247 - O governo do presidente Lula (PT) encerra 2024 destacando um ano marcado por avanços significativos em diversas áreas, como emprego, saúde, habitação, meio ambiente e relações exteriores. As informações foram divulgadas em material da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom-PR), que apresenta um panorama das realizações do governo ao longo do ano.
Avanços econômicos e sociais - O Brasil alcançou a menor taxa de desemprego desde 2012, com 6,1%, e um recorde de 103,9 milhões de pessoas ocupadas. Desde janeiro de 2023, foram criados 3,7 milhões de empregos formais. O Produto Interno Bruto (PIB) registrou crescimento de 3,5%, consolidando o país como uma das economias de maior expansão na América Latina. Além disso, o salário mínimo foi reajustado para R$ 1.518, um aumento de R$ 106 em relação ao valor atual.
No âmbito social, 24,4 milhões de brasileiros deixaram o Mapa da Fome graças a programas como Bolsa Família e Alimentação Escolar. O Minha Casa, Minha Vida contratou 1,2 milhão de novas habitações e retomou 44 mil obras paralisadas. Na educação, um milhão de novas vagas em tempo integral e quatro milhões de estudantes beneficiados pelo programa Pé-de-Meia foram destacados como conquistas.
Saúde e meio ambiente - O programa Mais Médicos conta com 26,9 mil profissionais atendendo em todo o país, enquanto o Farmácia Popular beneficiou 24 milhões de pessoas com medicamentos gratuitos. Na área ambiental, o governo alcançou a maior redução do desmatamento na Amazônia em 15 anos e lançou a Lei do Combustível do Futuro, com previsão de evitar a emissão de 705 milhões de toneladas de CO2 até 2037.
Indústria e agricultura - O governo incentivou R$ 2,2 trilhões em investimentos privados, abrangendo setores como energias renováveis, automotivo e agroindústria. No agronegócio, o Plano Safra alcançou o recorde de R$ 618 bilhões em crédito rural, enquanto 300 novos mercados internacionais foram abertos para produtos agropecuários brasileiros.
Relações internacionais fortalecidas - Na diplomacia, o presidente Lula visitou 13 países e recebeu nove chefes de Estado, incluindo a realização da Cúpula do G20 no Rio de Janeiro. O evento lançou a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza e marcou a conclusão do acordo Mercosul-União Europeia, encerrando mais de duas décadas de negociações. Além disso, a Operação Raízes do Cedro repatriou 2.663 pessoas de áreas de conflito no Líbano.
Compromissos futuros - Para 2025, o governo projeta ampliar as conquistas, incluindo a realização da COP30 em Belém e a presidência do Brasil na Cúpula do BRICS. O presidente Lula reforçou o compromisso em suas redes sociais: "2024 foi um ano generoso. Percorremos o Brasil e vimos de perto a gratidão daqueles que foram impactados pelas políticas públicas do nosso governo. Cada encontro reafirmou a importância de seguir trabalhando, cuidando das pessoas. Em 2025, faremos ainda mais!".
Com um balanço positivo, o governo Lula conclui 2024 com um discurso de retomada do crescimento, justiça social e liderança global, buscando consolidar o Brasil como protagonista no cenário internacional.

Guilherme Levorato

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Brasil

Governo Lula celebra 2024 como ano de "conquistas econômicas, sociais e geopolíticas"

Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - São Paulo
Um levantamento feito pelo Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, da Universidade Federal de Minas Gerais (OBPopRua/POLOS-UFMG), revelou que 300.868 pessoas vivem atualmente em situação de rua em todo o Brasil. Em dezembro de 2023, esse total era de 242.756 pessoas. Segundo o estudo, uma em cada três dessas pessoas vive no estado de São Paulo, somando 126.112. Só na capital paulista, que lidera o ranking de capitais, há 80.369 pessoas nessa condição. Isso representa um aumento de quase 24% em relação a dezembro do ano passado, quando a cidade tinha 64.818 de pessoas morando nas ruas.
Em entrevista à Agência Brasil, Robson César Correia de Mendonça, do Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo, confirmou que o número de pessoas vivendo na cidade de São Paulo vem aumentando, principalmente na região central da capital. “Isso está ficando cada vez mais complexo. A falta de políticas públicas está saltando aos olhos, e a população em situação de rua vem sendo oprimida. A Guarda Municipal está cada vez mais truculenta com a população de rua. Isso só mostra o descaso que está havendo com essa população”, disse.
Para Mendonça, a solução para esse problema passa pela criação de políticas públicas voltadas para essa população. “Enquanto não houver uma política séria, enquanto não houver um político que tenha vergonha na cara, vamos seguir da maneira como está”, acrescentou.
O levantamento, que foi divulgado hoje (12), é feito com base nos dados de junho do Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico), que reúne os beneficiários de políticas sociais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), e serve como indicativo das populações em vulnerabilidade para quantificar os repasses do governo federal aos municípios.
No estado do Rio de Janeiro, que aparece na segunda colocação no ranking, a população em situação de rua soma 29.816 pessoas, sendo que a maioria, 21.023, está na capital. Em Brasília, capital do país, 8.353 pessoas se encontram nessa situação de vulnerabilidade.
Segundo o coordenador do observatório, André Luiz Freitas Dias, o aumento expressivo nos registros de pessoas em situação de rua no CadÚnico se deve tanto ao fortalecimento dessa base de dados como porta de entrada e principal acesso às políticas sociais no país – como o Programa Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) – quanto à ausência ou insuficiência de políticas públicas voltadas especificamente para essa população, tais como moradia, trabalho e educação.
<h2>Perfil</h2>
De acordo com o levantamento, 69% das pessoas em situação de rua que estão registradas no CadÚnico são negras. A maioria dessas pessoas é também do sexo masculino (85%) e se encontra na faixa etária entre 18 e 59 anos (87% do total), sobrevivendo com até R$ 109 por mês (85%).
Dessa população, 14% apresentam alguma deficiência e a maior parte (42%) tem ensino fundamental incompleto.
<h2>Outro lado</h2>
Procurada pela Agência Brasil, a prefeitura de São Paulo questionou o levantamento feito pelo observatório da UFMG. “A prefeitura respeita a pesquisa da UFMG, porém considera para suas políticas públicas o Censo População em Situação de Rua, produzido pela prefeitura de São Paulo em 2021, que é de conhecimento público, resultado de um minucioso trabalho de campo feito por mais de 200 profissionais e realizado a cada quatro anos. Já a universidade em questão utiliza dados do CadÚnico, que são cumulativos e autodeclaratórios”, observa, em nota.
O censo feito pela prefeitura em 2021 apontava 32 mil pessoas vivendo nessa condição na capital paulista. O próximo censo deverá ser realizado em 2025.
A administração municipal informou ainda que, desde 2021, investiu R$ 7,2 bilhões no atendimento social à população. “Somente em 2023 foram aplicados R$ 2.311.226.279,88, um aumento de 29% em relação ao orçamento do ano anterior (R$ 1.784.757.857,66). Neste ano já foram executados R$ 1.159.020.784,37, de janeiro a início de julho de 2024”, informou a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS).
“Para os serviços de acolhimento e atendimento para a população em situação de rua na capital, os valores investidos nos últimos quatro anos somam R$ 1,7 bilhão. Nesse mesmo período foram criadas aproximadamente 12 mil novas vagas de acolhimento na cidade, o que representou um aumento de mais de 75% em vagas de acolhimentos para a população em situação de rua”, diz a nota da secretaria municipal.

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