Maranhão se consolida como liderança em sanidade animal

247 - O Brasil foi oficialmente reconhecido como área livre de circulação da febre aftosa sem vacinação, status conferido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) —um marco que consolida o país entre as potências sanitárias globais e abre novas oportunidades para o agronegócio brasileiro.

O anúncio foi realizado durante um evento simbólico realizado na última sexta-feira (6), em Paris, França. A certificação foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, com participação do governador do Maranhão, Carlos Brandão.

Segundo o governo maranhense, o estado assumiu papel de protagonismo no processo nacional e hoje se posiciona como uma plataforma estratégica para exportação e desenvolvimento agropecuário.

A conquista do estado se deu graças à obtenção do segundo maior rebanho bovino do Nordeste. O Maranhão foi um dos estados que anteciparam o processo de retirada da vacinação, com um sistema de defesa agropecuária que hoje é referência nacional e internacional. 

"Brandão e toda a sua equipe de defesa agropecuária vêm desempenhando um belíssimo papel, preparando o Maranhão para estar entre os melhores estados sanitários do mundo. Hoje, essa conquista está garantida e é motivo de orgulho para todos nós", disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, na ocasião. 

Além disso, foram mais de duas décadas de trabalho consistente e visão estratégica.

O próprio Brandão, que é médico veterinário de formação, foi autor da lei que criou a AGED (Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão), em 2002, quando era deputado estadual. Ao longo de diferentes governos, a AGED foi estruturada, modernizada e fortalecida, em parceria com os pecuaristas e com apoio do governo federal.

O estado vem ampliando os investimentos em equipamentos, veículos, prédios e pessoal qualificado, garantindo uma capacidade de vigilância e controle sanitário de excelência.

"Foram 60 anos de luta do Brasil para chegar a esse status de zona livre de febre aftosa sem vacinação. Isso abre portas para novas exportações — tanto de bovinos quanto de suínos — e fortalece o mercado internacional", destacou Brandão. 

"Há muitos investidores e empresários do setor agropecuário com interesse no Maranhão, pois agora eles podem se instalar, gerar empregos, gerar renda e exportar a partir do nosso estado", continuou. 

Ele ainda destacou o papel central de investimentos estratégicos em infraestrutura portuária: "Temos um diferencial: contamos com um porto estratégico que permite que a carne seja processada e exportada para a Ásia, Europa e qualquer lugar do mundo. Estou muito feliz porque acompanhei essa luta desde 2003, quando criamos e estruturamos a AGED". 

Com isso, o estado se posiciona como um hub logístico e produtivo de excelência, preparado para impulsionar as exportações e atrair novos investimentos no setor de proteína animal e derivados.