247 – A noite deste sábado (21) foi marcada por uma forte dose de nostalgia para os presentes no Teatro Nacional Claudio Santoro, em Brasília, que comemoraram a reabertura do espaço com a apresentação do renomado cantor e violeiro Almir Sater. A Agência Brasília destaca que a reinauguração da Sala Martins Pena ocorreu após dez anos de fechamento, com a modernização do local para atender às normas de segurança, combate a incêndio e acessibilidade.
Segundo Cláudio Abrantes, secretário de Cultura, "essa programação de agora são momentos de teste, de avaliação de como está a obra, a acústica do espaço, para que a gente retome já em fevereiro a abertura com a programação normal, inclusive com a orquestra voltando à sua temporada aqui, e a abertura da pauta para novos espetáculos". Abrantes ressaltou que a reabertura serve como um teste para garantir que as atividades culturais sejam retomadas de forma contínua e organizada no próximo ano.
A apresentação de Almir Sater, acompanhado por sua viola de dez cordas, encantou o público com clássicos de sua carreira, como "Tocando em Frente", "Chalana" e "Trem do Pantanal", além de projetos mais recentes em parceria com Renato Teixeira, incluindo "D de Destino" e "Bicho Feio". O artista comentou sobre a qualidade da estrutura do teatro: "As condições são as melhores possíveis. A qualidade do som, da acústica, está muito boa. Tocar em Brasília é tocar para o Brasil inteiro, porque há gente de todos os cantos do país".
O evento atraiu um público diversificado, muitos dos quais compartilharam memórias afetivas do antigo Teatro Nacional. Gabriel Vogado, analista e desenvolvedor de sistemas de 28 anos, comentou: "É nostálgico vir aqui. A última vez que vim ao Teatro Nacional eu tinha 19 anos de idade. Poder caminhar e notar as nuanças de diferença é bem interessante. Vinha bastante com o meu pai. De certa forma, as memórias voltam".
Neuza Cardoso dos Santos, de 48 anos, também expressou sua emoção ao retornar ao teatro: "Eu venho aqui desde que eu tinha 12 anos. Minha mãe foi a primeira camareira do Teatro Nacional. Voltar aqui é uma emoção muito grande. E, claro, estou muito ansiosa para curtir o show, afinal, é o Almir Sater".
A reabertura do Teatro Nacional Claudio Santoro não apenas resgata um importante patrimônio cultural de Brasília, mas também sinaliza um futuro promissor para as artes na região. O estudante Kauan Andrade Sampaio, de 17 anos, destacou a relevância da reforma para as novas gerações: "É muito importante estar aqui porque é através de apresentações como a de Almir Sater que nós podemos ter mudanças em pequenos aspectos da sociedade. Eu, como morador de Ceilândia, quando recebo uma carga cultural dessa, acredito que posso mudar o ambiente onde eu moro".
Além do show de Almir Sater, a programação de reabertura inclui uma série de eventos culturais nos próximos dias. No domingo (22), haverá apresentações de artes cênicas com o musical infantil "Os Saltimbancos" e o espetáculo "TelaPlana" da Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo. Na segunda-feira (23), a banda Plebe Rude homenageará o rock com o show "Hoje é dia de rock". A quinta-feira (26) será dedicada às apresentações de balé clássico, dança contemporânea, dança urbana e dança brincante. Todas as apresentações são gratuitas e abertas ao público, mediante retirada de ingressos no site Sympla, conforme a disponibilidade.
A restauração do Teatro Nacional Claudio Santoro teve início em dezembro de 2022, com um investimento de R$ 70 milhões pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). A primeira etapa focou na adequação da infraestrutura e na recuperação da Sala Martins Pena. A próxima fase, com um investimento adicional de R$ 315 milhões, incluirá a Sala Villa-Lobos, o Espaço Dercy Gonçalves, a Sala Alberto Nepomuceno e o foyer da Villa-Lobos, conforme divulgado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF).
Com a reabertura do Teatro Nacional Claudio Santoro, Brasília reafirma seu compromisso com a cultura e as artes, proporcionando à população um espaço de qualidade para o desfrute e a promoção de eventos culturais de alto nível.

Redação Brasil 247

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Brasília

Teatro Nacional Claudio Santoro é reaberto com show de Almir Sater

247 – Em uma noite marcada pela emoção e pela celebração do trabalho manual que construiu e renovou um dos mais importantes espaços culturais de Brasília, operários e servidores do Governo do Distrito Federal (GDF) foram os primeiros a apreciar o concerto-teste da reabertura da Sala Martins Pena, no Teatro Nacional Claudio Santoro, na última quarta-feira (18). As informações são da Agência Brasília.
A iniciativa, batizada de “Sinfonia do Concreto”, integra o calendário de eventos que marca o retorno da Sala Martins Pena após extensa obra de modernização e adequação às normas de segurança, combate a incêndio e acessibilidade. O momento inaugural, reservado aos trabalhadores da obra, remete à inauguração histórica do espaço em 1966, quando a atriz Cacilda Becker apresentou-se primeiro para os responsáveis pela construção, antes do público em geral.
“É muita emoção, porque eu só tinha visto o Teatro Nacional há 10 anos por fora. Nunca me imaginava aqui, principalmente hoje, um dia festivo. Estou me sentindo um artista”, relatou o pintor Francisco Ari Rodrigues Lima. Em suas palavras, o concerto representa “uma página da história para ser vivida” e um marco que reconhece o esforço de cada operário: “O início de tudo somos nós, os trabalhadores”.
A experiência não foi menos impactante para o pintor Deibson Charles Silva Farias: “Estou muito orgulhoso de trabalhar aqui e deixar esse teatro bonito para todos”. Já a engenheira Monyque Milhomem lembrou que, durante a obra, os profissionais imaginavam encerrar o serviço com uma encenação simbólica: “Até brincávamos de fazer uma peça. Quando falaram que ia ter uma orquestra só para a gente, ficamos maravilhados e superfelizes”, comentou.
Segundo o engenheiro Fabrício Lima Ramiro, retornar ao Teatro Nacional completo e renovado é comprovar, na prática, o resultado do esforço coletivo: “Estávamos bem ansiosos, porque é um filho nosso. Estamos entregando uma obra completamente nova e um equipamento público de qualidade para a população”, afirmou.
A apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, comandada pelo maestro Claudio Cohen, foi um momento de reencontro após 11 anos longe de sua casa cultural. “Essas pessoas possibilitaram que esse espaço fosse entregue com a excelência que ele merece, então nada mais justo que esse concerto em agradecimento pelo esforço”, salientou Cohen.
O repertório passeou por clássicos nacionais – de Carlos Gomes, Villa-Lobos, Luiz Gonzaga e Ari Barroso – e internacionais, além de composições do próprio maestro Claudio Santoro, fechando com canções natalinas. O tenor Thiago Arancam fez uma participação especial, acrescentando brilho à noite que também contou com a presença da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, e demais autoridades locais.
Além do concerto, o foyer da Sala Martins Pena abriga a exposição “Encenações”, com fotos de Mila Petrillo, cedidas pelo Museu Nacional da República Honestino Guimarães. As imagens retratam espetáculos de dança e teatro ao longo das décadas de 1980, 1990 e 2000, em uma homenagem à rica história do Teatro Nacional.
A obra de restauração, iniciada pelo GDF em dezembro de 2022, teve a primeira etapa finalizada com a recuperação da Sala Martins Pena e suas áreas anexas. Com recursos de R$ 70 milhões, esse esforço seguiu normas modernas de segurança e acessibilidade. O investimento total previsto é de R$ 315 milhões, incluindo a reforma da Sala Villa-Lobos, do Espaço Dercy Gonçalves, da Sala Alberto Nepomuceno e de outros ambientes, dando sequência à completa revitalização do complexo cultural.

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