247 – Em <a href="https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2025/04/16/jogo-politico-faltou-ao-governo-lula-comunicar-a-heranca-que-encontrou-diz-sidonio-palmeira.ghtml">entrevista</a> à newsletter Jogo Político, publicada por O Globo, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Sidônio Palmeira, avaliou os motivos que levaram à queda de popularidade do presidente Lula desde o fim de 2024. Figura central no núcleo duro do Planalto, com presença quase diária na agenda presidencial, Sidônio afirmou que o governo falhou ao não mostrar com clareza o estado de devastação em que encontrou o país após o bolsonarismo.
“O governo assumiu, mas faltou comunicar qual herança encontrou. Estivemos diante de um país destruído, com muitos programas encerrados. Havíamos retornado para o Mapa da Fome”, declarou o ministro, ao comentar a ausência de uma narrativa que contextualizasse os desafios herdados.
<h3>O impacto da extrema direita e o poder das redes</h3>
Sidônio vê o avanço da extrema direita como um fenômeno global e diretamente relacionado à lógica de engajamento nas redes sociais. Ele menciona países como Argentina, Hungria, Polônia, Itália e os próprios Estados Unidos — sob o segundo mandato do presidente Donald Trump — como exemplos de um ambiente tóxico impulsionado por ódio e desinformação.
“Fake news está engajando muito nas redes e dando dinheiro. [...] Eles, da direita, são mais atuantes nas redes, e eu acredito que temos que fazer comunicação trabalhando com a verdade apenas. A verdade pode conquistar pessoas, basta ter criatividade.”
<h3>Expectativas, entregas e percepção popular</h3>
Ao ser questionado sobre o desalinhamento entre o que o governo realiza e o que a população percebe, Sidônio atribuiu isso a um tripé que, segundo ele, precisa estar em sintonia: expectativa, gestão e percepção.
“A expectativa com Lula é altíssima, especialmente por causa do segundo mandato dele. A gestão está entregando. [...] Foram tiradas 24 milhões de pessoas da Fome, o Mais Médicos dobrou, o Pé de Meia atinge milhões de jovens. Falta a percepção dessas ações chegar à ponta.”
Ele também ressaltou o impacto de fatores agudos nos últimos meses, como a ausência temporária do presidente por questões de saúde, o aumento do dólar, a alta no preço dos alimentos e a fake news sobre o Pix. “A conjunção desses fatores prejudicou”, admitiu.
<h3>Responsabilidade coletiva e desafios na comunicação</h3>
Ao comentar a frase dita a jornalistas — de que “todos os ministros têm responsabilidade na queda de popularidade do presidente” —, Sidônio procurou colocar o foco na necessidade de sincronia entre as áreas da gestão. Disse que comunicação não é um fator isolado e que depende também da política.
Sobre as críticas à estratégia de comunicação adotada desde janeiro, que combina inserções em rádios locais, propaganda em mídias tradicionais e aumento da presença institucional, o ministro foi direto: “Quando você chega a um lugar, você monta uma equipe. Entrei e fiz as mudanças que achei melhor.”
<h3>Religião, segurança pública e trabalhadores de aplicativos</h3>
Sidônio também abordou temas considerados sensíveis, como segurança pública, público evangélico e a comunicação com trabalhadores autônomos. Para ele, segurança pública é, em essência, responsabilidade dos estados, embora o governo federal tenha feito avanços com a PEC da Segurança e o programa Celular Seguro. Quanto aos evangélicos, defende que a comunicação seja universal: “Acho que o esforço tem que ser o de comunicar os serviços de maneira bem feita tanto para evangélicos quanto para católicos.”
Já sobre os microempreendedores e trabalhadores de aplicativos, ele destacou iniciativas como o programa Acredito, o Desenrola e o crédito consignado para autônomos.
<h3>'O Brasil é dos brasileiros' e o contraponto a Trump</h3>
Criador do slogan “O Brasil é dos brasileiros”, Sidônio defendeu a postura do governo frente à política protecionista de Donald Trump e à possibilidade de taxação de exportações. “A compreensão do governo é a de que é preciso ter reciprocidade caso haja taxação. [...] Gostaríamos de ter uma saída negociada. Ninguém ganha com isso.”
Ele também comentou a rejeição da proposta de anistia aos golpistas do 8 de Janeiro. “Essa é uma discussão do Congresso e do STF, não acho que seja uma questão para o governo, não.”
<h3>E Lula 2026?</h3>
Indagado sobre uma eventual candidatura de Lula à reeleição, o ministro se esquivou: “É uma questão muito íntima dele. Estou aqui para falar do governo, pensando na gestão apenas.” Também evitou especular sobre nomes da direita para a disputa. “A política é muito rápida e dinâmica. Quem estiver fazendo análise agora, vai errar. Eu não tenho bola de cristal.”
Usando uma metáfora futebolística, Sidônio comparou a antecipação da corrida eleitoral a uma aposta precipitada: “Num jogo do seu Vasco, por exemplo, dá para dizer que é o Vegetti que vai marcar na próxima partida? Se bem que lá não tem outro, né?”
<h3>Bastidores da cassação de Glauber Braga</h3>
A matéria também abordou os bastidores do processo de cassação do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), adversário declarado de Arthur Lira, a quem chamou de “bandido” por sua atuação no orçamento secreto. Reportagens da Folha de S. Paulo e da coluna de Lauro Jardim, em O Globo, apontam articulações discretas de Lira para pressionar deputados a votarem pela cassação.Mesmo parlamentares bolsonaristas e do Centrão consideram a pena exagerada, embora não se manifestem publicamente. Uma exceção foi o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, ligado a Silas Malafaia, que afirmou ao Metrópoles: “Pessoalmente, acredito que cassação deveria ser para casos graves como corrupção. Acredito que uma punição de seis meses de suspensão, no caso de Glauber Braga, estaria de bom tamanho.”

Redação Brasil 247

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Poder

Sidônio Palmeira diz que governo falhou ao não mostrar o país destruído que herdou

247 – Em plenária virtual que reuniu cerca de 3,2 mil pessoas, incluindo deputados e militantes do Partido dos Trabalhadores (PT), o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, anunciou, nesta quinta-feira (23), mudanças importantes na comunicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas redes sociais. O evento, <a href="https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2025/01/23/sidonio-diz-que-mudara-comunicacao-de-lula-nas-redes-e-prega-estetica-simples-e-sujinha.ghtml?utm_source=Twitter&amp;utm_medium=Social&amp;utm_campaign=O%20Globo">reportado pelo Globo</a>, contou com a presença da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, do secretário Nacional de Comunicação, Jilmar Tatto, e do líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias.
Durante a plenária, Sidônio enfatizou que o objetivo é adotar uma estética mais “simples”, “sujinha” e “soltinha”, em contraste com os conteúdos digitais atuais, muitas vezes descritos como “pasteurizados” e excessivamente padronizados. Segundo ele, a comunicação deve refletir a espontaneidade e a diversidade da militância e do povo brasileiro.
— Vamos mudar o formato de como o presidente se comunica nas redes. Ele tem um estilo próprio, fala com facilidade e está muito disposto a fazer diferente. Quer explicar, mostrar o que faz e divulgar as ações do governo. Para isso, é importante que vocês engajem, curtam e compartilhem tudo que for mensagem do governo — afirmou o ministro.
<h3>Crítica à padronização e foco na emoção</h3>
Sidônio destacou que a beleza está na diversidade e no engajamento autêntico, apontando que a militância precisa se comunicar de forma natural e personalizada, sem se prender a um modelo rígido.
— A rede social gosta das coisas sujinhas, no bom sentido: aquele negócio mais soltinho, mais simples. É isso que precisamos buscar. A beleza está na diferença, na espontaneidade do povo. Comunicação não é só palavra; são gestos, olhares, entonação. Quem sabe fazer isso melhor que ninguém é o povo — ressaltou.
O ministro também analisou o desempenho da direita nas redes sociais, atribuindo parte de seu sucesso a uma estratégia coordenada e repetitiva. Ele defendeu que a esquerda pode adotar táticas semelhantes, mas com a verdade como alicerce.
— O que a direita faz que a gente não pode fazer, tirando a mentira e o ódio? Eles têm uma coisa: falam sempre do mesmo assunto, todos postam juntos, e isso gera crescimento. Podemos fazer isso de forma interessante, com a verdade.
<h3>Convocação para a militância digital</h3>
Além de propor mudanças no estilo de comunicação, Sidônio convocou os militantes a serem ativos na defesa do governo nas redes e nos grupos sociais. Ele sugeriu que o foco seja em pautas diárias bem definidas e que as boas notícias sejam amplamente compartilhadas e discutidas.
— Se tem algo do governo, uma boa notícia, tem que curtir, comentar, compartilhar nos stories, passar no zap para os amigos, para as listas de transmissão, discutir na sua cidade. O que não faz sentido é comentar ou espalhar fake news.
A fala do ministro reflete o esforço do governo em fortalecer sua presença digital e ampliar o alcance das mensagens presidenciais, especialmente em um cenário político marcado por disputas intensas nas redes sociais.

Mídia

"Simples" e "sujinha": a estética que Sidônio propõe para a comunicação presidencial

247 – O Palácio do Planalto anunciou uma campanha publicitária para combater a desinformação que circulou nas redes sociais sobre uma suposta intenção do governo de taxar o Pix. Segundo <a href="https://valor.globo.com/politica/noticia/2025/01/22/campanha-tentara-conter-fake-news-sobre-o-pix.ghtml">informações do Valor Econômico</a>, a campanha terá como slogan “Pix: Seguro, Sigiloso e Sem Taxa” e será veiculada em diferentes plataformas, como TV, rádio, internet e redes sociais, com previsão de estreia ainda nesta quinta-feira (23).
A ação marca a primeira grande iniciativa do novo ministro da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, que coordenou a formulação da estratégia na última sexta-feira (17). Em reunião com sua equipe no Palácio do Planalto, que contou também com a presença do secretário-geral da Receita, Robinson Barreirinhas, Palmeira enfatizou a importância de restaurar a confiança da população no Pix. “Estão tentando te enganar. O Pix é um patrimônio nacional, seguro e gratuito, e vamos reforçar essa mensagem”, teria dito durante o encontro.
<h3>Combate às ‘fake news’ e medidas do governo</h3>
A campanha responde a uma onda de notícias falsas gerada por interpretações equivocadas de uma instrução normativa da Receita Federal, que estabelecia fiscalização sobre transações acima de R$ 5 mil. Parlamentares da oposição, incluindo o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), ajudaram a espalhar a desinformação de que o governo pretendia taxar o Pix, o que gerou indignação nas redes sociais.
Diante da repercussão negativa, o governo revogou a norma e editou uma Medida Provisória (MP) para garantir a gratuidade e o sigilo do sistema. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou o compromisso do governo com a proteção do Pix. “Essa MP foi elaborada justamente para pôr um fim às mentiras e reforçar o caráter gratuito do Pix. Ele está protegido por sigilo, assim como qualquer outro meio de pagamento”, declarou Haddad.
A Medida Provisória já está em vigor, mas precisa ser analisada pelo Congresso Nacional em até 120 dias. O texto inclui um artigo que assegura o sigilo do Pix, como parte do esforço do governo para minimizar os danos causados pelas notícias falsas.
<h3>Estratégia de comunicação e engajamento popular</h3>
Entre as ideias para a campanha, está a participação de figuras públicas alinhadas ao governo, como a atriz Regina Casé e o economista e ex-participante do Big Brother, Gil do Vigor. Além do slogan principal, outras frases foram pensadas para reforçar a mensagem, como “Tentaram te enganar” e “Estão mentindo para você”. O objetivo é reconquistar a confiança da população e proteger o Pix como uma inovação que se tornou essencial para milhões de brasileiros.

"Pix sigiloso, seguro e sem taxa": este deve ser o mote da primeira campanha de Sidônio

247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, nesta terça-feira (14), às 11h, da cerimônia de posse de Sidônio Palmeira como ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República. O publicitário assume o cargo com a missão de redesenhar a comunicação governamental, que recentemente foi alvo de críticas públicas do próprio presidente. Sidônio substitui Paulo Pimenta, que ocupava a função desde o início do atual mandato de Lula.
Segundo Sidônio, o objetivo é aproximar a percepção da população dos resultados da gestão. O publicitário avalia que os bons resultados do governo ainda não são devidamente percebidos pela população. Outro grande desafio é enfrentar a onda de desinformação na sociedade e rebater com rapidez fake news que vêm ganhando tração na sociedade, como ocorre no caso do Pix.
A troca de comando marca o início da reforma ministerial planejada para este mês, como antecipou Rui Costa, ministro da Casa Civil. Em entrevista, Costa afirmou que as mudanças ministeriais devem ser concluídas até o dia 21, quando ocorrerá a primeira reunião geral de 2025 com todos os 38 ministros.
Perfil e trajetória de Sidônio Palmeira
Com vasta experiência no marketing político, Sidônio Palmeira tem no currículo a coordenação de campanhas de grandes líderes petistas, como Rui Costa e Jaques Wagner, além de ter comandado a campanha presidencial do presidente Lula em 2022. Engenheiro de formação, Sidônio iniciou sua trajetória política como líder estudantil na Universidade Federal da Bahia e ingressou na comunicação política na campanha de Lídice da Mata, eleita prefeita de Salvador em 1992.
O publicitário defende a manutenção do slogan “União e Reconstrução” utilizado pelo governo, mas ressalta a necessidade de ajustes na comunicação para dar mais visibilidade às conquistas da gestão petista. “O foco é o governo falar o que tem. Os ministérios precisam aparecer e mostrar suas marcas, o que estão fazendo”, afirmou Sidônio, enfatizando a importância de usar diversos meios de comunicação para alcançar a população.
Estratégia para 2026 e críticas públicas de Lula
A posse de Sidônio ocorre em um momento estratégico para o governo, que já mira as eleições de 2026. Em dezembro de 2024, Lula fez críticas contundentes à comunicação federal, apontando falhas na divulgação das ações governamentais. “Há um erro no governo na questão da comunicação, e sou obrigado a fazer as correções necessárias”, declarou o presidente em seminário do PT.
Lula destacou que as conquistas do governo precisam chegar à população de maneira mais efetiva. “Nós não estamos conseguindo comunicar as coisas que estamos fazendo. É uma das minhas preocupações, que quero começar a resolver no início de ano”, afirmou.
Sidônio já adiantou que a comunicação do governo será mais “uníssona” e integrada, garantindo que os feitos da gestão sejam amplamente divulgados. Ele também ressaltou que Lula continuará exercendo sua marca pessoal nos discursos, com maior frequência de entrevistas e diálogo direto com a imprensa.

Sidônio Palmeira assume o comando da Secom, com a presença de Lula, nesta terça

247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe, nesta manhã, o publicitário Sidônio Palmeira, que será empossado nesta terça-feira como o novo Secretário de Comunicação da Presidência da República no lugar do atual ministro Paulo Pimenta. Na reunião, que consta da agenda presidencial, Sidônio estará acompanhado do jornalista Laércio Portela, que substitui José Chrispiniano como o novo Secretário de Comunicação Institucional da Presidência da República. Enquanto Sidônio traçará as principais estratégias da comunicação presidencial, com vistas à reeleição, em 2026, Laércio terá a missão de aproximar o presidente Lula da imprensa brasileira. Uma das ideias é que Lula fale com mais frequência, pautando a imprensa sobre os principais temas da conjuntura política.
Um modelo a ser seguido é o do México, onde a presidenta Claudia Sheinbaum manteve a rotina de entrevistas diárias inauguradas pelo antecessor Andrés Manuel López Obrador e hoje conta com 80% de aprovação. Sheinbaum chegou aos 100 primeiros dias de governo com índices de aprovação que alcançam 80%, de acordo com pesquisa da Enkoll, publicada pelo El País. O número reflete o entusiasmo da população com as políticas sociais de seu mandato. Entre as ações mais elogiadas estão as pensões para idosos e bolsas educacionais, consideradas iniciativas cruciais para melhorar as condições de vida de boa parte dos cidadãos, mas o ponto crucial tem sido o diálogo constante com a população por meio das “mañaneras", entrevistas coletivas diárias, que foram lançadas por seu antecessor Andrés Manuel López Obrador.
A rotina das “mañaneras”, entrevistas coletivas diárias lançadas por seu antecessor, Andrés Manuel López Obrador, permanece como uma estratégia eficaz de comunicação. Ao manter contato direto e constante com os jornalistas e a sociedade, Sheinbaum reforça a imagem de abertura e de diálogo, características que sustentam sua alta aprovação – um modelo que pode vir a ser seguido pelo presidente Lula.

Lula traça nova estratégia de comunicação com Sidônio e Laércio Portela

247 – O novo ministro da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, promoveu nesta quinta-feira (9) sua primeira mudança na pasta ao demitir o secretário de Imprensa do Palácio do Planalto, José Chrispiniano. A decisão foi confirmada pelo próprio ex-secretário ao Valor Econômico, <a href="https://valor.globo.com/politica/noticia/2025/01/09/sidnio-palmeira-demite-secretrio-de-imprensa-do-planalto-em-primeira-mudana-na-secom.ghtml">fonte original da informação</a>. Chrispiniano será substituído por Laércio Portela, que atualmente ocupa a Secretaria de Articulação da Secom.
Chrispiniano tinha uma longa trajetória com o presidente Lula, com quem trabalhava desde 2011, após o petista deixar a Presidência em 2010. Ele foi responsável pela comunicação do Instituto Lula e, com o retorno de Lula ao Planalto, assumiu o atendimento à imprensa e a gestão do perfil presidencial na plataforma X (antigo Twitter). Em entrevista ao Valor, ele confirmou a mudança e indicou que Portela, seu sucessor, já possui experiência na função, tendo sido secretário de Imprensa da Secom no segundo mandato de Lula sob o comando de Franklin Martins.
Portela também já substituiu Paulo Pimenta na chefia da Secom durante a atuação do então ministro na Secretaria Extraordinária para o Rio Grande do Sul. Segundo informações, os funcionários da Secom foram comunicados internamente sobre a substituição.
Sidônio Palmeira, apesar de ainda não ter assumido formalmente o cargo – sua posse está marcada para o próximo dia 14 –, já começou a atuar na função. A expectativa é de que outras mudanças ocorram, especialmente na Secretaria de Estratégias e Redes, atualmente liderada por Brunna Rosa Alfaia. Fontes consultadas pelo Valor indicam que Sidônio está em diálogo com integrantes da equipe de Rafael Marroquim, secretário de Comunicação de Recife, conhecido por seu trabalho na campanha do prefeito João Campos. Marroquim, no entanto, não deve deixar a prefeitura, mas pode ceder membros de sua equipe para colaborar na Secom.

Sidônio demite Chrispiniano, secretário de Imprensa do Planalto, em primeira mudança na Secom

247 – O futuro ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, já iniciou mudanças na estrutura da pasta, com foco em modernizar sua atuação e se inspirando na estratégia de comunicação do prefeito de Recife, João Campos (PSB). Conforme destacado pelo <a href="https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2025/01/09/sidonio-troca-nomes-ligados-a-pimenta-na-secom-e-busca-nomes-da-equipe-de-joao-campos-prefeito-de-recife.ghtml">jornal O Globo</a>, Sidônio, que assume o cargo na próxima terça-feira, substituindo Paulo Pimenta, busca fortalecer a presença digital do governo federal e enfrentar desafios de comunicação nas redes sociais.
Até o momento, as alterações promovidas por Sidônio estão concentradas em cargos ocupados por pessoas ligadas a Pimenta, que deixou oficialmente o comando da Secom nesta quinta-feira (8) e está em período de férias antes de definir seu futuro. Durante as solenidades em memória aos dois anos dos ataques de 8 de janeiro, Sidônio anunciou três nomes de sua confiança para posições estratégicas: Tiago César assumirá como secretário-executivo, no lugar de Ricardo Zamora; Samantha Marchiori será a nova chefe de gabinete, substituindo Lucas Monteiro Costa Dias; e Paulo Brito ocupará a Secretaria de Publicidade e Propaganda, antes liderada por Fabrício Lazzarini Carbonel.
Os três profissionais integram o círculo próximo de Sidônio, tendo trabalhado com ele na campanha vitoriosa de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. Desde segunda-feira, César e Brito já estão conduzindo a transição no Palácio do Planalto.
<h3>Aposta em comunicação dinâmica e acessível</h3>
Uma das prioridades do novo ministro será tornar a comunicação do governo mais dinâmica e eficaz no ambiente digital, algo apontado como crucial pelo próprio presidente Lula. Em declarações recentes, Sidônio enfatizou a necessidade de uma abordagem mais conectada com a população:
<blockquote>"É importante que a gestão não seja analógica e se comunique com as pessoas. Na área de saúde, é importante que as pessoas saibam onde se vacinar. Isso é uma forma de comunicação que muitas vezes não sai da Secom, sai de um aplicativo."</blockquote>
A atuação de João Campos nas redes sociais é vista como um modelo a ser seguido. O prefeito de Recife se destaca pela comunicação popular e engajada, que viraliza nas plataformas digitais. Campos, que conta com 2,8 milhões de seguidores no Instagram e 898 mil no TikTok, utiliza uma linguagem descontraída e até coreografias para se aproximar do público jovem. Sua estratégia foi determinante na vitória eleitoral com 78% dos votos em 2024.

Brasil

Sidônio começa a mexer nas peças da Secom e se inspira em modelo de João Campos

247 – O Governo Federal confirmou nesta terça-feira (7/1) a nomeação do publicitário Sidônio Palmeira como novo titular da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). A informação foi divulgada em entrevista coletiva pelo atual ministro, Paulo Pimenta, que destacou a importância de uma transição colaborativa entre as equipes.
"A partir de hoje, já começamos o processo de transição das equipes e o trabalho em conjunto. Vamos construir essa caminhada até a próxima semana, quando deve ocorrer a formalização da nomeação e a transmissão de cargo para o Sidônio", afirmou Pimenta, que retorna ao seu mandato como deputado federal pelo Rio Grande do Sul.
<h3>Nova liderança, novos desafios</h3>
Durante a coletiva, Sidônio Palmeira reforçou sua visão para a comunicação do governo. "A primeira coisa que eu quero dizer é que a gente vai ter uma relação bem próxima. Acho que vocês têm um patrimônio importante, que é a informação, e a gente vai passar isso. Não só dar continuidade ao que já vem sendo feito, mas cada um com sua característica", declarou o novo ministro.
Palmeira destacou que a prioridade da Secom será ampliar a comunicação digital e garantir que as ações governamentais sejam amplamente conhecidas e compreendidas pela população. "É um papel e uma obrigação do governo publicar os seus feitos. E, também, para as pessoas poderem usufruir dos feitos do governo. Isso será uma missão para a gente trabalhar durante esses próximos dois anos", ressaltou.
<h3>Uma nova fase para o governo</h3>
Paulo Pimenta afirmou que a troca na Secom marca o início de uma nova etapa para o governo, descrita como o "período da colheita dos resultados". "O presidente quer à frente da Secom uma pessoa com um perfil diferente do meu. Um profissional de comunicação, com experiência, talento, criatividade e capacidade de coordenar a política de comunicação no próximo período", explicou.
Pimenta relembrou seu afastamento temporário da Secom em 2024 para liderar a Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, criada em resposta às enchentes que devastaram o estado. Ele classificou o período como um desafio marcante de sua trajetória no governo.
<h3>Comunicação transparente e acessível</h3>
Palmeira reconheceu que o governo enfrentará o desafio de equilibrar expectativas populares com a gestão e a comunicação das ações realizadas. "Vamos trabalhar com muito afinco, informando com transparência e garantindo que a comunicação chegue na ponta. Esse governo fez muito durante esses dois anos, e é nosso papel tornar isso visível para todos", concluiu o novo ministro.
A posse oficial de Sidônio Palmeira deve ocorrer na próxima semana, consolidando a transição em um momento estratégico para o Governo Federal.

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