247 - A União Europeia (UE) afirmou nesta sexta-feira (14) que responderá com “firmeza e imediatamente” à decisão do presidente dos Estados Unido, Donald Trump, de impor tarifas recíprocas no comércio exterior. A informação foi divulgada pelo jornal <a href="https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2025/02/14/uniao-europeia-afirma-que-respondera-com-firmeza-a-tarifas-reciprocas-de-trump.ghtml">O Globo</a>.
A Comissão Europeia, braço executivo do bloco, classificou a medida como um retrocesso para o livre comércio e um risco para a economia global. “A UE reagirá com firmeza e imediatamente contra as barreiras injustificadas ao comércio livre e justo, inclusive quando as tarifas são utilizadas para desafiar políticas legais e não discriminatórias”, declarou a Comissão em comunicado oficial.
A Comissão Europeia, braço executivo do bloco, classificou a medida como um retrocesso para o livre comércio e um risco para a economia global. "A UE reagirá com firmeza e imediatamente contra as barreiras injustificadas ao comércio livre e justo, inclusive quando as tarifas são utilizadas para desafiar políticas legais e não discriminatórias", declarou a Comissão em comunicado oficial.
<h3>Trump e sua retórica contra a UE</h3>
Na quinta-feira (13), Trump anunciou a intenção de impor tarifas recíprocas sobre produtos importados dos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos. O republicano afirmou que a política comercial da União Europeia em relação aos EUA é "absolutamente brutal" e chegou a dizer que alguns aliados comerciais são "piores que nossos inimigos".
A decisão gerou forte reação em Bruxelas, onde autoridades europeias alertam para o impacto negativo da medida. "As tarifas aumentam a incerteza econômica e interrompem a eficiência e a integração dos mercados globais", destacou a Comissão Europeia. O bloco insiste que suas tarifas sobre importações estrangeiras estão "entre as menores do mundo" e que sempre priorizou relações comerciais "mutuamente benéficas e equilibradas, baseadas na transparência e equidade".
<h3>Histórico de disputas tarifárias</h3>
As tensões comerciais entre os EUA e a UE não são novas. Durante seu primeiro mandato (2017-2021), Trump impôs tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio importados, alegando necessidade de proteger a indústria americana. Em resposta, a União Europeia adotou contramedidas específicas, como taxas adicionais sobre produtos emblemáticos dos EUA, incluindo bourbon e motocicletas Harley-Davidson.
Parte dessas tarifas foi posteriormente suspensa pelo próprio Trump ou por seu sucessor, Joe Biden. No entanto, com o retorno da retórica protecionista do republicano, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deixou claro que o bloco não ficará inerte diante da nova escalada. "A medida não ficará sem resposta", afirmou.

Camila França

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Mundo

União Europeia promete resposta firme às novas tarifas de Trump

BRUXELAS (Reuters) - Líderes europeus alertaram nesta segunda-feira que a ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de expandir as tarifas para a União Europeia corre o risco de desencadear uma guerra comercial que causaria danos econômicos em ambos os lados do Atlântico.
A chefe de política externa da União Europeia, Kaja Kallas, disse que se EUA e Europa iniciarem uma guerra comercial "quem estaria rindo à toa seria a China".
"Estamos muito interligados. Precisamos da América, e a América também precisa de nós", declarou ela, falando antes de uma reunião informal de líderes da UE em Bruxelas.
Trump disse às 27 nações da União Europeia que elas seriam as próximas na fila após decisão dele de impor tarifas abrangentes sobre México, Canadá e China.
"Com certeza isso acontecerá com a União Europeia. Posso dizer isso porque eles realmente se aproveitaram de nós", disse Trump aos repórteres no domingo, reiterando reclamações sobre déficit comercial.
"Eles não aceitam nossos carros, não aceitam nossos produtos agrícolas. Eles não levam quase nada e nós levamos tudo deles."
O chanceler alemão, Olaf Scholz, adotou um tom mais cauteloso, pedindo que a UE e os EUA trabalhem juntos.
"Está claro que, como uma área econômica forte, podemos moldar nosso próprio futuro e reagir às políticas tarifárias... Mas a perspectiva e o objetivo devem ser que as coisas resultem em cooperação", disse ele.
GOL CONTRA?
O líder da oposição conservadora da Alemanha, Friedrich Merz, disse no final do domingo que as tarifas correm o risco de sair pela culatra.
"Trump agora também perceberá que as tarifas que ele está impondo não terão de ser pagas por aqueles que importam para a América. Em vez disso, elas terão de ser pagas pelos consumidores na América", afirmou Merz, que provavelmente se tornará líder alemão após as eleições deste mês.
O presidente do banco central francês, François Villeroy de Galhau, disse que as tarifas de Trump são "muito brutais" e atingiriam especialmente o setor automotivo.
"Todos perdem com esse tipo de guerra comercial protecionista", declarou ele à rádio France Info.
As ações das montadoras europeias caíram na segunda-feira devido às preocupações com o impacto das tarifas.

Kaja Kallas, chefe de política externa da União Europeia


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Líderes europeus alertam sobre consequências de guerra comercial transatlântica

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