247 – Pesquisas recentes da Neotrust Confi, do Itaú Unibanco e do Índice Cielo indicam que as vendas de Natal em 2024 apresentaram um resultado superior ao esperado por boa parte do mercado, sugerindo um aquecimento da economia mesmo em meio ao cenário de juros elevados. A informação foi <a href="https://valor.globo.com/empresas/noticia/2024/12/27/dados-de-vendas-no-natal-mostram-economia-aquecida.ghtml">publicada pelo Valor</a>.
De acordo com a Neotrust Confi, entre os dias 1º e 25 de dezembro, as compras online movimentaram R$ 26 bilhões em todo o país, o que representa um crescimento nominal de 20,6% na comparação com 2023. Esse aumento reflete uma alta no número de pedidos, que subiu 22,2%, chegando a 82,1 milhões de transações. No entanto, o valor médio gasto por compra recuou 1,3%, para aproximadamente R$ 317, e o dado não contempla o efeito da inflação no período.
Para Bruno Pati, CEO do E-Commerce Brasil, parceiro da Neotrust Confi na pesquisa, o otimismo observado na Black Friday já sinalizava um cenário mais aquecido.
“Apesar do cenário difícil, pelos juros voltando a subir e o câmbio já pressionando, o fim do ano ainda teve o efeito do avanço da economia”, disse ele.
Pati acrescenta que o cenário macroeconômico segue incerto para 2025, diante da política fiscal do governo e da escalada de juros. Contudo, o executivo destaca que o Natal superou até mesmo o desempenho da Black Friday, quando o comércio on-line vendeu R$ 9,3 bilhões, alta de 10,5% sobre 2023.
Mudanças no perfil de consumo
Segundo o levantamento, itens de esporte e lazer (alta de 76,4%) e produtos para casa e construção (74,4%) foram os que mais cresceram no período, seguidos por produtos de saúde (57%) e eletrônicos (26%).
“A alta de esporte e lazer e casa e construção foi uma surpresa e mostra como o comportamento do consumidor muda ao longo dos anos”, afirmou Pati.
Economistas avaliam que a recente elevação dos juros pelo Banco Central, devido à aceleração da inflação, só deve surtir efeito mais sensível no consumo em 2025. Eletrodomésticos cresceram 11,6% nas vendas, enquanto a categoria de telefonia teve incremento de 5,1%.
O Itaú Unibanco, em pesquisa que engloba também as vendas em lojas físicas, registrou crescimento nominal de 12,3% na semana anterior ao Natal em comparação ao mesmo intervalo de 2023. Restaurantes e bares lideraram a alta, com 26,2%, seguidos por turismo (16%), hotéis (16%) e comércio atacadista de alimentos e bebidas (8%).
Já os dados do Índice Cielo mostram uma alta mais moderada: 3,4% nas lojas físicas e 2,9% no comércio eletrônico, em termos nominais. A companhia credita esse resultado possivelmente à migração de parte das compras de Natal para a Black Friday, e também ao maior endividamento das famílias ao longo do ano.

Redação Brasil 247

Fernando Haddad, ministro da Fazenda (à esq.), e Lula (presidente da República)

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Economia

Dados de vendas no Natal confirmam que a economia está aquecida

247 – O forte crescimento da economia em 2024, estimado em 3,5% pelo mercado, e os ganhos de renda da população brasileira no terceiro governo do presidente Lula puxaram as vendas do comércio neste Natal. Nabil Sahyoun, presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), destacou que o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário, aliado ao desemprego historicamente baixo e à taxação de plataformas internacionais, são principais motores para o crescimento do setor. "Estamos projetando um faturamento próximo de R$ 200 bilhões para 2024, com um crescimento real de 6% em relação ao ano anterior", afirmou Sahyoun, segundo <a href="https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2024/12/24/compras-de-ultima-hora-movimentam-shoppings-e-comercio-de-rua-associacao-estima-alta-de-7percent-nas-vendas-este-ano.ghtml?utm_source=aplicativoOGlobo&amp;utm_medium=aplicativo&amp;utm_campaign=compartilhar">reporta o jornal O Globo</a>.
Glauco Humai, presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), reforçou a perspectiva positiva para as vendas de Natal deste ano, prevendo um aumento de 7% no faturamento em comparação ao mesmo período do ano passado. "Embora o dólar alto possa influenciar os custos de determinados produtos, muitos consumidores já adaptaram seus hábitos, buscando alternativas mais acessíveis ou promovendo maior consumo de produtos nacionais", comentou Humai.
As projeções das associações também consideram o impacto favorável do calendário deste ano, com o Natal caindo em uma terça-feira, o que proporcionou aos consumidores mais tempo para realizar suas compras de forma mais tranquila. Segundo dados do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), o gasto médio com presentes de Natal está estimado em R$ 300,29 por consumidor, movimentando cerca de R$ 675,28 milhões. A expectativa é que o faturamento do setor de shopping centers supere R$ 6 bilhões neste ano, consolidando um aumento significativo em relação ao Natal anterior.
O movimento intenso registrado em shoppings como Iguatemi e Ibirapuera, em São Paulo, na noite de 23 de dezembro, é um indicativo do consumo aquecido na véspera de Natal. As associações do setor mantêm a confiança de que os ganhos de renda provenientes das políticas econômicas da atual administração continuarão a impulsionar o comércio varejista, resultando em mais um Natal de recordes de vendas.
Com a combinação de fatores econômicos favoráveis e adaptações tanto de consumidores quanto de comerciantes, o setor de shopping centers está preparado para fechar o ano com resultados expressivos, refletindo a retomada e o fortalecimento do comércio brasileiro.

Rosângela da Silva, conhecida como Janja (primeira-dama), e Lula (presidente da República)

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Ganhos de renda da era Lula garantem mais um Natal de recordes de vendas

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