<p><b>247 - </b>Morreu na noite desta sexta-feira (15), em Salvador, aos 79 anos, o guitarrista e produtor musical Perinho Albuquerque, figura central na história da música popular brasileira. </p>
<p>A informação foi confirmada por seu filho, Paulo Emílio, à Folha de S.Paulo. Internado há cerca de um mês no Hospital Municipal da capital baiana, após sofrer um acidente vascular cerebral, o músico não resistiu a um infarto.</p>
<p>Albuquerque se consagrou especialmente na década de 1970, quando esteve intensamente ligado ao movimento tropicalista e à renovação estética da MPB. Trabalhou com nomes fundamentais como Gal Costa, Caetano Veloso, Luiz Melodia e Chico Buarque. Com Maria Bethânia, produziu o disco “Álibi” (1978), que se tornou um marco da indústria fonográfica nacional ao alcançar recorde de vendas para uma artista feminina no Brasil.</p>
<h3>Legado na música brasileira</h3>
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<p>A carreira de Perinho Albuquerque o consolidou como um dos produtores mais respeitados de sua geração. Sua habilidade em criar arranjos inovadores e captar a essência artística de cada intérprete foi decisiva para a sonoridade que marcou a música brasileira nos anos de ditadura militar. O sucesso de “Álibi” não apenas projetou Maria Bethânia a outro patamar, mas também serviu como referência de excelência de produção no país.</p>
<h3>Vida discreta nos últimos anos</h3>
<p>Embora tenha sido um nome reconhecido nos bastidores da música, Albuquerque escolheu se afastar dos holofotes nas últimas décadas. O próprio filho recorda essa escolha: “Ele gostou, nos últimos anos, de ficar na vidinha dele. Ele ficava em casa, gostava do mar, e não se expunha muito. Foi assim que quis viver o resto da vida dele”, disse Paulo Emílio por telefone.</p>
<h3>Família e despedida</h3>
<p>Perinho era irmão do baixista Moacyr Albuquerque, falecido há 25 anos. Deixa dois filhos — Paulo Emílio e Augusto —, a neta Sofia e a companheira Silvelane Ferreira. O velório está previsto para este domingo (17), mas os detalhes ainda não foram definidos pela família.</p>

Luis Mauro Filho

Capa do disco "Álibi" (1978), de Maria Bethânia 

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Cultura

Morre Perinho Albuquerque, produtor de “Álibi” e nome marcante da Tropicália, aos 79

<p><b>247 -</b> A 1ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro rejeitou a ação movida pelo cantor Caetano Veloso contra o estilista Oskar Metsavaht e sua marca, a Osklen. O cantor baiano solicitava uma indenização de R$ 1,3 milhão pela utilização do termo "Tropicália" em uma coleção da grife, além da retirada dos produtos da série "Brazilian Soul" que apresentassem os termos "Tropicália" e "tropicalismo", <a href="https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2024/06/juiz-diz-que-caetano-nao-e-dono-da-tropicalia-e-condena-cantor-a-pagar-custas-de-acao-contra-osklen.shtml">informa </a>a coluna da Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo.</p>
<p>Em sua decisão, o juiz Alexandre de Carvalho Mesquita argumentou que Caetano não detém exclusividade sobre a Tropicália, movimento cultural do qual foi cofundador junto com outros artistas renomados. Mesquita comparou a Tropicália a outros movimentos culturais, como a Semana de Arte Moderna de 1922 e a Jovem Guarda, para embasar seu julgamento. "O movimento modernista, assim como a Tropicália, foi um movimento envolvendo diversos artistas de diferentes áreas, não podendo o autor [Caetano] se achar o 'dono' da segunda", declarou o magistrado.</p>
<p>Mesquita julgou improcedente o pedido de Caetano e o condenou a pagar as custas processuais e honorários advocatícios. O valor foi fixado em 10% sobre o valor atualizado da causa.</p>

Guilherme Paladino

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Caetano sofre derrota na Justiça após cobrar indenização da Osklen por uso da Tropicália

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