WASHINGTON (Reuters) - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, emitiu instruções internas para que o Pentágono comece a dispensar os soldados transgêneros que não saírem voluntariamente das forças armadas até o dia 6 de junho, de acordo com um memorando obtido pela Reuters.
O memorando de Hegseth demonstra como a administração do presidente norte-americano Donald Trump pretende agir rapidamente para desligar milhares de militares transgêneros depois que uma decisão da Suprema Corte permitiu, na última terça-feira, que a proibição de soldados transgêneros entrasse em vigor.
No memorando, Hegseth afirma que os militares transgêneros da ativa podem se apresentar para "separação voluntária" das forças armadas dos EUA até 6 de junho. Os da reserva têm até 7 de julho.
"Ao término dos prazos, os Departamentos Militares iniciarão os processos de separação involuntária", diz o memorando.
O Pentágono não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Bianca Penteado

Vista do Pentágono em Arlington, Virgínia.
09/10/2020


original

1250x600

610x380

1280x490

300x400

500x240

321x200

square

360x640

320x320

3000x1800

thumbnail

viewImage

Mundo

Exército dos EUA deve iniciar expulsão de militares transgêneros no próximo mês

247 - Em uma declaração rara sobre a vida pessoal, o ator Robert De Niro expressou publicamente seu apoio à filha Airyn, que revelou ser uma mulher trans. As palavras de De Niro foram dadas em nota à revista Variety, em meio à repercussão de uma entrevista concedida por Airyn à publicação LGBTQ+ Them, onde ela falou sobre sua experiência de transição e os desafios de ser vista em sua plenitude, relata a <a href="https://www.bbc.com/news/articles/c8dg3pn24z0o?xtor=AL-71-%5Bpartner%5D-%5Bbbc.news.twitter%5D-%5Bheadline%5D-%5Bnews%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D&amp;at_medium=social&amp;at_ptr_name=twitter&amp;at_format=link&amp;at_link_origin=BBCWorld&amp;at_campaign_type=owned&amp;at_link_id=F2B5C06C-268A-11F0-BA5F-DCDBCBA0F256&amp;at_campaign=Social_Flow&amp;at_bbc_team=editorial&amp;at_link_type=web_link">BBC</a>.
“Eu amava e apoiava Aaron como meu filho, e agora amo e apoio Airyn como minha filha. Não sei por que isso é um grande problema”, afirmou o astro de Os Bons Companheiros, acrescentando: “amo todos os meus filhos”.
Na entrevista à Them, Airyn, de 29 anos, compartilhou reflexões sobre o processo de se reconhecer e se apresentar ao mundo como mulher trans. “Há uma diferença entre ser visível e ser vista. Eu tenho sido visível. Não acho que tenha sido vista ainda”, declarou. A jovem é filha de De Niro com a também atriz Toukie Smith.
Airyn revelou que iniciou a transição no ano passado e mencionou a importância de referências positivas na mídia, destacando a atriz e ativista Laverne Cox como inspiração. “Ver mulheres trans sendo honestas e abertas, especialmente em espaços públicos como as redes sociais, e vê-las tendo sucesso… Me fez pensar: sabe de uma coisa? Talvez ainda não seja tarde para mim".
Ao comentar sua infância como uma das sete filhas e filhos do ator, Airyn demonstrou gratidão pelo cuidado que os pais tiveram em preservá-la da exposição midiática. “Nenhum pai é perfeito, mas sou grata por ambos terem concordado em me manter longe dos holofotes. Eles me disseram que queriam que eu tivesse uma infância o mais normal possível".
O posicionamento de Airyn ocorre em um momento delicado no Reino Unido para a população trans. Recentemente, a Suprema Corte britânica decidiu por unanimidade que, sob a legislação de igualdade, o termo “mulher” se refere ao sexo biológico. A decisão gerou forte repercussão e motivou a única juíza transgênero conhecida do país a preparar uma ação contra o governo britânico na Corte Europeia de Direitos Humanos, argumentando que seus direitos foram violados.
Mesmo diante da polêmica, o juiz Lord Hodge, relator do caso, ressaltou que a decisão não deve ser interpretada como uma vitória de um lado sobre outro. Ele frisou que a legislação britânica ainda assegura proteção contra discriminação a pessoas trans.

Guilherme Levorato

Cultura

Robert De Niro apoia filha trans e afirma: "amo todos os meus filhos"

247 - Uma juíza federal dos Estados Unidos bloqueou temporariamente a aplicação da ordem executiva do presidente Donald Trump que proíbe pessoas transgênero de servirem nas forças armadas, informou a Reuters. 
A decisão foi tomada na terça-feira (18) pela juíza Ana Reyes, do Tribunal Distrital de Washington, enquanto um processo movido por 20 militares e aspirantes ao serviço militar segue em andamento.
Reyes considerou que a ordem de Trump, emitida em 27 de janeiro, viola a proibição constitucional contra discriminação com base no sexo. A medida era parte de uma série de ordens do presidente republicano que restringiam direitos legais de pessoas transgênero nos Estados Unidos.
"A cruel ironia é que milhares de militares transgêneros sacrificaram-se — alguns arriscando suas vidas — para garantir a outros os mesmos direitos de proteção igualitária que esta proibição busca negar a eles", afirmou Reyes em sua decisão.
O decreto atacava soldados transgênero de forma direto -- em um ponto dizendo que um homem que se identificava como mulher "não era consistente com a humildade e o altruísmo exigidos de um membro militar". 
Durante seu primeiro mandato, Trump anunciou que proibiria os transgêneros de servir nas Forças Armadas. Ele não cumpriu totalmente a decisão, congelando o recrutamento e permitindo que o pessoal em serviço permanecesse. (Com informações da Reuters).

Leonardo Sobreira

Manifestante segura bandeira trans durante ato em apoio a jovens trans no hospital infantil de Seattle - 8/2/2025   

Juíza dos EUA anula proibição de Trump a militares trans

247 - Os Estados Unidos começarão, nos próximos 30 dias, a retirar soldados transgêneros de seu exército, a menos que consigam uma isenção em uma revisão caso a caso. A decisão consta de um memorando divulgado pelo Pentágono na quarta-feira (26) e faz parte de uma ação judicial contra a ordem executiva do presidente Donald Trump, que busca excluir militares transgêneros do serviço militar.
"Os membros do serviço que tenham um diagnóstico atual ou histórico de disforia de gênero, ou que apresentem sintomas compatíveis com essa condição, serão processados para a separação do serviço militar", detalha o documento, de acordo com <a href="https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2025/02/27/militares-transgeneros-dos-eua-vao-ser-expulsos-das-forcas-armadas-indica-memorando-do-pentagono.ghtml">O Globo</a>.&nbsp;
No entanto, o texto abre a possibilidade de exceção em casos específicos. Os soldados transgêneros poderão solicitar uma isenção individual caso haja "um interesse governamental convincente em reter o membro do serviço".
Ainda de acordo com &nbsp;a reportagem, para obter essa isenção, os militares deverão demonstrar que nunca iniciaram um processo de transição de gênero e comprovar um histórico de "36 meses consecutivos de estabilidade no sexo biológico, sem disrupção clinicamente significativa ou deterioração em áreas essenciais do funcionamento social, profissional ou outras".
A política sobre militares transgêneros tem sido alvo de mudanças nos Estados Unidos ao longo dos últimos anos. Enquanto governos democratas permitiram o serviço aberto de soldados trans, a administração Trump tentou barrar sua permanência nas Forças Armadas.
O exército dos Estados Unidos havia suspendido a proibição de tropas transgênero em 2016, no segundo mandato do presidente Barack Obama. Com a nova diretriz, militares trans que já estavam em serviço puderam continuar atuando abertamente, e o alistamento de novos recrutas transgêneros estava programado para iniciar em 1 de julho de 2017.
Contudo, a administração Trump adiou essa data para 2018 e, posteriormente, reverteu completamente a política de inclusão. No início deste mês, outro memorando do Pentágono proibiu a entrada de novos soldados transgêneros no exército e suspendeu o tratamento de transição de gênero para aqueles que já estavam na ativa.

Paulo Emilio

EUA iniciarão expulsão de soldados transgêneros do exército dentro de 30 dias

247 - O governo do presidente argentino Javier Milei anunciou nesta quarta-feira (5) mudanças na Lei de Identidade de Gênero para proibir tratamentos de hormonização e cirurgias de adequação corporal em menores de 18 anos, infomrou o canal <a href="https://www.c5n.com/politica/anuncio-gobierno-manuel-adorni-5-2-2025">C5N</a>. 
Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva com o objetivo de restringir os cuidados relacionados à mudança de gênero para pessoas com menos de 19 anos. Na ordem, Trump afirmou que o apoio federal a esses tratamentos será encerrado. Ele pediu ao secretário de Saúde e Serviços Humanos que "tome todas as medidas apropriadas para acabar com a mutilação química e cirúrgica de crianças".
Além disso, a Casa Rosada informou que proibirá que presos possam solicitar transferência de cadeia com base em mudanças de identidade de gênero.
O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, explicou em coletiva de imprensa que a atual legislação, aprovada em 2012 com amplo apoio político, permite que pessoas se submetam a tratamentos de hormonização e cirurgias para adequar seu corpo ao gênero com o qual se identificam. Isso inclui menores de idade, que podem realizar esses procedimentos com o consentimento dos pais ou, em caso de recusa, por meio de autorização judicial.
Adorni argumentou que essas intervenções expõem as crianças a graves riscos à saúde física e mental, interrompendo seu processo de maturação. Ele destacou que muitos desses tratamentos e cirurgias têm efeitos irreversíveis e citou que países pioneiros em questões de mudança de gênero, como Reino Unido, Suécia, Finlândia e, recentemente, Estados Unidos, estão revogando essas práticas para menores devido às consequências "devastadoras" a longo prazo.
"Esta medida, longe de afetar um setor específico, visa garantir o interesse superior da criança e proteger a integridade física e mental dos menores. É responsabilidade do Estado Nacional garantir os direitos das crianças, e este é um passo nessa direção", afirmou.
Adorni também anunciou que o alojamento de detentos será determinado com base no sexo registrado no momento do crime, evitando que a mudança de identidade de gênero seja usada como justificativa para transferências. Ele citou um caso em Córdoba, onde um homem condenado por um crime que incluía violência de gênero declarou-se mulher, foi transferido para uma prisão feminina e abusou de outras internas.
"Isso demonstra que o sistema atual se tornou uma ferramenta para que pessoas condenadas, inclusive por violência contra mulheres, possam voltar a cometer crimes abomináveis, cujas vítimas também são mulheres", disse.
"Esta decisão permitirá avançar para um sistema muito mais razoável, que garante a segurança de todas as detentas e põe fim aos delírios promovidos pela nefasta ideologia de gênero", completou.

América Latina

Milei volta a copiar Trump e proíbe cirurgias de mudança de gênero em menores de idade

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinará uma decreto na quarta-feira proibindo efetivamente a participação de meninas e mulheres transgêneros em eventos esportivos femininos em escolas e faculdades, disse uma autoridade da Casa Branca.
O decreto, intitulado "Mantendo os homens fora dos esportes femininos", cumpriria uma promessa feita por Trump durante a campanha presidencial de 2024. O decreto foi noticiado primeiro pelo Wall Street Journal.
Desde que assumiu o cargo, o governo de Trump tem visado amplamente os direitos dos transgêneros. Autoridades já começaram a tomar medidas para remover pelo menos um membro transgênero do serviço militar dos EUA e têm rejeitado candidatos transgêneros, segundo um documento judicial.

Bandeira representativa da comunidade trans em Nova York, EUA


Brasil

Trump vai banir meninas e mulheres transgêneros de eventos esportivos femininos

247 - A Marinha reformou Alice Costa, terceiro-sargento e mulher transexual, que em 2021 havia conquistado na Justiça o direito de adotar identidade de gênero feminina no trabalho, incluindo o uso de uniformes e corte de cabelo femininos. No entanto, mesmo com decisões favoráveis da Justiça Federal de Mato Grosso do Sul e do TRF-3, a militar nunca teve suas solicitações efetivamente atendidas. No último dia 6, Alice foi aposentada sob a justificativa de afastamentos médicos consecutivos que ultrapassaram o limite de três anos, embora todos tenham sido determinados pela própria instituição, destaca o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-jardim/post/2024/11/marinha-reforma-militar-trans-que-conquistou-aval-da-justica-para-identidade-feminina-no-trabalho.ghtml">O Globo</a>.
A defesa de Alice, representada pela advogada Bianca Figueira Santos, também mulher transexual, protocolou uma ação questionando a decisão da Marinha. A petição argumenta que os afastamentos médicos, que começaram logo após a vitória judicial de Alice, levantam suspeitas de que houve manobras institucionais para retirá-la do serviço ativo. Antes do reconhecimento judicial de sua transexualidade, Alice trabalhava com restrições, como a impossibilidade de atuar em serviços armados ou noturnos, mas foi considerada apta. Após a decisão judicial, novos diagnósticos surgiram, incluindo transtorno de personalidade e “transtorno não especificado da identidade sexual”.
A ação também destaca outros casos semelhantes de militares trans no Rio de Janeiro, que foram afastados por razões médicas após conquistarem direitos relacionados à identidade de gênero. A defesa pede a reincorporação de Alice às Forças Armadas, uma nova perícia médica supervisionada pela Justiça Federal, além de uma indenização de R$ 150 mil por danos morais. A petição ainda solicita que o Ministério Público Federal investigue possíveis crimes de transfobia praticados por agentes da Marinha. Até o momento, a Marinha não reconheceu práticas discriminatórias.

Geral

Marinha aposenta militar trans que conquistou direito à identidade feminina no trabalho

247 - A boxeadora italiana Angela Carini abandonou sua luta nas oitavas de final em Paris-2024 após receber um golpe forte da adversária argelina Imane Khelif, que recentemente esteve no centro de uma controvérsia por não passar em um teste de gênero em 2023. Khelif venceu a luta em apenas 46 segundos, enquanto Carini, visivelmente abalada, comunicou a desistência ao árbitro.
“Não podia continuar. Meu nariz doía muito e eu disse: 'parem'. Era melhor não continuar” — declarou Carini, ainda emocionada após a luta. — “Poderia ter sido a luta da minha vida, mas naquele momento eu também tinha que proteger minha vida”, lamentou.&nbsp;
A italiana, que treina regularmente com o irmão, comentou sobre a potência dos golpes recebidos, mencionando a intensidade da luta contra Khelif.
Khelif, de 25 anos, é uma das duas boxeadoras cuja presença nos Jogos de Paris tem gerado críticas. A argelina foi desqualificada do Mundial de 2023 por apresentar níveis elevados de testosterona que não atendiam aos critérios de elegibilidade. No entanto, tanto ela quanto a taiwanesa Yu Ting Lin, desqualificada pelo mesmo motivo, foram consideradas aptas para competir nas Olimpíadas de Paris, destaca reportagem da <a href="https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2024/08/boxeadora-que-falhou-em-teste-de-genero-vence-primeira-luta-em-46-segundos-em-paris-2024.shtml">Folha</a>.
Horas antes da luta, o Comitê Olímpico Argelino (COA) defendeu Khelif, afirmando que a boxeadora é vítima de "mentiras" e "ataques antiéticos". O Comitê Olímpico Internacional (COI), que agora organiza o boxe olímpico devido a problemas de governança da Federação Internacional de Boxe (IBA), reiterou a legalidade da participação de Khelif nos Jogos, assegurando que todas as atletas cumprem as regras de elegibilidade. “Todas as que competem na categoria feminina o fazem cumprindo as regras de elegibilidade da competição”, afirmou Mark Adam, porta-voz do COI.&nbsp;

Angela Carini, boxeadora italiana chorando (à esquerda) e Imane Khelif, boxeadora trans da Argélia (à direita)

Tudo sobre transgenero