247 - Uma autoridade dos Estados Unidos revelou que recentes negociações com líderes da Somalilândia, um território separatista na Somália, envolveram a possibilidade de um acordo para o reconhecimento de sua independência em troca da instalação de uma base militar nas proximidades do porto de Berbera, estrategicamente localizado na costa do Mar Vermelho. As informações são do <a href="https://www.ft.com/content/dca62783-8bfd-404e-92dc-0f1d4e6410f5">Financial Times</a>. 
A fonte, que descreveu os contatos como "o início de uma conversa", afirmou que Washington mencionou a possibilidade de realocar refugiados dos EUA e de Gaza, embora esse não fosse o ponto central das negociações.
A Somália e a Somalilândia afirmaram que não receberam uma proposta dos EUA ou de Israel para reassentar palestinos de Gaza. 
A Somália deixou de existir como um Estado unificado em 1991, com a queda do regime ditatorial de Mohamed Siad Barre. O governo federal, que controla a capital, Mogadíscio, e várias outras áreas, é reconhecido pela comunidade internacional como a única autoridade legítima no país. As demais regiões da Somália estão sob o controle de entidades não reconhecidas ou são territórios autônomos. No norte do país, está a não reconhecida República da Somalilândia, que a comunidade internacional considera parte da República Federal da Somália, enquanto no leste fica a região de Puntland, que declarou autonomia em 1998.

Leonardo Sobreira

Um homem com pintura corporal nas cores da bandeira da Somalilândia, na capital da região Hargeysa, em 18 de maio de 2015

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EUA discutem reconhecer Somalilândia em troca de base militar e reassentamento forçado de palestinos de Gaza

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