247 - O jornalista norte-americano e ganhador do Prêmio Pulitzer, Seymour Hersh, afirmou que os ataques dos Estados Unidos à instalação nuclear iraniana de Fordow não destruíram o estoque de urânio enriquecido do país, mas o tornaram inacessível por tempo indeterminado.
De acordo com Hersh, “o total isolamento em Fordow, onde está o único suprimento conhecido de urânio enriquecido do Irã, significa que a capacidade de fabricar uma ogiva nuclear, caso a liderança iraniana optasse por isso, foi gravemente comprometida”. Ele acrescentou que, embora o material permaneça intacto, será “impossível alcançá-lo por muitos anos, se é que algum dia será possível”.
<h3>Alvo central: infraestrutura nuclear, não lideranças</h3>
Ainda segundo o jornalista, suas fontes informaram que nenhum dos mísseis norte-americanos teve como alvo autoridades iranianas. O foco da ofensiva, segundo ele, foi unicamente a capacidade nuclear do país persa.
A Comissão de Energia Atômica de Israel corroborou os efeitos devastadores do ataque, declarando que a ofensiva dos EUA destruiu a infraestrutura crítica da instalação de Fordow, tornando-a inoperante e dificultando, por anos, o desenvolvimento de armamento nuclear por parte do Irã.
<h3>Avaliação contraditória da inteligência dos EUA</h3>
Apesar do tom triunfante do anúncio israelense, um relatório preliminar da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA (DIA), citado pela CNN na terça-feira (24), aponta que os ataques norte-americanos a três instalações nucleares iranianas não eliminaram os principais componentes do programa nuclear. Segundo o documento, a ação teria apenas “atrasado” o avanço do projeto por alguns meses.
A divergência entre as avaliações levou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a acusar veículos da imprensa norte-americana, como o New York Times e a própria CNN, de “tentar espalhar informações enganosas” sobre os efeitos reais dos bombardeios conduzidos por Washington.

Luis Mauro Filho

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Mundo

EUA atingiram infraestrutura nuclear do Irã de Fordow, mas não eliminaram estoque de urânio, afirma Seymour Hersh

Sputnik - De acordo com o jornalista investigativo Seymour Hersh, o ex-presidente Barack Obama ameaçou Joe Biden com a remoção do cargo com base na 25ª emenda da Constituição dos EUA caso ele não desistisse da corrida presidencial.
Biden anunciou sua intenção de abandonar a disputa no dia 21 de julho e endossou a vice-presidente Kamala Harris como indicada do partido.
Obama disse a Biden que havia obtido a aprovação da vice-presidente Kamala Harris para invocar a salvaguarda contra a incapacidade presidencial, escreveu o jornalista ganhador do prêmio Pulitzer em uma postagem em sua conta na plataforma Substack.
Hersh observou que, de acordo com a 25ª emenda da Constituição, o presidente dos EUA pode ser removido do poder caso seja considerado incapaz de exercer suas funções, ocasião em que o vice-presidente assume o cargo interinamente.
O jornalista afirmou ainda que, quando Obama ligou para Biden, já estava claro que Harris receberia a aprovação dos líderes democratas para concorrer como candidata do partido.
A chamada de Obama para Biden ocorreu em meio ao descontentamento entre doadores do Partido Democrata, que ameaçaram reter o financiamento devido a preocupações com a saúde de Biden.
A eleição presidencial dos EUA ocorrerá no dia 5 de novembro. Era esperado que Biden aparecesse novamente na cédula, mas figuras dentro do partido começaram a expressar preocupação após uma performance amplamente criticada no debate contra o ex-presidente Donald Trump em junho. Biden anunciou sua intenção de abandonar a corrida em 21 de julho e endossou a vice-presidente Kamala Harris como a indicada do partido.
Durante um comício em Milwaukee, Wisconsin (23), Harris anunciou ter conseguido assegurar a sua nomeação pelo partido.

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Obama ameaçou Biden com remoção do cargo com base na 25ª emenda, afirma jornalista

247 – Seymour Hersh, jornalista norte-americano premiado com o Pulitzer, relatou que há preocupações significativas entre a liderança do Partido Democrata e seus principais doadores quanto à capacidade de Joe Biden de superar Donald Trump nas eleições de novembro. Essas preocupações podem levar Biden a recusar a indicação presidencial se ele tiver um desempenho insatisfatório no debate presidencial programado para quinta-feira. A informação foi <a href="https://noticiabrasil.net.br/20240622/mau-resultado-no-debate-com-trump-podera-fazer-biden-sair-da-corrida-presidencial-diz-hersh-35246155.html">divulgada pela Sputnik Brasil</a> em 22 de junho de 2024.
Hersh, citando um amigo próximo de Biden, mencionou que, em caso de um desempenho particularmente ruim, poderia haver um acordo para que Biden aceite os elogios por uma vitória de delegados em primeiro turno na convenção democrata em Chicago, mas posteriormente recuse a nomeação. Gavin Newsom, governador da Califórnia, e Jay Pritzker, governador de Illinois, são apontados como possíveis substitutos. Além disso, uma compilação de pesquisas nacionais realizada pelo portal RealClearPolitics mostra que Trump mantém uma vantagem de quase um ponto percentual sobre Biden em estados indecisos.

Biden e Trump têm disputa acirrada pela Casa Branca

Seymour Hersh prevê desistência de Biden em caso de mau desempenho contra Trump

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