247 - Após a tragédia que deixou dezenas de mortos em Teófilo Otoni (MG), um ranking dos 11 maiores acidentes deixam um alerta sobre a responsabilidade do Poder Público e da população para a segurança de motoristas e pedestres. Nos últimos 18 anos, ganharam repercussão nacional acidentes que deixaram vítimas fatais em quatro das cinco regiões brasileiras, menos no Centro-Oeste. O ranking foi publicado neste sábado (21) no <a href="https://g1.globo.com/mg/vales-mg/noticia/2024/12/21/acidente-em-mg-e-a-maior-tragedia-em-rodovias-federais-pelo-menos-desde-2007-inicio-da-serie-historica-da-prf.ghtml">Portal G1</a>. 
Em 2011, 33 pessoas morreram em Nova Itarina (BA), onde uma carreta e um ônibus entram em colisão. A terceira maior tragédia em estrada também ocorreu 13 anos atrás e deixou 26 vítimas fatais em Descanso (SC) - um ônibus bateu de frente com uma carreta carregada de madeira. Mais de 20 ficaram ferido
O quarto acidente com maior número de mortos aconteceu em 2024 no município de Gavião (BA), onde 23 pessoas morreram. No Espírito Santo, uma tragédia terminou com 21 mortos em 2017 - testemunhas disseram a policiais que uma carreta com bloco de granito tombou, deslizou no asfalto e atingiu o ônibus. Duas ambulâncias que vinham logo atrás do ônibus não conseguiram desviar
A sexta maior tragédia nas estradas foi em 2021, quando 19 mortos em Guaratuba (PR). A PRF informou que ônibus, com placa de Belém (PA) descia a Serra do Mar em direção ao litoral catarinense, mas bateu na mureta de contenção do lado direito, saiu da pista e tombou às margens da rodovia.
Dois anos antes, em 2012, um acidente resultou na morte de 15 pessoas em Curvelo (MG). Uma caminhonete e um carro bateram de frente. Mais três tragédias deixaram o mesmo número de mortos (15) - uma em Guapimirim, no Rio (2012), outra em Nova Laranjeiras, no Paraná (2012), e outra no município de Ouro Preto do Oeste, em Rondônia (2008).

Leonardo Lucena

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Brasil

Saiba quais são as 11 principais tragédias nas rodovias brasileiras em quase 20 anos

247 - Nos dias 30 e 31 de outubro e 1º de novembro, Belém, no Pará, será palco do próximo evento do Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres (GTRRD) do G20. Durante o encontro, a Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades apresentará iniciativas para mitigar os impactos de desastres climáticos em periferias brasileiras. Uma das principais ações será o mapeamento das áreas mais vulneráveis em cerca de 200 municípios do país, que receberão um Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR).
O PMRR busca identificar áreas de risco e promover intervenções estruturais e não estruturais, com o objetivo de prevenir e mitigar os efeitos de desastres naturais. Esse mapeamento é crucial para a gestão de riscos e o planejamento de ações que possam evitar ou reduzir danos causados por eventos climáticos extremos. Fernando Rocha Nogueira, assessor técnico da Secretaria Nacional de Periferias, destacou que "é essencial que o planejamento considere a realidade dos eventos climáticos extremos, além de promover a participação ativa das comunidades locais nas ações preventivas".
Paulista, em Pernambuco, foi a primeira cidade a implementar o projeto, que é realizado em parceria com o Serviço Geológico do Brasil (SGB). Em Teresina (PI), o plano começou a ser desenvolvido após uma série de reuniões entre os dias 17 e 18 de outubro, que incluíram visitas a escolas e encontros com lideranças comunitárias.
O evento do GTRRD também discutirá os desafios que o Brasil e outros países do G20 enfrentam devido às mudanças climáticas, como chuvas intensas e secas severas. O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, afirmou que "será uma discussão intensa sobre as boas práticas de defesa civil para reduzir os riscos e os danos desses desastres para a população".
Além de Paulista e Teresina, o plano de prevenção será implementado em outras oito cidades, incluindo Rio Branco (AC), Maceió (AL) e Fortaleza (CE), com um investimento total de R$ 7,5 milhões. A meta do governo é concluir 200 planos até 2026, abrangendo diversas regiões do país, com foco em áreas periféricas, historicamente mais vulneráveis aos desastres naturais.
Durante a presidência rotativa do G20, assumida pelo Brasil em dezembro de 2023, o país colocou em pauta a reforma da governança global e a implementação de medidas que priorizem o combate à pobreza e às desigualdades. As discussões em Belém buscam encontrar soluções viáveis que possam ser replicadas em outros países membros do G20, reforçando o papel do grupo nas grandes questões econômicas e ambientais globais.

Reunião do Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres do G20 

Brasil Sustentável

Reunião do G20 apresentará ações de prevenção de desastres climáticos em periferias brasileiras

247 - A crescente frequência de eventos climáticos extremos, como as recentes enchentes no Rio Grande do Sul, está moldando não apenas a paisagem física das regiões afetadas, mas também o cenário político. Estudos nacionais e internacionais revelam que eleitores de áreas impactadas por desastres ambientais tendem a punir, nas urnas, as autoridades que estão no poder durante essas tragédias, relata o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/brasil/sos-rio-grande-do-sul/noticia/2024/05/22/eleitor-tende-a-punir-governantes-nas-urnas-apos-desastres-naturais-como-no-rs-mostram-estudos.ghtml">O Globo</a>. A análise dos dados sugere que a resposta dos governantes a essas crises pode influenciar significativamente os resultados eleitorais.
Segundo o banco de dados do Centro de Pesquisa sobre a Epidemiologia de Desastres (EM-DAT), desde 2000 o Brasil sofreu 158 desastres naturais, incluindo enchentes e epidemias de febre amarela e dengue. Entre esses eventos, as chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro em 2011 foram as mais mortíferas, com mais de 900 vítimas fatais.
Pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) conduziram um estudo em 2020 para avaliar o impacto desses desastres nas eleições locais, focando no estado do Rio de Janeiro, que concentrava 66% das mortes por desastres hidrológicos entre 2000 e 2014. A pesquisa concluiu que tragédias climáticas tendem a resultar em menor votação para os prefeitos em exercício nas cidades afetadas. André Albuquerque Sant'Anna, economista e professor colaborador da UFF, destaca: "prefeitos são mais punidos naquelas seções eleitorais afetadas pelas tragédias."
Os dados mostram que um episódio de chuva intensa pode reduzir entre 1,8 e 3 pontos percentuais o voto no prefeito atual. Por exemplo, após as devastadoras chuvas de 2011 na Região Serrana, duas das três cidades mais atingidas, Teresópolis e Petrópolis, mudaram o grupo político no comando nas eleições de 2012.
Casos em São Paulo reforçam essa tendência. Em 2004, a então prefeita Marta Suplicy (PT) viu sua aprovação despencar devido às enchentes na capital paulista, com a percepção pública dos alagamentos como maior problema da cidade aumentando significativamente. Consequentemente, ela não conseguiu se reeleger. Em 2016, enchentes na Região Metropolitana de São Paulo, com 30 mortos, também resultaram na mudança de governo nas cidades afetadas. Contudo, nem sempre desastres naturais garantem derrota eleitoral. Em 2020, chuvas na Baixada Santista deixaram 60 mortos, mas apenas São Vicente trocou de administração nas eleições subsequentes.
Especialistas apontam que o impacto eleitoral de desastres não pode ser atribuído exclusivamente ao evento, pois diversos fatores influenciam os resultados. Além disso, a vulnerabilidade prévia dos eleitores desempenha um papel crucial. Comunidades já enfrentando problemas estruturais, como falta de saneamento básico, tendem a punir menos severamente seus governantes após uma tragédia.

Eduardo Leite, governador do RS (à esq.), e Sebastião Melo, prefeito de Porto Alegre

Tag: tragedias

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