247 - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta segunda-feira (28) um cessar-fogo unilateral entre os dias 8 e 11 de maio, durante as celebrações do 80º aniversário da vitória soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. A informação foi divulgada pelo Kremlin e repercutida pela imprensa internacional.
De acordo com o comunicado, o cessar-fogo começará à meia-noite do dia 8 e seguirá até a meia-noite do dia 11. Durante esse período, "todas as ações militares serão suspensas", segundo o governo russo, que afirmou ter tomado a decisão com base em "considerações humanitárias".
O Kremlin declarou esperar que a Ucrânia adote a mesma postura. Em caso de descumprimento por parte das forças ucranianas, Moscou afirmou que dará uma "resposta adequada e eficaz".
Ainda na nota oficial, a Rússia reiterou sua disposição para iniciar negociações de paz "sem pré-condições", com o objetivo de "eliminar as causas profundas da crise ucraniana" e promover uma interação construtiva com parceiros internacionais.
O gesto acontece em um momento em que a guerra, iniciada com a invasão russa em fevereiro de 2022, se aproxima do seu quarto ano, com pesadas perdas humanas e crescente desgaste internacional — especialmente para o governo de Kiev, que enfrenta dificuldades militares recentes e forte dependência de apoio externo.

Guilherme Paladino

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Mundo

Putin anuncia cessar-fogo de três dias durante comemorações da vitória sobre o nazismo

247 – O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou neste sábado uma trégua de Páscoa, válida a partir das 18h (horário de Moscou – 15h GMT) deste sábado (19) até a meia-noite de domingo para segunda-feira. As informações são da agência Sputnik.&nbsp;
“Guiado por considerações humanitárias, declaro hoje, das 18h até as 00h de domingo para segunda, uma trégua de Páscoa. Ordeno que todas as ações militares sejam interrompidas durante este período”, afirmou Putin durante uma reunião com o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas, Valery Gerasimov.
O presidente também destacou que as tropas russas devem estar preparadas para reagir a eventuais violações do cessar-fogo e provocações por parte da Ucrânia.
Putin acrescentou que a Rússia parte do princípio de que o lado ucraniano também seguirá o exemplo e suspenderá as hostilidades durante o período da trégua pascal.

Luis Mauro Filho

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Rússia decreta trégua pascal na guerra da Ucrânia

Reuters - A França e o Reino Unido estão propondo uma trégua parcial de um mês entre a Rússia e a Ucrânia, que abrangeria ataques contra infraestrutura aérea, marítima e energética, mas não incluiria combates terrestres, afirmaram o presidente francês, Emmanuel Macron, e seu ministro das Relações Exteriores.
As declarações foram feitas em meio a uma intensa movimentação diplomática europeia para reforçar o apoio do Ocidente à Ucrânia, após um encontro tenso entre o presidente Volodymyr Zelensky e o ex-presidente dos EUA Donald Trump, no Salão Oval da Casa Branca, na última sexta-feira.
"Uma trégua desse tipo, limitada a ataques aéreos, marítimos e à infraestrutura energética, nos permitiria avaliar se o presidente russo, Vladimir Putin, está agindo de boa-fé quando se compromete com um cessar-fogo. E é a partir desse ponto que poderiam começar negociações reais de paz", disse o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Noel Barrot, nesta segunda-feira.
Segundo a proposta anglo-francesa, tropas terrestres europeias só seriam enviadas à Ucrânia em uma segunda fase, afirmou Macron em entrevista publicada pelo jornal Le Figaro na noite de domingo.
"Não haverá tropas europeias em solo ucraniano nas próximas semanas", disse Macron ao Le Figaro, enquanto voava para Londres para um encontro de líderes europeus convocado pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, com o objetivo de avançar na elaboração de um plano de paz para a Ucrânia.
"A questão é como usaremos esse tempo para tentar alcançar uma trégua, com negociações que levarão várias semanas e, então, uma vez que a paz seja assinada, um possível envio de tropas", acrescentou Macron.
O presidente francês não especificou como a infraestrutura aérea, marítima e energética poderia ser monitorada.
"Para mim, isso só seria possível com a OTAN ou, pelo menos, sob comando da OTAN, além de sistemas Patriot, mísseis de longo alcance e aviação, que a Ucrânia não possui", disse um diplomata europeu. "E seria necessário negociar com a Rússia para que não realizasse ataques em larga escala."
O Kremlin, que já rejeitou a ideia de envio de tropas ocidentais para a Ucrânia, afirmou nesta segunda-feira que o embate entre Trump e Zelensky no Salão Oval mostrou como será difícil chegar a um acordo sobre o conflito.
"Diferentes opções" - Ao ser questionado sobre o plano mencionado por Macron, Zelensky afirmou a jornalistas em Londres: "Estou ciente de tudo."
Na segunda-feira, no entanto, o ministro das Forças Armadas do Reino Unido, Luke Pollard, evitou confirmar as propostas citadas por Macron e Barrot, dizendo: "Esse não é um plano que reconhecemos no momento."
"Certamente há várias opções sendo discutidas de forma privada entre o Reino Unido, a França e nossos aliados neste momento. Não seria adequado comentar cada uma dessas opções individualmente", disse Pollard à BBC.
No domingo, Starmer afirmou que os líderes europeus concordaram em elaborar um plano de paz para a Ucrânia a ser apresentado aos Estados Unidos, sem entrar em detalhes.
Enquanto isso, as partes envolvidas nas negociações para a formação do novo governo da Alemanha estão considerando criar rapidamente dois fundos especiais, possivelmente no valor de centenas de bilhões de euros — um para defesa e outro para infraestrutura —, segundo três fontes consultadas pela Reuters.
Economistas que assessoram os partidos que provavelmente formarão a nova coalizão estimam que seriam necessários cerca de 400 bilhões de euros (US$ 415 bilhões) para o fundo de defesa, disseram as fontes.
O acalorado debate entre Zelensky e Trump na Casa Branca na sexta-feira aumentou a sensação de urgência em Berlim para acelerar os gastos tanto com a defesa alemã quanto com o apoio à Ucrânia, afirmaram as fontes.
Os líderes da União Europeia se reunirão em uma cúpula extraordinária no dia 6 de março para discutir mais apoio à Ucrânia, garantias de segurança europeia e formas de financiar as necessidades de defesa do continente.

Guilherme Levorato

Emmanuel Macron, Keir Starmer e Volodymyr Zelensky 

Reino Unido e França propõem trégua parcial de um mês na Ucrânia

247 - O grupo Hamas anunciou que devolverá nesta quarta-feira (26) os corpos de quatro reféns israelenses como parte da trégua em vigor na Faixa de Gaza. Em troca, Israel libertará mais de 600 prisioneiros palestinos, concluindo a fase atual do acordo de cessar-fogo, que termina no sábado, <a href="https://www.bbc.com/news/live/cm2n973y2ext">informa</a> a BBC.
Os quatro reféns não foram oficialmente identificados, mas são apontados como Shlomo Mansour, 86, Ohad Yahalomi, 50, Tsachi Idan, 50, e Itzik Elgarat, 69. Segundo fontes israelenses, as famílias dos reféns já foram notificadas.
O anúncio ocorre após dias de impasse entre Israel e Hamas. No último fim de semana, Israel adiou a libertação dos prisioneiros palestinos em protesto contra o que descreveu como tratamento cruel dos reféns por parte do Hamas. A suspensão levou um alto funcionário do Hamas a alertar que o cessar-fogo estava em "grave perigo".
O impasse foi resolvido na terça-feira por meio da mediação de Egito, Catar e Estados Unidos. Diferente de trocas anteriores, o Hamas aceitou devolver os corpos sem cerimônias públicas.
Identidade dos reféns - O refém mais velho, Shlomo Mansour, de 86 anos, nasceu no Iraque e foi morto pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, segundo informações do exército israelense. Sua esposa, Mazal, conseguiu escapar do ataque.
Ohad Yahalomi, 50, foi sequestrado em Nir Oz junto com seu filho de 12 anos, Eitan, que foi libertado em novembro.
Tsachi Idan, 50, foi levado de sua casa em Nahal Oz. Seu filho mais velho, Maayan, de 18 anos, foi morto no ataque. Sua esposa, Gali, relatou que assistiu ao momento em que seu marido foi levado pelos militantes.
Itzik Elgarat, 69, foi sequestrado em Nir Oz e baleado na mão antes de ser levado para Gaza. Seu telefone foi rastreado na região após o sequestro.
Futuro da trégua - O acordo atual de cessar-fogo termina no sábado, e ainda não há confirmação sobre sua prorrogação ou a passagem para uma segunda fase, que incluiria a libertação de todos os reféns vivos em Gaza em troca de mais prisioneiros palestinos.
Negociações para essa nova etapa estavam previstas para ocorrer durante a fase atual, mas ainda não começaram.

Hamas devolverá corpos de quatro reféns israelenses em novo acordo de troca; Israel retornará mais de 600 palestinos

247 - O movimento palestino Hamas acusou, nesta quinta-feira (20), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de impedir o início das negociações sobre a segunda fase do acordo de trégua na Faixa de Gaza, informa a agência russa Sputnik. Segundo o porta-voz do Hamas, Abdel Latif al-Qanua, o líder israelense está "protelando" o avanço das discussões, apesar dos esforços dos mediadores internacionais.
"As conversas sobre a segunda fase ainda não começaram de fato. Estamos prontos para participar das negociações de acordo com o acordo. Netanyahu está atrasando a segunda fase do acordo de trégua", afirmou al-Qanua, em declaração divulgada pelo movimento.
A acusação ocorre após o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed al-Ansari, afirmar na terça-feira que a segunda fase das negociações para implementar o acordo de trégua ainda não havia começado oficialmente, apesar dos esforços de mediação.
Acordo - Israel e Hamas, com a mediação do Catar, Egito e Estados Unidos, chegaram a um acordo de trégua de 42 dias em 15 de janeiro. A primeira fase do acordo previa a libertação de 33 reféns israelenses em troca da soltura de cerca de 1.500 prisioneiros palestinos.

Hamas acusa Netanyahu de atrasar segunda fase de negociações sobre trégua em Gaza

247 - Israel violou os termos do cessar-fogo na Faixa de Gaza e matou ao menos 92 palestinos desde 19 de janeiro, segundo noticiou a agência Sputnik nesta terça-feira (11), com base em informe do Ministério da Saúde do enclave. Além das mortes, outras 822 pessoas ficaram feridas em decorrência dos ataques israelenses durante o período de trégua.
O Hamas reafirmou, também nesta terça, seu compromisso com o acordo de cessar-fogo, mas anunciou que a libertação de reféns israelenses, que estava programada para o próximo sábado (15), será adiada devido às violações cometidas por Israel.
Em um comunicado, o grupo acusou as forças israelenses de atacarem civis em Gaza durante a trégua e de descumprirem obrigações do acordo. Eles afirmam que Israel vem adiando o retorno de pessoas deslocadas ao norte do enclave e impedindo a entrada de suprimentos básicos, incluindo combustível e medicamentos.
Na segunda-feira (10), Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Qassam, afirmou em publicação no X que "a libertação dos prisioneiros será adiada até novo aviso, e até que a ocupação se comprometa e compense os direitos das últimas semanas retroativamente".
Trocas de prisioneiros - A trégua na Faixa de Gaza foi estabelecida em 19 de janeiro para viabilizar a libertação de reféns israelenses e prisioneiros palestinos. No último sábado (8), o Hamas libertou três reféns, em uma das quatro trocas realizadas até agora. O grupo ainda mantém sob custódia 79 pessoas sequestradas durante os ataques de 7 de outubro de 2023, sendo que 20 estavam previstas para serem libertadas nesta fase do acordo. No entanto, oito desses reféns já são dados como mortos.
Em contrapartida, Israel libertou 183 prisioneiros palestinos, dos quais 18 cumpriam penas perpétuas. Muitos dos detidos não tinham acusações públicas contra si e foram presos após os ataques de outubro.

Benjamin Netanyahu e Faixa de Gaza após ataque de Israel

Israel violou cessar-fogo e assassinou mais de 90 palestinos desde 19 de janeiro

ANSA - O papa Francisco elogiou neste domingo (19) o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, mas cobrou que a trégua seja respeitada por ambos os lados.
"Expresso gratidão a todos os mediadores. É um belo trabalho mediar para que se faça a paz. Agradeço a todas as partes envolvidas neste importante resultado", disse o pontífice em seu Angelus dominical, pronunciado da janela do Palácio Apostólico.
"Desejo que o que foi acordado seja respeitado imediatamente pelas partes e que todos os reféns possam voltar finalmente para casa e abraçar seus entes queridos. Espero também que as ajudas humanitárias cheguem ainda mais rapidamente e em grande quantidade à população de Gaza", acrescentou.
Segundo o Papa, "tanto israelenses quanto palestinos precisam de sinais claros de esperança". "Desejo que as autoridades políticas de ambos, com ajuda da comunidade internacional, possam alcançar a solução justa para os dois Estados. Que todos possam dizer 'sim' ao diálogo, à reconciliação e à paz", concluiu Francisco.
A primeira fase do acordo deve durar 42 dias e prevê a troca de 33 reféns sequestrados pelo Hamas por cerca de 1,9 mil palestinos presos nas cadeias de Israel.

Paulo Emilio

Papa celebra trégua em Gaza e pede reconciliação

Reuters - Palestinos saíram às ruas neste domingo para celebrar e retornaram aos escombros de suas casas bombardeadas, enquanto a Cruz Vermelha foi resgatar os primeiros reféns libertados sob um acordo de cessar-fogo que interrompeu os conflitos na Faixa de Gaza.
A trégua finalmente entrou em vigor após um atraso de três horas, durante o qual as forças israelenses bombardearam Gaza pelo ar em um ataque final, matando 13 pessoas, de acordo com autoridades de saúde palestinas.
Uma equipe do Comitê Internacional da Cruz Vermelha estava a caminho para coletar do Hamas os primeiros reféns a serem libertados sob o acordo de cessar-fogo, disse um oficial envolvido na operação à Reuters.
"Sinto que finalmente encontrei água para beber depois de 15 meses perdido no deserto. Sinto-me viva novamente", disse à Reuters, por meio de um aplicativo de bate-papo, Aya, uma mulher deslocada da Cidade de Gaza, que está abrigada em Deir Al-Balah, na região central da Faixa de Gaza, há mais de um ano.
No norte do território, onde ocorreram alguns dos mais intensos ataques aéreos israelenses e batalhas com os militantes, centenas de pessoas abriram caminho em uma paisagem devastada de escombros e metal retorcido.
Combatentes armados do Hamas dirigiram pela cidade de Khan Younis, no sul do país, com multidões aplaudindo e cantando, apesar de um atraso de quase três horas na implementação do acordo de cessar-fogo, após 15 meses de um conflito devastador.
Os policiais do Hamas, vestidos com uniformes azuis da polícia, se posicionaram em algumas áreas depois de meses tentando se manter fora de vista para evitar os ataques aéreos israelenses.
As pessoas que se reuniram para aplaudir os combatentes cantaram "Saudações às Brigadas Al-Qassam" - o braço armado do Hamas.
O acordo de cessar-fogo entrou em vigor após um atraso de quase três horas, interrompendo uma guerra que trouxe mudanças políticas sísmicas ao Oriente Médio e dando esperança aos 2,3 milhões de habitantes de Gaza, muitos dos quais foram deslocados várias vezes.
O Serviço de Emergência Civil Palestino disse que os ataques militares israelenses mataram pelo menos 13 pessoas em todo o enclave com o atraso. Nenhum outro ataque foi relatado após a entrada em vigor às 11h15 (06h15 no horário de Brasília).
"Agora estamos esperando o dia em que voltaremos para nossa casa na Cidade de Gaza", disse Aya. "Com ou sem danos, não importa, o pesadelo da morte e da fome acabou."
CAMINHÕES DE AJUDA ENTRAM EM GAZA - As ruas da destruída Cidade de Gaza, no norte do território, já estavam ocupadas por grupos de pessoas agitando a bandeira palestina e filmando as cenas com seus celulares. Várias carroças carregadas com pertences domésticos percorriam uma rua repleta de escombros e detritos.
Ahmed Abu Ayham, 40 anos, morador da Cidade de Gaza e abrigado com sua família em Khan Younis, disse que a cena de destruição em sua cidade natal era "terrível", acrescentando que, embora o cessar-fogo possa ter poupado vidas, não era hora para comemorações.
"Estamos sofrendo, sofrendo muito, e é hora de nos abraçarmos e chorarmos", disse Abu Ayham pelo mesmo aplicativo.
O tão aguardado acordo de cessar-fogo pode ajudar a colocar um fim na guerra de Gaza, que começou depois que o Hamas, que controla o pequeno território costeiro, atacou Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas, de acordo com as autoridades israelenses.
A resposta de Israel reduziu grande parte de Gaza a escombros e matou cerca de 47.000 palestinos, de acordo com autoridades de saúde de Gaza.
Longas filas de caminhões transportando combustível e suprimentos de ajuda fizeram fila nas passagens de fronteira nas horas que antecederam a entrada em vigor do cessar-fogo. O Programa Mundial de Alimentos disse que eles começaram a atravessar na manhã de domingo.
O acordo exige que 600 caminhões de ajuda sejam autorizados a entrar em Gaza todos os dias do cessar-fogo inicial de seis semanas, incluindo 50 que transportam combustível. Metade dos 600 caminhões de ajuda seria entregue no norte de Gaza, onde especialistas alertaram que a fome é iminente.
"A guerra acabou, mas a vida não será melhor por causa da destruição e das perdas que sofremos", disse Aya. "Mas pelo menos não haverá mais derramamento de sangue de mulheres e crianças, eu espero."

Palestinos que comemoram notícias sobre um cessar-fogo com Israel carregam o correspondente da Al Jazeera Ashraf Amrah, enquanto ele relata ao vivo em Deir Al-Balah, no centro da Faixa de Gaza

Cruz Vermelha recupera primeiros reféns do Hamas e cessar-fogo leva esperança a Gaza

REUTERS - Um <a href="https://www.brasil247.com/mundo/israel-e-hamas-chegam-a-acordo-de-cessar-fogo">acordo de cessar-fogo em Gaza entre Israel e o Hamas</a> entrará em vigor em 19 de janeiro, disse o primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Catar, xeique Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, em uma coletiva de imprensa em Doha nesta quarta-feira.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quarta-feira que Israel e o Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo e reféns que encerrará os combates em Gaza e aumentará a ajuda humanitária aos civis palestinos.
"Posso anunciar que um cessar-fogo e um acordo de reféns foram alcançados entre Israel e o Hamas", disse Biden na Casa Branca. O acordo foi alcançado após 15 meses de sofrimento, disse ele, e será seguido por um aumento da ajuda humanitária em Gaza. "Os combates em Gaza cessarão e logo os reféns voltarão para suas famílias", disse Biden.
Em um comunicado separado, a Casa Branca citou Biden: "Hoje, depois de muitos meses de intensa diplomacia por parte dos Estados Unidos, juntamente com o Egito e o Catar, Israel e o Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo e de reféns. Esse acordo interromperá os combates em Gaza, proporcionará a tão necessária assistência humanitária aos civis palestinos e reunirá os reféns com suas famílias após mais de 15 meses em cativeiro."
* Reportagem de Doina Chiacu, Susan Heavey, Andrew Mills, reportagem adicional de Nayera Abdallah e Clauda Tanios em Dubai

Acordo de cessar-fogo em Gaza entrará em vigor em 19 de janeiro

Reuters - O mediador Catar entregou a Israel e ao Hamas um rascunho final de um acordo nesta segunda-feira para acabar com a guerra em Gaza, depois de um "avanço" à meia-noite em conversas com a presença do enviado do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse à Reuters uma autoridade informada sobre as negociações.
A autoridade disse que o texto para um cessar-fogo e a libertação de reféns foi debatido em conversas em Doha, que incluíram os chefes das agências de espionagem Mossad e Shin Bet de Israel e o primeiro-ministro do Catar, bem como Steve Witkoff, que se tornará enviado dos EUA quando Trump assumir o cargo na próxima semana. Acredita-se que as autoridades do governo norte-americano que está deixando o cargo também tenham participado.
"As próximas 24 horas serão fundamentais para se chegar ao acordo", disse a autoridade.
A rádio Kan de Israel, citando uma autoridade israelense, informou nesta segunda-feira que as delegações israelense e do Hamas no Catar haviam recebido uma minuta e que a delegação israelense havia informado os líderes israelenses. Israel, o Hamas e o Ministério das Relações Exteriores do Catar não responderam aos pedidos de confirmação ou comentários.
Autoridades de ambos os lados, embora não tenham confirmado que uma minuta final tenha sido alcançada, descreveram o progresso nas negociações.
Uma autoridade israelense graduada disse que um acordo poderia ser fechado dentro de alguns dias se o Hamas responder a uma proposta. Um funcionário palestino próximo às negociações disse que as informações de Doha eram "muito promissoras", acrescentando: "As lacunas estavam sendo reduzidas e há um grande impulso em direção a um acordo se tudo correr bem até o fim."
Os Estados Unidos, o Catar e o Egito têm trabalhado por mais de um ano em negociações para pôr fim à guerra em Gaza, até agora sem sucesso.

Versão final do acordo de trégua em Gaza é apresentada às partes após "avanço", diz autoridade

Reuters - Israel está buscando mudanças em um plano para uma trégua em Gaza e a libertação de reféns pelo Hamas, complicando um acordo final para interromper nove meses de combate que devastaram o enclave, de acordo com uma autoridade ocidental, uma palestina e duas fontes egípcias.
Israel diz que os palestinos deslocados devem ser examinados ao retornarem ao norte do enclave quando o cessar-fogo começar, recuando de um acordo para permitir que os civis que fugiram para o sul retornem livremente para casa, disseram as quatro fontes à Reuters.
Os negociadores israelenses "querem um mecanismo de verificação para as populações civis que retornam ao norte de Gaza, onde eles temem que essas populações possam apoiar" os combatentes do Hamas que permanecem entrincheirados lá, afirmou a autoridade ocidental.
O grupo militante palestino rejeitou a nova exigência israelense, de acordo com as fontes palestina e egípcias, mas uma autoridade israelense sênior disse que o Hamas ainda não tinha visto as últimas propostas, que devem ser divulgadas "nas próximas horas".
"As mensagens do Hamas são bizarras porque ainda não as enviamos, ninguém as leu ainda. Nem mesmo os negociadores a receberam ainda. Eles a lerão antes de transferi-la ao Hamas para que reaja", disse a autoridade, que falou sob condição de anonimato devido à sensibilidade do assunto.
Fontes egípcias disseram que havia outro ponto de atrito em relação à exigência de Israel de manter o controle da fronteira de Gaza com o Egito, que o Cairo descartou como fora de uma estrutura para um acordo final aceito pelos dois lados.
O gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, a Casa Branca e o Ministério das Relações Exteriores do Egito não responderam imediatamente a pedidos de comentários sobre as exigências de Israel.
"Netanyahu ainda está protelando. Não houve nenhuma mudança em sua posição até agora", disse Sami Abu Zuhri, representante sênior do Hamas, que não comentou diretamente sobre as exigências de Israel.
A notícia dos novos pontos de atrito veio no momento em que o presidente dos EUA, Joe Biden, pressionou por um cessar-fogo em reunião em Washington na quinta-feira com Netanyahu, para chegar a um acordo final.
"Estamos mais próximos agora do que nunca", disse o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, acrescentando que ainda existem lacunas.
Em um discurso para o Congresso dos EUA na quarta-feira, Netanyahu disse que Israel estava engajado "em esforços intensos" para garantir a libertação dos reféns mantidos em Gaza.
As fontes que falaram com a Reuters solicitaram anonimato para discutir as exigências israelenses devido à delicadeza das conversações em andamento para finalizar uma trégua e a libertação dos reféns apreendidos no ataque a Israel liderado pelo Hamas em 7 de outubro, que desencadeou a guerra de Gaza.
Autoridades de saúde de Gaza dizem que mais de 39.000 palestinos foram mortos e a maioria dos 2,3 milhões de pessoas de Gaza foi deslocada pelos combates que destruíram grande parte do enclave e criaram um desastre humanitário.

Destruição em Gaza devido a ataques israelenses 

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