiu resolver as inúmeras divisões internas da própria Unidade Popular.

Já nos primeiros meses de governo, Allende tentou implementar o programa socializante: estatizou a grande mineração do cobre, expandiu a reforma agrária que havia sido iniciada pelo governo anterior de Eduardo Frei, estatizou parte do sistema financeiro, bem como grandes empresas e monopólios de distribuição e a maioria das grandes indústrias do país. Substituiu os mecanismos de mercado pelo controle de preços. Na área da saúde, melhorou o equipamento dos hospitais e estabeleceu, por exemplo, um programa de distribuição diária de meio litro de leite para cada criança. Esse socialismo à chilena, definido por Allende como a revolução com sabor de empanada e vinho tinto, deveria conviver com regras democráticas básicas, como voto popular, existência de partidos de oposição e imprensa livre, algo impensável no cenário marxista da época.

"O Chile é hoje a primeira nação da Terra chamada a moldar o segundo modelo de transição para a sociedade socialista (...) Não existem experiências anteriores que possamos usar como modelo; temos que desenvolver a teoria e a prática de novas formas de organização social, política e econômica, tanto para romper com o subdesenvolvimento quanto para criar o socialismo", resumiu Allende.

Salvador Allende e seu gabinete ministerial em 1970
Salvador Allende e seu gabinete ministerial em 1970(Photo: CC BY-SA 3.0 cl)CC BY-SA 3.0 cl

O contexto mundial estava imerso na plena Guerra Fria. Na América Latina, vivia-se um momento de grande efervescência revolucionária, sob o auspício e inspiração de Cuba. Na Argentina, a penúltima ditadura entrava em sua fase final, o general Perón estava prestes a retomar o poder, e grupos guerrilheiros como os Montoneros (peronistas) e o Exército Revolucionário do Povo (trotskistas) estavam em pleno auge. No Uruguai, os Tupamaros ainda não haviam sido derrotados. Na Bolívia, o general de esquerda Juan José Torres chegava ao poder, e fazia pouco tempo que o Che Guevara havia morrido nas selvas de Ñancahuzú, no sudeste do país. No Peru, outro general de esquerda, Juan Velasco Alvarado, também estava no poder. No Brasil, os militares haviam tomado o poder em 1964, e a violenta repressão aos grupos guerrilheiros estava em seu auge. No Paraguai, o governo militar de Alfredo Stroessner pesava sobre o país desde 1954.

Allende chegou ao poder apoiado por uma coalizão que incluía o Partido Socialista, o Partido Comunista, o Partido Radical, o MAPU (Movimento de Ação Popular Unitária, que havia se separado da Democracia Cristã em 1969) e um grupo de independentes reunidos no Ação Popular Independente (API). Mais tarde, a Esquerda Cristã (IC), outra cisão à esquerda da democracia cristã, também se juntaria. Ele também contava com o apoio externo e crítico do MIR (Movimento de Esquerda Revolucionária), guevarista e defensor da insurreição popular.

O PS e o PC eram os grupos majoritários. O socialismo foi uma força política importante no Chile no século XX. Chegou até mesmo a ser proclamada uma "República Socialista do Chile" em 1932, que durou apenas 132 dias, entre 4 de junho e 13 de setembro. O PC, desde sua fundação em 1922 por Luis Emilio Recabarren, também desempenhou um papel importante na história do país, mesmo passando por períodos de ilegalização.

O projeto socialista da Unidade Popular enfrentou desafios enormes, começando por um apoio insuficiente por parte dos chilenos para um plano tão ambicioso. Nas eleições de 1970, Allende obteve 36,6% dos votos - apenas 40.000 votos de diferença para seu principal rival, o ex-presidente de direita Arturo Alessandri. De acordo com as regras em vigor, se nenhum dos candidatos alcançasse a maioria absoluta, a decisão ficaria nas mãos do Congresso, que escolheria entre os dois mais votados. A Unidade Popular saiu vitoriosa graças ao apoio da Democracia Cristã (PDC), que condicionou seus votos a um acordo político que envolvia uma reforma constitucional e um Estatuto de Garantias Democráticas. Parte do PDC e do PS se opunham a qualquer acordo, por razões naturalmente opostas. Allende assumiu o governo sem maioria parlamentar, e os democrata-cristãos, apesar de terem sido decisivos para a ascensão dos socialistas ao poder, logo passaram a exercer uma dura oposição.

SABOTAGEM DA CIA - Em 1999, a divulgação de documentos da CIA confirmou a intensa atividade ilegal dos serviços secretos dos Estados Unidos para desestabilizar o governo de Allende. A primeira ação encoberta americana foi o assassinato do então chefe do Exército, o general René Schneider, com o fracassado objetivo de instaurar o caos e impedir a posse de Allende. Posteriormente, financiou grupos terroristas de extrema direita como o Patria y Libertad e deu apoio direto ao golpe militar de 1973 e à ditadura que se seguiu.

No campo econômico, entre 1970 e 1973, o governo de Richard Nixon ordenou a suspensão de empréstimos ao Chile e buscou sabotar a economia chilena ao artificialmente derrubar o preço do cobre - principal produto de exportação do país - no mercado mundial. Além disso, patrocinou grandes paralisações de caminhoneiros e indústrias que afundaram o país no caos.

O labirinto político em que Allende precisava se mover tinha como agravante forte a falta de apoio de setores da própria Unidade Popular. Em janeiro de 1970, quando o Comitê Executivo do Partido Socialista votou na candidatura presidencial, Allende obteve 13 votos, mas houve 14 abstenções. Sua posição dentro do PS era minoritária e ele teve que aceitar que as decisões seriam adotadas por unanimidade dos partidos que compunham a UP, o que obviamente se tornou um obstáculo para tomar qualquer medida. Com um agravante, o secretário-geral do PS, Carlos Altamirano, agia mais como um adversário do que como parte do governo. Os socialistas se opuseram, por exemplo, a qualquer tentativa de diálogo com a democracia cristã, defendida por Allende como forma de viabilizar politicamente seu mandato enfraquecido.

Três anos antes da eleição, o PS aprovou em seu congresso um documento que ia contra o que Allende defendia: "A violência revolucionária é inevitável e legítima (...). Apenas destruindo o aparato burocrático e militar do partido burguês pode a Revolução socialista se consolidar". Em seu segundo ano de governo, o presidente confrontou essa posição no Pleno Nacional do PS: "Não é na destruição, na quebra violenta do aparato estatal, o caminho que a Revolução chilena tem pela frente".

Allende teve que equilibrar entre aqueles que queriam a ruptura e aqueles que exigiam prudência, como o Partido Comunista e o setor moderado do MAPU. "Avançar sem transigir (negociar)", diziam os radicais; "negociar para avançar", sustentava o PC.

PRIMEIRAS MEDIDAS DE GOVERNO - No início de 1971, o governo enviou ao Congresso o projeto de emenda constitucional que permitiria a nacionalização do cobre, uma de suas principais promessas de campanha. Foi aprovado por unanimidade. As três grandes minas do país - Chuquicamata, El Salvador e El Teniente - e três menores foram nacionalizadas. Para o cálculo das indenizações, o governo incluiu o conceito de "lucros excessivos", que estimava que as empresas haviam obtido lucros muito superiores aos que obtinham em outras partes do mundo. Portanto, as três grandes não receberam nada e as outras, um valor pequeno.

O programa da UP contemplava a nacionalização ou estatização de 91 empresas monopolistas e estratégicas. Mas o governo encontrou forte oposição para isso, ao contrário do que aconteceu com o cobre. Como não tinha maioria no Congresso, recorreu ao que ficou conhecido como "brechas legais" - um decreto da efêmera república socialista de 1932, que nunca havia sido revogado, permitia ao Estado confiscar empresas alegando motivos de eficiência econômica ou situações de emergência.

Paralelamente, houve um movimento de ocupação de todos os tipos de empresas pelos trabalhadores, pedindo sua expropriação, aumentando ainda mais a tensão. Os resultados econômicos no primeiro ano de governo de Allende foram positivos: a participação dos trabalhadores na renda nacional passou de 52,8% em 1970 para 61,7% em 1971. A economia cresceu 8,9%, a inflação caiu para 28,2% e o desemprego caiu para 3,8%, historicamente baixo. Os salários, a produção industrial e o emprego aumentaram e, consequentemente, o consumo. Os gastos públicos aumentaram significativamente, criando uma sensação de bem-estar na população.

No entanto, essa bonança não durou muito. Em 1971, com o aumento da inflação, houve falta de recursos para cobrir os gastos sociais. O déficit fiscal foi de 14% em 1972 e de 10% em 1973. As restrições financeiras impostas pelos EUA e a queda do preço internacional do cobre agravaram consideravelmente a crise. Houve um grave desabastecimento de alimentos e produtos básicos, ondas de greves e forte tensão política.

A política fiscal expansionista foi financiada por emissão monetária e aumento do déficit público, o que causou uma inflação reprimida altamente explosiva. O aumento do consumo provocou um aumento brutal das importações, prejudicando gravemente as reservas do país. Em 1973, a inflação chegou a 606,1%, sem reservas e sem acesso a crédito internacional. A imagem do governo da Unidade Popular associada ao caos, inflação, mercado negro e desabastecimento foi se instalando, alimentada pela oposição de direita.

Em dezembro de 1971, a oposição organizou a "Marcha das Panelas Vazias", em protesto contra a escassez de alimentos, sendo o primeiro grande ato contra o governo de Allende. O governo reagiu decretando estado de emergência.

Nesse momento, o presidente de Cuba, Fidel Castro, fazia uma longa visita ao Chile (ver quadro). Para o cubano, que já havia feito críticas à "via chilena para o socialismo", a reação de Allende foi branda. Ele sugeriu mão dura ao presidente. Em sua opinião, a possibilidade de haver mortos ou feridos não deveria ser um freio à repressão, "já que o confronto é o verdadeiro caminho para a Revolução". Através de um emissário, Allende respondeu: "Diga a Fidel, gentilmente, que aqui no Chile, quem resolve essas coisas sou eu, de acordo com o meu conhecimento e entendimento".

No entanto, o momento mais crítico ainda estava por vir. Em 9 de outubro de 1972, o país amanheceu paralisado por uma greve de caminhoneiros. A greve durou 28 dias, até 5 de novembro. O gatilho foi o rumor de que o governo iria criar uma empresa estatal de transporte na região de Aysén. O movimento se espalhou por todo o Chile, impulsionado por sindicatos patronais, como a Confederação Nacional de Proprietários de Caminhões, presidida por León Vilarín, que fazia parte do grupo ultradireitista Patria y Libertad.

Salvador Allende assina o decreto promulgatório da reforma constitucional que dá início à nacionalização do cobre
Salvador Allende assina o decreto promulgatório da reforma constitucional que dá início à nacionalização do cobre.(Photo: Wikimedia Commons/Creative Commons Attribution-ShareAlike 3.0 Chile license)Wikimedia Commons/Creative Commons Attribution-ShareAlike 3.0 Chile license

Os trabalhadores rodoviários foram acompanhados por outros sindicatos industriais e de serviços, como proprietários de táxis, comércio, etc., com o apoio dos partidos de oposição. Nesse ponto, o Partido Democrata Cristão havia se unido ao Partido Nacional de orientação de direita em seu apoio à greve geral. Em poucos dias, o país estava praticamente paralisado, com quase total falta de abastecimento de produtos básicos. Em 1974, o jornal The New York Times reportaria, com base em fontes não reveladas, que a CIA destinou mais de 8 milhões de dólares para greves e outras atividades opositoras no Chile entre 1972 e 1973.

Alfredo Sepúlveda, autor de "A Unidade Popular, os mil dias de Salvador Allende e o caminho chileno para o socialismo", afirma que a Unidade Popular não calculou a importância de ter a classe média ao seu lado: "A UP não percebeu que as ocupações ilegais afastavam uma boa parte da classe média, que deveria ter sido seu apoio. Um quarto das propriedades que acabaram expropriadas não tinham o tamanho mínimo estipulado pela Reforma Agrária. Ou seja, estamos falando de pequenos agricultores que viam isso como um roubo (...) A escassez também não foi dimensionada, talvez porque as filas para comprar alimentos básicos fossem comuns na pobreza chilena, mas não eram comuns para a classe média. Eu acredito que, no fundo, eles subestimaram a classe média, porque a consideravam muito menor do que realmente era".

DESAGASTE E DESFECHO - O ano de 1973, o ano do golpe, começa com eleições parlamentares em que a Unidade Popular (UP) obteve 43% dos votos; a CODE (Confederação da Democracia), composta pelo PDC, pelo Partido Nacional e outros grupos de direita, conquistou 56%. Bons resultados para a oposição, porém insuficientes para alcançar os 2/3 necessários para impulsionar um processo de impeachment constitucional contra Allende, consolidando assim a opção golpista.

Os eventos daquele ano de 1973 se desenrolam a um ritmo vertiginoso. Em abril, ocorre uma greve na mina El Teniente, que durou 70 dias e se tornou o maior conflito trabalhista da UP. Em 29 de junho, ocorre uma primeira tentativa fracassada de golpe militar conhecida como "El Tanquetazo". Em 11 de julho, Patricio Aylwin pronuncia um discurso intitulado "Ainda é tempo", no qual afirma que "a maioria dos chilenos perdeu a fé na solução democrática para a crise que o Chile vive". Em 17 de agosto, acontece a última reunião entre Aylwin e Allende, na casa do cardeal Silva Enríquez, na qual o democrata-cristão exige que o presidente escolha: "Você não pode estar ao mesmo tempo com Altamirano (o secretário-geral radicalizado do PS) e com a Marinha, não pode estar bem com o MIR e pretender estar bem conosco".

Em 21 de agosto, 10 dias antes do golpe, esposas de generais manifestam-se em frente à casa do comandante-chefe do Exército, general Carlos Prats, que renuncia dois dias depois. Prats recomenda Augusto Pinochet como seu sucessor, considerando-o um general constitucionalista.

E em 22 de agosto, a Câmara dos Deputados adota uma resolução que acusa o governo de não cumprir as leis e violar a Constituição. Afirma que o governo "pretende alcançar o poder total, com o propósito de submeter as pessoas a um estrito controle econômico e político do Estado, para alcançar um sistema totalitário que se opõe ao sistema representativo e democrático estabelecido pela Constituição". E termina fazendo um apelo para que o governo restaure o estado de direito. Para muitos, essa declaração foi um apelo explícito ao golpe de Estado.

Diante desse estado de coisas, em 9 de setembro, o secretário-geral do PS, Carlos Altamirano, convoca a resistência, a se opor por todos os meios possíveis à ofensiva golpista, descartando qualquer possibilidade de diálogo. Seu discurso incendiário foi recebido pelos militares como uma provocação, enquanto Allende tentava acalmar a crise.

Na véspera do golpe, o presidente anuncia aos seus ministros e aos chefes militares sua decisão de convocar um plebiscito para resolver a crise. Tarde demais, o golpe já estava em andamento.

A DEDICATÓRIA DO CHE - Allende costumava exibir com orgulho a dedicatória que Che Guevara fez a ele em seu livro "A Guerra de Guerrilhas", presente que o revolucionário cubano-argentino deu a ele em Havana logo após o triunfo da revolução: "A Salvador Allende, que por outros meios tenta alcançar o mesmo. Com afeto, Che". O guerrilheiro não teve tempo de presenciar a ascensão dos socialistas ao poder no Chile, pois foi assassinado na Bolívia três anos antes, em 1967. No entanto, sua dedicação continuaria ressoando por décadas nas análises que tentavam compreender a experiência da Unidade Popular no Chile.

O intelectual marxista norte-americano Paul Sweezy, co-fundador da Monthly Review, escreveu dias após o golpe de 1973: "A tragédia chilena confirma (...) que não há caminho pacífico para o socialismo". Seu artigo, intitulado "Chile: a questão do poder", começava com uma citação de Saint Just, que em 1794 escreveu: "Aquele que realiza uma revolução apenas pela metade está cavando sua própria sepultura." Sweezy, por sua vez, acrescentou: "Aqueles comprometidos com a não-violência fariam bem em admitir que não são revolucionários e deveriam limitar suas atividades à busca de reformas que estão garantidas dentro do quadro do sistema capitalista".

A experiência da UP durou apenas 2 anos, 10 meses e 1 semana, conseguindo implementar apenas parte de seu programa. Muitos anos após o golpe de 1973, o socialista Carlos Altamirano refletiu sobre a viabilidade de construir o socialismo mantendo plenamente a democracia representativa. No livro "Altamirano", de Patricia Politzer, ele afirmou: "Hoje penso que Allende estava equivocado quando dizia que ele e Che buscavam o mesmo fim, mas com meios diferentes. Naquela época, essa frase me fascinava, mas hoje acredito que tinha um erro essencial: meios diferentes levam a fins diferentes."

Não conseguiu superar as profundas diferenças internas e perdeu o apoio das classes médias. José Antonio Viera-Gallo, membro da ala moderada do MAPU, já havia observado após a greve dos caminhoneiros de 1972: "Não se pode fazer uma Revolução (...) contra uma imensa quantidade de chilenos, enganados se quiserem, mas que se opõem ao processo". Ele acrescentou: "A Revolução é uma obra das massas, se as massas não estão na Revolução, não há revolução", conforme mencionado no livro "Salvador Allende. A esquerda chilena e a Unidade Popular", de Daniel Mansuy. Até o italiano Enrico Berlinguer, fundador do eurocomunismo, afirmou em seu livro "Lições sobre o Chile" que "grandes reformas exigem grandes acordos", o que a Unidade Popular não conseguiu alcançar.

*Nesta série de crônicas, os jornalistas Javier M. González e Gabriela Máximo narram os eventos que ocorreram no Chile desde o mandato de Salvador Allende com a Unidade Popular, passando pelo golpe militar, a subsequente ditadura e a presidência de Patricio Aylwin.

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