247 – O “czar de fronteira” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Tom Homan, foi gravado aceitando um pacote de US$ 50 mil entregue por um agente disfarçado do FBI em 2024. O caso, revelado neste domingo (21) pela Reuters, mostra como o esquema envolvia a promessa de contratos governamentais ligados à imigração em troca de propina. Apesar da gravação, a investigação foi encerrada meses depois por ordem do diretor do FBI, Kash Patel.
De acordo com as informações obtidas pela agência de notícias, a operação secreta registrou Homan recebendo o dinheiro dentro de uma sacola da rede de restaurantes Cava. A investigação começou em agosto de 2024, ainda no governo do ex-presidente Joe Biden, e avançava quando Trump retornou ao poder em janeiro de 2025. Um júri federal no Texas havia iniciado a análise do caso, mas o processo foi interrompido após a ordem de Patel.
<h2>Arquivamento e justificativas</h2>
O diretor do FBI e o procurador-geral adjunto Todd Blanche justificaram o encerramento da investigação em comunicado oficial:
<blockquote>&nbsp;“Esse assunto teve origem no governo anterior e foi submetido a uma análise completa por agentes do FBI e promotores do Departamento de Justiça. Eles não encontraram nenhuma evidência confiável de qualquer irregularidade criminal. Os recursos do Departamento devem permanecer concentrados em ameaças reais ao povo norte-americano, não em investigações sem fundamento. Como resultado, a investigação foi encerrada.”</blockquote>
A decisão levanta suspeitas sobre a blindagem de figuras estratégicas para a administração Trump, já que Homan é responsável por supervisionar a política de deportações em massa implementada pela Casa Branca.
<h2>Defesa oficial</h2>
A vice-secretária de imprensa da Casa Branca, Abigail Jackson, saiu em defesa do assessor:
<blockquote>&nbsp;“Ele é um policial de carreira e servidor público de longa data que está fazendo um trabalho fenomenal em nome do presidente Trump e do país.”</blockquote>
<h2>Histórico do assessor</h2>
Homan foi funcionário de alto escalão do Departamento de Imigração e Alfândega durante o governo Barack Obama e chegou a ocupar o cargo de diretor interino no primeiro mandato de Trump. Durante os quatro anos em que o republicano esteve fora da Casa Branca, o assessor comandou um negócio de consultoria para empresas interessadas em contratos de imigração.
Na operação gravada, segundo as fontes citadas pela Reuters, Homan teria afirmado que guardaria o dinheiro do suborno em um fundo até concluir seu serviço no governo Trump.

Redação Brasil 247

O presidente dos EUA, Donald Trump, durante visita ao prédio do Federal Reserve, em Washington, D.C. - 24/07/2025 

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Mundo

Assessor de Trump é flagrado em esquema de suborno

247 - Tom Homan, indicado pelo presidente eleito Donald Trump para o cargo de “czar da fronteira” dos EUA, já começou a fazer declarações polêmicas contra aqueles que se opõem às deportações em massa planejadas pelo governo. Ele ameaçou prender o prefeito democrata de Denver, Mike Johnston, que prometeu proteger imigrantes na cidade.&nbsp;
“O prefeito de Denver e eu concordamos em uma coisa. Ele está disposto a ir para a cadeia, eu estou disposto a prendê-lo”, declarou Homan em entrevista à Fox News.&nbsp;
Ele afirmou que as cidades-santuário estão violando a lei ao limitar a cooperação com o governo federal na aplicação das leis de imigração. Homan defendeu que Trump tem um mandato para proteger o país e salvar vidas americanas, destacando o foco em “ameaças à segurança pública e à segurança nacional”.&nbsp;
Ele classificou como “chocante” que prefeitos rejeitem a remoção dessas ameaças de seus bairros. Karoline Leavitt, porta-voz da equipe de transição de Trump, reforçou que o presidente eleito “usará todos os poderes federais e estaduais necessários para instituir a maior operação de deportação de criminosos ilegais, traficantes de drogas e pessoas na história dos Estados Unidos”. (Com informações da Prensa Latina).&nbsp;

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