PEQUIM/WASHINGTON, 6 de junho (Reuters) - A China concedeu licenças temporárias de exportação a fornecedores de terras raras das três maiores montadoras dos EUA, disseram duas fontes familiarizadas com o assunto, à medida que interrupções na cadeia de suprimentos começam a surgir devido às restrições de Pequim à exportação desses materiais.
Pelo menos algumas das licenças são válidas por seis meses, disseram as duas fontes, que não quiseram ser identificadas porque a informação não é pública. Não ficou imediatamente claro qual quantidade ou itens são abrangidos pela aprovação ou se a medida sinaliza que a China está se preparando para facilitar o processo de licenciamento de terras raras, que grupos do setor consideram complicado e criou um gargalo no fornecimento.
A decisão da <a href="https://www.brasil247.com/search?term=China+">China </a>em abril de restringir as exportações de uma ampla gama de terras raras e ímãs relacionados prejudicou as cadeias de suprimentos essenciais para montadoras, fabricantes aeroespaciais, empresas de semicondutores e contratantes militares ao redor do mundo.
O domínio da China na indústria mineral, crucial para a transição para a energia verde, é cada vez mais visto como um ponto-chave de alavancagem para Pequim em sua guerra comercial com o presidente dos EUA, Donald Trump. A China produz cerca de 90% das terras raras do mundo, e representantes da indústria automobilística alertaram para as crescentes ameaças à produção devido à sua dependência do país para essas peças.
Fornecedores de três grandes fabricantes de automóveis dos EUA, General Motors, (GM.N), Ford (FN), a fabricante de Jeep Stellantis (STLAM.MI), obteve autorização para algumas licenças de exportação de terras raras na segunda-feira, disse uma das duas fontes.
A GM e a Ford não quiseram comentar. A Stellantis afirmou que está trabalhando com fornecedores "para garantir um processo de licenciamento eficiente" e que, até o momento, a empresa conseguiu "resolver problemas imediatos de produção sem grandes interrupções".
O Ministério do Comércio da China não respondeu imediatamente a um pedido de comentário enviado por fax.
Os controles de exportação de minerais essenciais da China se tornaram o foco das críticas de Trump a Pequim, que, segundo ele, violou a trégua alcançada no mês passado para reverter tarifas e restrições comerciais.
Na quinta-feira, <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Trump+">Trump </a>e o presidente chinês Xi Jinping tiveram uma longa conversa telefônica para resolver divergências comerciais. Trump afirmou em uma publicação nas redes sociais que "não deve mais haver questionamentos sobre a complexidade dos produtos de Terras Raras". Ambas as partes afirmaram que as equipes se reunirão novamente em breve.
As montadoras americanas já estão sentindo o impacto das restrições. <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Ford+">Ford </a>(FN), abre uma nova abainterrompeu a produção do seu SUV Explorer na fábrica de Chicago por uma semana em maio devido à escassez de terras raras, disse a empresa.
A aprovação para os fornecedores de automóveis ocorre após um sinal verde concedido aos fornecedores de uma empresa de eletrônicos dos EUA na semana passada e outro emitido no início desta semana aos fornecedores de uma empresa não automotiva dos <a href="https://www.brasil247.com/search?term=EUA">EUA</a>, disse a primeira pessoa, recusando-se a nomear as empresas.
"Temos que dar aos chineses o benefício da dúvida de que estão resolvendo isso. Cabe a eles mostrar que não estão usando isso como arma", disse a pessoa.
A Reuters informou na quarta-feira que a China introduziu um sistema de rastreamento para seu setor de ímãs de terras raras, em uma tentativa de melhorar seu controle sobre o setor e reprimir o contrabando.
Reportagem de Laurie Chen em Pequim e David Shepardson em Washington; Edição de Miyoung Kim, Mike Colias e Nick Zieminski

Luis Mauro Filho

Veículos de marcas de automóveis pertencentes à General Motors Company são vistos em uma concessionária no Queens, Nova York, EUA, em 16 de novembro de 2021

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Mundo

China libera exportações de terras raras para GM, Ford e Stellantis após pressão dos EUA

247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 241,8 milhões para a Stellantis Automóveis Brasil Ltda investir no desenvolvimento de tecnologias para produção de veículos híbridos e elétricos na unidade de Betim (MG). Os recursos são oriundos do programa BNDES Mais Inovação e serão utilizados na estratégia Bio-Hybrid, que combina diferentes arquiteturas de motorização, incluindo a junção de motor elétrico com motor flex (gasolina/etanol), adaptadas à realidade do mercado brasileiro.
Na fábrica de Betim, a Stellantis desenvolverá três arquiteturas híbridas distintas, que unem motor a combustão flex e motor elétrico, além de uma arquitetura totalmente elétrica. A implementação do projeto deve gerar aproximadamente 400 empregos diretos e 2 mil indiretos, fortalecendo a cadeia produtiva automotiva nacional.
O projeto faz parte de um movimento global do grupo para reduzir o consumo de combustíveis fósseis e, consequentemente, diminuir as emissões de CO2. No Brasil, a empresa estima que 20% de suas vendas sejam de veículos elétricos até 2030.
"O projeto aprovado pelo BNDES traz para o Brasil o desenvolvimento de tecnologias de hibridização e eletrificação de veículos, contribuindo para o adensamento da cadeia nacional fornecedora de autopeças e componentes para veículos híbridos e elétricos, em linha com a estratégia do governo do presidente Lula de promover a transição energética no país. O desenvolvimento dessa tecnologia no país, unindo o motor elétrico ao etanol, atende às necessidades locais, gera empregos e abre mercados para exportação", afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do banco, José Luís Gordon, destacou que "o investimento em inovação é uma das missões da nova política industrial do governo federal, que também busca apoiar projetos de descarbonização para tornar as empresas brasileiras mais competitivas e sustentáveis".
A Stellantis é o quarto maior conglomerado automotivo do mundo, ficando atrás apenas dos grupos Toyota, Volkswagen e Hyundai. A companhia detém 14 marcas, entre elas Fiat, Jeep, RAM, Citroën, Peugeot, Chrysler e Dodge. Com cerca de 300 mil empregados globalmente, possui plantas industriais em 30 países e comercializa veículos em aproximadamente 150 mercados. Em 2023, a Stellantis vendeu cerca de 6 milhões de veículos em todo o mundo. No Brasil, a empresa tem sede em Betim (MG) e lidera o mercado automotivo nacional.

Paulo Emilio

Brasil Sustentável

BNDES aprova R$ 241,8 milhões para Stellantis desenvolver tecnologia para veículos híbridos e elétricos

247 - O presidente global interino da Stellantis, John Elkann, afirmou nesta terça-feira (11) que o Brasil “é um país estável num cenário em que despontam incertezas”. Herdeiro da família que fundou a Fiat, o executivo recebeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma comitiva de ministros na fábrica da montadora em Betim (MG). De acordo com o executivo, o Brasil e a América do Sul “ocupam um lugar cada vez mais importante nos negócios da Stellantis".
O grupo Stellantis é responsável por 14 grandes marcas do setor automotivo, como Fiat e Jeep, anunciou em 2024 um plano de investimentos recorde para o Brasil, totalizando R$ 30 bilhões de 2025 a 2030. No município mineiro foi anunciada a contratação de 400 engenheiros em Betim, onde já trabalham 4 mil.
&nbsp;Vice-presidente da República, o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, falou sobre a importância do investimento.
"É com grande entusiasmo que recebo a notícia de um investimento desse vulto, R$ 30 bilhões, pelos próximos 5 anos, da Stellantis no Brasil. Valores que serão empregados para inovar e descarbonizar sua frota, em alinhamento com os esforços do governo brasileiro pela transformação ecológica”, disse Alckmin.&nbsp;
"Esses investimentos &nbsp;refletem a confiança desse grande grupo no Brasil e, junto com outros anúncios de investimentos no setor automotivo nas últimas semanas, reforça que o país voltou a ter um ambiente de negócios saudável e seguro, uma economia crescente. Os esforços do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em especial a reforma tributária e os investimentos da Nova Indústria Brasil, do programa Mover, do Novo PAC, já começam a dar frutos”, complementou.&nbsp;
<h3>Dados confirmam alta do Brasil no cenário global</h3>
O Brasil conseguiu em 2024 registrar o maior crescimento entre os 10 principais mercados globais de veículos, com investimento de R$ 180 bilhões anunciado por montadoras, o maior da história do setor automotivo brasileiro, destacou a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Também no ano passado, o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 3,4% frente a 2023. A Indústria (3,3%) e os Serviços (3,7%) aumentaram. A Agropecuária teve recuou (-3,2%). O PIB totalizou R$ 11,7 trilhões em 2024 em valores correntes.

Leonardo Lucena

Da esq. para a dir.: Geraldo Alckmin, Lula e John Elkann

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Economia

'Brasil é referência de país estável num cenário global de incertezas', diz presidente da Stellantis

247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve nesta terça-feira (11) no Polo Automotivo da Stellantis, em Betim (MG), para a inauguração do TechMobility, maior centro de desenvolvimento de mobilidade híbrida-flex da América Latina. Durante o evento, ele ressaltou o apoio do governo ao setor e celebrou novos investimentos da montadora no país.
“Hoje é um dia que eu estou feliz. Primeiro, porque o BNDES aprovou uma verba de R$274 milhões para contribuir com essa inovação tecnológica da Stellantis. Segundo, pelo anúncio de investimentos da Stellantis. Terceiro, pela quantidade de emprego. E quarto, pelo comportamento de uma empresa multinacional que tem se comportado aqui no Brasil da forma mais extraordinária, estabelecendo uma relação 100% civilizada e harmônica com as coisas do governo”, disse.
A visita do chefe do Executivo também marcou o início do ciclo de investimentos da Stellantis, que prevê a aplicação de R$ 32 bilhões no Brasil e na América Latina entre 2025 e 2030. O montante foi anunciado em março de 2024, durante uma reunião com Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Além dos recursos, a montadora anunciou a contratação de 400 engenheiros para impulsionar a tecnologia híbrida no Brasil, e a criação de 1,5 mil novas vagas em outras áreas. (Com informações de Gov).

Bianca Penteado

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vice-presidente Geraldo Alckmin e presidente do conselho da Stellantis, John Elkan

Sudeste

Lula inaugura maior centro de mobilidade híbrida-flex da América Latina em Minas Gerais

247 - O presidente Lula (PT) fez nesta terça-feira (11) um discurso enfático durante a inauguração do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Híbrida Flex da Stellantis, em Betim (MG). O evento contou com a presença do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), opositor do governo federal. Em sua fala, Lula criticou a gestão Jair Bolsonaro (PL) e alfinetou o governador mineiro ao questionar o desempenho econômico do país nos últimos anos.
“Alguém se lembra quanto cresceu a economia no governo passado? Alguém aqui tem conhecimento de alguma obra feita pelo governo passado aqui no estado de Minas Gerais? Se tiver, pode levantar. Se tiver obra eu agradeço, dou os parabéns. Mas não tem, nem aqui e em nenhum estado”, afirmou Lula, criticando a falta de investimentos nos últimos anos.
Investimentos e crescimento econômico - O evento marcou a inauguração de um centro que promete ser o maior da América Latina em desenvolvimento de motores a combustão e tecnologias de eletrificação. A Stellantis, que controla marcas como Fiat, Jeep, Citroën e Peugeot, investiu fortemente no Brasil, anunciando em março de 2023 um plano de R$ 30 bilhões entre 2025 e 2030, o maior já feito na indústria automotiva da América do Sul.
Lula destacou que o BNDES aprovou R$ 274 bilhões para incentivar inovações no setor automotivo. O presidente também ressaltou que o crescimento econômico voltou a apresentar bons índices sob seu governo. Em 2024, o PIB cresceu 3,4%, alcançando R$ 11,7 trilhões. O setor de serviços e a indústria puxaram essa alta, com crescimentos de 3,7% e 3,3%, respectivamente. Em contrapartida, a agropecuária recuou 3,2% no período.
“Precisou eu voltar à Presidência para que a economia voltasse a crescer acima de 3%. O Zema não lembra há quanto tempo esta economia não crescia a 3%, nem você e nenhum economista se lembra”, provocou Lula. O PIB brasileiro encerrou 2024 com crescimento de 3,4%, totalizando R$ 11,7 trilhões. Essa foi a maior taxa anual do PIB desde 2021. Naquele ano, apesar de ter crescido 4,8%, a economia brasileira apenas reagiu à queda do ano anterior, 2020, quando retraiu 3,3% em razão da pandemia de Covid-19&nbsp;
Conflito político e promessas - A presença de Zema no evento serviu como pano de fundo para as críticas do presidente. O governador, aliado de Bolsonaro, é um dos principais opositores da gestão petista. Lula também criticou a falta de previsibilidade econômica nos anos anteriores e afirmou que seu governo está focado em gerar empregos e impulsionar investimentos.
“Não tem nada mais importante para o ser humano do que ele ter emprego. Emprego com estabilidade, com salário justo. É por isso que digo: a economia brasileira vai continuar crescendo, a gente vai continuar gerando emprego, e a inflação vai baixar”, garantiu.
A indústria automotiva foi um dos setores destacados por Lula. Segundo ele, quando deixou a Presidência em 2010, o Brasil emplacava 3,6 milhões de carros por ano. Em 2022, esse número caiu para 1,6 milhão, mas já subiu para 2,6 milhões em 2024. “Se continuar assim, vai emplacar os 3,6 milhões que emplacava antes”, projetou o presidente.

Guilherme Levorato

Lula comemora PIB e empareda Zema: 'se lembra de quanto cresceu a economia no governo passado?'

247 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), confrontou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), ao afirmar que a dívida do estado aumentou mais de 50% nos últimos cinco anos. A declaração foi feita durante um evento da Stellantis, em Betim, nesta terça-feira (11), onde minutos antes Zema havia exaltado sua gestão como responsável pela recuperação econômica mineira.
O evento marcou a inauguração do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Híbrida Flex da Stellantis, que segundo a empresa será o maior da América Latina, com um investimento de R$ 14 bilhões para modernização da planta industrial e ampliação da oferta de veículos flex.
"Quero relatar um fato: a dívida de Minas cresceu nos últimos cinco anos mais de 50%, passando de R$ 110 bilhões em 2019 para R$ 165 bilhões, e o senhor [presidente Lula] aprovou, fazendo justiça com Minas Gerais, dando condições de Minas Gerais se restabelecer, tratando Minas como Minas sempre tratou o senhor, dando a vitória em Minas Gerais ao senhor em todas as eleições que o senhor disputou para poder governar o Brasil. E assim será mais uma vez, se Deus quiser", disse o ministro sobre as ações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para alavancar a economia e pela aprovação do programa de reestruturação fiscal de Minas Gerais, viabilizado pelo governo federal e pelo Congresso Nacional.
Ainda conforme Silveira, "o governo passado não acreditava na nossa indústria, mas graças ao senhor [Lula] e ao vice-presidente Alckmin, ao ministro Haddad, ao trabalho incansável do ministro Rui [Costa], à sua equipe, ministra Macaé [Evaristo], a indústria, a nossa história voltou a ser respeitada", afirmou Silveira.
O ministro também ressaltou os impactos positivos dos investimentos da Stellantis, que resultaram na geração de cerca de dois mil empregos diretos. Segundo ele, o avanço tecnológico promovido pela montadora está alinhado com os programas do governo federal, como o "Combustível do Futuro" e o "Mover", que incentivam a mobilidade sustentável e a transição energética no setor automotivo.
"Demos sinal verde para a indústria automobilística abraçar verdadeiramente aquilo que já somos líderes no mundo, que é a transição energética. Demos segurança e confiabilidade para os investimentos em novas tecnologias", afirmou.

Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira

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Alexandre Silveira desmascara Zema em evento: "a dívida de Minas cresceu mais de 50% nos últimos cinco anos"

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta terça-feira (11) da inauguração do centro de desenvolvimento de produtos de mobilidade híbrida-flex da Stellantis, em Betim (MG). Dona de marcas como Citroën, Fiat, Jeep e Peugeot, a montadora afirma que a nova unidade será a maior da América Latina. Lula também visitará o polo automotivo da empresa.&nbsp;
Com previsão de iniciar operações ainda neste semestre, o centro será responsável pelo desenvolvimento de motores a combustão e tecnologias de eletrificação de baixa e alta voltagem.&nbsp;
Em março do ano passado, a Stellantis anunciou um investimento de R$ 30 bilhões no Brasil entre 2025 e 2030, o maior já realizado na indústria automotiva do país e da América do Sul, segundo a empresa. O plano inclui o lançamento de 40 novos produtos no período e aposta em tecnologias voltadas à descarbonização, com foco na combinação de carros híbridos e movidos a biocombustíveis, como o etanol. O anúncio foi feito após reunião entre Lula e o diretor-executivo global da Stellantis, Carlos Tavares, no Palácio do Planalto.
A visita a Betim ocorre poucos dias após a passagem do presidente por Minas Gerais na sexta-feira (7), quando esteve no Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio (MG), para o Ato Nacional em Defesa da Reforma Agrária, organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Foi a primeira vez que Lula visitou um assentamento do MST desde o início de seu terceiro mandato. A visita aconteceu em meio a cobranças de movimentos sociais por maior celeridade nas entregas do governo federal, especialmente em relação à reforma agrária.
Durante o evento, o presidente assinou o decreto de desapropriação da Usina Ariadnópolis, onde está localizado o acampamento. Com a medida, a ocupação foi oficialmente reconhecida como assentamento. Segundo o MST, o local abriga 459 famílias desde 1998 e é uma referência na produção de café, contando com 2,2 milhões de pés plantados e mais de 160 tipos de alimentos produzidos.

Lula - 11.03.2025 - Visita à llinha de montagem da Stellantis Betim (MG)

Lula inaugura centro da Stellantis em Betim; empresa investirá R$ 30 bilhões no país

Por Alberto Alerigi
SÃO PAULO (Reuters) - A Stellantis vai contratar cerca de 1.500 trabalhadores para a sua operação no Brasil este ano, sendo a maioria para o complexo fabril mineiro de Betim, o maior da companhia no mundo, afirmou o presidente-executivo para a América do Sul, Emanuele Cappellano.
O executivo também afirmou em entrevista a jornalistas que a Stellantis vai lançar os primeiros carros de sua parceira chinesa Leapmotor no Brasil e no Chile este ano. Os modelos eletrificados virão importados da China, disse o executivo sem dar detalhes sobre os veículos.
Cerca de 1.200 dos novos trabalhadores serão destinados para Betim, onde o grupo produz modelos Fiat, e o volume de contratações vai elevar o número de funcionários para aproximadamente 17 mil, afirmou a companhia.
"Betim está trabalhando cheio, com algumas áreas em dois turnos e outras em três, mas está 'full'", disse Cappellano na entrevista, acrescentando que no complexo a Stellantis tem um polo de engenharia com quatro mil funcionários. "As perspectivas de crescimento estão nos levando a fazer as contratações", disse o executivo.
Atualmente, Betim tem capacidade para produzir 630 mil veículos, 1,1 milhão de motores e 540 mil transmissões por ano.
A Fiat encerrou 2024 na liderança do mercado brasileiro de veículos pelo quarto ano consecutivo, com uma participação de 29,4%, e tendo a picape compacta Strada como veículo mais vendido do país, segundo dados da companhia. Na América do Sul, a Stellantis liderou o mercado no ano passado, com uma fatia de 22,9%.
Cappellano afirmou que o restante das novas contratações será destinado principalmente à fábrica da Stellantis em Porto Real (RJ), que atualmente produz modelos da Citroen. Além dos dois polos, o grupo ainda tem uma fábrica em Goiana (PE), responsável pela produção de veículos das marcas Jeep e RAM e que está completando 10 anos de operações.
A companhia está em período de silêncio antes da divulgação de resultados de 2024, previstos para 26 de fevereiro, e Cappellano evitou fazer projeções para os mercados da região para este ano. A associação de montadoras, Anfavea, estima que as vendas de veículos novos no Brasil, sexto maior mercado do mundo, vão crescer 5,6% em 2025, para 2,8 milhões de unidades.
LEAPMOTOR - Cappellano evitou cravar a data de lançamento da Leapmotor no Brasil, mas afirmou que a companhia fará evento sobre a marca chinesa em abril, quando deve anunciar os primeiros modelos que serão vendidos no mercado brasileiro e no Chile.
A mídia especializada chegou a publicar que a companhia lançaria a marca no final do ano passado. Questionado, o executivo afirmou nesta quinta-feira que a Stellantis quer "ter garantia de que poderá lançar um produto consistente com o mercado".
Apesar da operação da nova marca começar com carros importados, "dificilmente vamos ter uma continuidade de crescimento sem forte localização de nossos produtos", disse ele sobre uma eventual produção local.
O acordo da Stellantis com a Leapmotor dá "flexibilidade" à Stellantis de "produzir em outros lugares" além da China.
A preparação da chegada da Leapmotor ocorre em um momento em que montadoras tradicionais instaladas no Brasil, por meio da Anfavea, avaliam entrar com um processo antidumping contra marcas chinesas que importaram grandes volumes de veículos ao país nos últimos dois anos, notadamente BYD e GWM, enquanto preparam o início de produções locais em fábricas próprias.
Perguntado sobre o retorno do Salão do Automóvel de São Paulo, previsto para este ano, Cappellano disse: "quero que a Leapmotor participe", mas não deu detalhes.
O presidente da Stellantis para a América do Sul também afirmou que a Fiat vai começar a produzir na Argentina a picape média Titano, que disputa mercado no Brasil com modelos de montadoras como Toyota, Ford e GM.
A Stellantis anunciou no final do ano passado investimento de 385 milhões de dólares em sua fábrica em Córdoba, na Argentina, para a produção de uma nova família de produtos, A Titano, afirmou o grupo automotivo nesta quinta-feira, é um dos novos modelos a ser produzido na unidade. A picape será a primeira a ser produzida pela Stellantis na Argentina.

Leonardo Sobreira

Logo da Stellantis em Velizy-Villacoublay, perto de Paris, França - 19/3/2024

Stellantis vai contratar 1.500 no Brasil em 2025 e prepara lançamento da marca chinesa Leapmotor

Reuters - A Stellantis anunciou nesta quinta-feira que vai investir 13 bilhões de reais em seu polo industrial em Goiana (PE) entre 2025 e 2030, em uma estratégia para o lançamento de novas plataformas de veículos e a melhora da competitividade produtiva diante da chegada de rivais asiáticos ao país.
O investimento é um dos maiores já realizados por uma empresa privada na história da região e com ele a companhia pretende, além de lançar novos modelos de veículos, elevar o número de fornecedores locais da fábrica pernambucana dos atuais 38 para 100. O objetivo é conseguir economias de custos de produção pela proximidade das peças que equipam seus modelos na região, afirmou Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis América do Sul, a jornalistas.
Em Goiana, a Stellantis produz modelos utilitários esportivos como Jeep Renegade, Compass e Commander, além da picape Fiat Toro. A capacidade da fábrica é de 280 mil carros por ano, algo que a Stellantis ainda não atingiu, afirmou o executivo, sem detalhar o nível de utilização da unidade.
"Queremos um parque de fornecedores mais amplo para aumentar a competitividade do polo", disse Cappellano. "O polo ainda sofre de falta de competitividade", acrescentou, citando questões envolvendo infraestrutura da região e escassez de pessoal capacitado.
O executivo não deu detalhes sobre os investimentos, mas afirmou que a fábrica receberá recursos para a produção de veículos em plataformas que possam receber, além de motores a combustão, propulsores híbridos, bem como haverá aportes adicionais em áreas incluindo segurança veicular.
Segundo o executivo, atualmente o nível de nacionalização de componentes da Stellantis no Brasil é de "mais de 80%", mas a empresa produz apenas modelos a combustão no país. Um anúncio sobre o primeiro veículo híbrido do grupo a ser fabricado no país deve ser feito a partir do segundo semestre, afirmou.
Questionado sobre Goiana, Cappellano afirmou que o índice de nacionalização do complexo está "um pouco abaixo dos 80%". Segundo ele, "produção local significa menor custo e menor efeito de volatilidade do câmbio nas importações e menor custo de manutenção para o cliente".
O valor do investimento em Goiana está inserido nos 30 bilhões de reais que a companhia pretende injetar no Brasil até 2030, conforme anúncio da Stellantis do início de março.
O restante dos recursos, 17 bilhões de reais, serão distribuídos pelas outras duas fábricas de veículos que a companhia tem no Brasil: uma em Betim (MG), que produz modelos da Fiat, e uma em Porto Real (RJ), que atualmente monta carros da Citroën.
Este ano, a Stellantis já lançou no Brasil três veículos, incluindo a nova picape Fiat Titano e a apresentação do "utilitário coupe" Citroën Basalt. Até o final do ano, o grupo de montadoras pretende lançar mais seis veículos no Brasil. No total do plano de investimento até 2030, serão 40 modelos novos na região, oito powertrains e quatro plataformas "biohybrid", a marca da empresa para designar modelos híbridos flex.
Segundo Cappellano, a Stellantis poderá fabricar um carro elétrico no Brasil até 2030. "Estamos contemplando lançamento de elétrico, mas isso depende de tendência de mercado e sustentabilidade financeira. O problema é quanto desses carros podem ser absorvidos pelo mercado", disse o executivo, citando que no Brasil um carro elétrico custa 10 mil dólares a mais que um carro a combustão para ser produzido.
ARGENTINA - Além dos 30 bilhões de reais previstos para o Brasil até 2030, a Stellantis vai injetar no período 2 bilhões de reais na Argentina, afirmou Cappellano.
O executivo não deu detalhes sobre os lançamentos do novo pacote, mas afirmou que a empresa vai produzir na Argentina o utilitário Peugeot 2008, que consumiu investimentos de 270 milhões de dólares de um plano anterior de aportes no país. O modelo será o primeiro utilitário esportivo da Stellantis fabricado na Argentina.
"Seguramos a comunicação (sobre o 2008) para vermos o cenário político e econômico na Argentina, mas agora estamos prontos para anunciar o investimento", disse Cappellano. O carro será exportado para o Brasil, juntamente com o irmão menor, 208, que já é vendido no país via importação da Argentina.

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Cortes 247

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