<p><b>247 - </b>A crise política nos Estados Unidos, marcada pela ameaça de paralisação do governo, deve atrasar o aguardado encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente americano Donald Trump. No Palácio do Planalto, a avaliação é de que, diante do atual impasse, Trump tende a concentrar esforços na política doméstica, deixando negociações internacionais em segundo plano.</p>
<p>Segundo a coluna do jornalista Gustavo Uribe, da <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/gustavo-uribe/politica/shutdown-nos-eua-pode-adiar-encontro-entre-lula-e-trump/">CNN Brasil</a>, apesar da incerteza, assessores do governo brasileiro ainda consideram possível que a reunião aconteça em outubro. A alternativa mais discutida é que o encontro ocorra nos bastidores da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), que será realizada no fim do mês, na Malásia, onde os dois presidentes já confirmaram presença.</p>
<h2>Reunião discreta pode abrir diálogo</h2>
<p>A estratégia seria promover uma reunião bilateral paralela ao evento da Asean, permitindo um primeiro contato direto entre os dois presidentes. O objetivo inicial seria abrir espaço para diálogo político, deixando para um segundo momento negociações técnicas em áreas como economia e comércio exterior.</p>
<p>Nesse cenário, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) vem atuando em articulações preliminares. Ele manteve recentemente duas conversas com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, como forma de preservar canais diplomáticos ativos enquanto a crise interna norte-americana não se resolve.</p>
<h2>Trump congela recursos e acirra crise</h2>
<p>O impasse nos Estados Unidos se intensificou após Donald Trump cumprir a promessa de usar o “shutdown” como arma política contra a oposição democrata. O presidente americano congelou US$ 26 bilhões destinados a estados governados por democratas, medida que afeta programas estratégicos.</p>
<p>Entre os cortes, estão US$ 18 bilhões voltados para projetos de transporte público em Nova York — base eleitoral dos principais líderes democratas no Congresso — e cerca de US$ 8 bilhões para iniciativas de energia limpa em 16 estados, incluindo Califórnia e Illinois.</p>

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Mundo

'Apagão' orçamentário dos EUA pode adiar reunião de Lula e Trump

<p><b>247 - </b>O ouro atingiu nesta quarta-feira (1) um novo recorde histórico, cotado a US$ 3.895,38 a onça, impulsionado pela paralisação do governo dos Estados Unidos, que aumentou a procura por ativos de proteção. As informações são da agência Bloomberg,&nbsp;</p>
<p>A suspensão das operações federais em Washington é a primeira em sete anos e ocorreu após o fracasso de um pacote emergencial para evitar o shutdown. O impasse ameaça atrasar dados econômicos cruciais, como o relatório de emprego (payroll) previsto para sexta-feira (3).</p>
<h2>Ouro dispara em meio à crise política nos EUA</h2>
<p>O ouro acumula alta de 48% em 2025, no caminho para o maior ganho anual desde 1979. A valorização é impulsionada por compras de bancos centrais e pelo aumento de posições em ETFs (fundos de índice) lastreados em ouro. Em setembro, as entradas líquidas nesses fundos foram as maiores em três anos.</p>
<h2>Recorde em 2025: maior alta anual desde 1979</h2>
<p>A disparada do ouro ocorre em um cenário de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed), o que fortalece a atratividade do metal como refúgio. Na terça-feira (30), Susan Collins, presidente do Fed de Boston, afirmou que “novos cortes de juros podem ser adequados este ano diante de um mercado de trabalho mais fraco”, mas alertou para o risco de inflação persistente. Já Lorie Logan, presidente do Fed de Dallas, destacou que é necessário ter cautela com reduções adicionais, já que a inflação ainda está acima da meta.</p>
<h2>Investidores buscam ouro como proteção política</h2>
<p>A escalada do ouro também reflete preocupações sobre a independência do Fed. Advogados de Lisa Cook, integrante do conselho da instituição, recorreram à Suprema Corte para mantê-la no cargo diante da tentativa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de demiti-la.</p>
<h2>Prata também dispara e encosta em máxima histórica</h2>
<p>Ainda conforme a reportagem, a prata subiu até 2%, sendo negociada a US$ 47,55 a onça, menos de 5% abaixo do recorde histórico. No acumulado de 2025, o metal avança mais de 60%, apoiado pela escassez de oferta após anos de déficits de produção.</p>
<p>No mesmo período, a platina registrou alta, enquanto o paládio manteve estabilidade. Às 9h34 em Londres, o ouro spot subia 0,8%, a US$ 3.888,35 a onça, enquanto o índice Bloomberg Dollar Spot caía 0,2%.</p>

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