247 - O Ministério das Relações Exteriores informou que o Brasil foi convidado a presidir um dos grupos da Organização das Nações Unidas (ONU) que vai discutir a criação de um Estado Palestino. Segundo o jornalista Jamil Chade, do <a href="https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2025/05/19/brasil-lidera-o-processo-para-reconhecimento-internacional-da-palestina.htm">UOL</a>, o convite partiu da França e da Arábia Saudita, países que estão costurando a realização de uma conferência internacional com o objetivo de marcar o reconhecimento da Palestina e criaram oito grupos de trabalho sobre o tema.
O Itamaraty informou que os países convidaram Brasil e Senegal para presidirem o grupo de trabalho número 7, que tem como tema &nbsp;"Promoção do respeito ao Direito Internacional para a implementação da solução de dois Estados".&nbsp;
"Os oito grupos de trabalho convocados pelas co-presidências da Conferência como parte do processo preparatório, assim como a Conferência propriamente dita, são abertos a todos os Estados-membros e a representantes do sistema ONU, incluindo programas, fundos, agências especializadas e comissões regionais, além das instituições de Bretton Woods", diz o Ministério de Relações Exteriores. Ainda não há informações sobre todos os países que participarão dos grupos.
Décadas depois de ter desempenhado um papel decisivo na criação de Israel — quando o diplomata Oswaldo Aranha presidiu a sessão da ONU que aprovou a partilha da Palestina, em 1947 — o Brasil passa a ocupar lugar de destaque nos esforços diplomáticos para garantir também os direitos do povo palestino.
Segundo o embaixador brasileiro na ONU, Sérgio Danese, o grupo liderado por Brasil e Senegal tem uma meta específica. "identificar ações concretas que os Estados possam adotar para cumprir e promover o cumprimento do Direito Internacional e das resoluções relevantes das Nações Unidas, a fim de facilitar e acelerar a solução pacífica da Questão da Palestina e a implementação da solução de dois Estados".
Para Danese, aplicar o Direito Internacional é essencial para garantir justiça e estabilidade. “Acreditamos firmemente que o Direito Internacional não é apenas um conjunto de princípios a serem respeitados: ele também é um roteiro para a justiça e a paz e deve ser aplicado”, afirmou.
O movimento internacional para blindar a viabilidade do Estado palestino ocorre em meio à devastação em Gaza e ao avanço de assentamentos ilegais em territórios ocupados, impulsionados por decisões do governo israelense e o apoio da gestão de Donald Trump, nos Estados Unidos.
“O Direito Internacional deve servir de escudo para proteger os civis e os trabalhadores humanitários, ao mesmo tempo em que nos orienta para a realização dos direitos inalienáveis do povo palestino e para a visão de dois Estados vivendo lado a lado em paz e segurança dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas de 1967”, disse Danese.
Como parte dos trabalhos, o grupo enviou questionários a governos de todo o mundo. “Essas perguntas estão ancoradas nas obrigações legais de todos os Estados, conforme reafirmado pelo Parecer Consultivo da Corte Internacional de Justiça emitido em julho de 2024”, explicou o diplomata.
Os países têm até 22 de maio para enviar respostas. Com base nas contribuições, Brasil e Senegal devem apresentar uma primeira versão do documento final no dia 29. Uma reunião está prevista para 5 de junho, na sede da ONU, em Nova York. A versão final do relatório será encaminhada aos co-presidentes da conferência — França e Arábia Saudita — até o dia 10 de junho.
Para o Brasil, o objetivo final é garantir que o direito internacional sirva como instrumento real de proteção e justiça. “Esse exercício tem como objetivo não apenas cessar as violações em andamento, incluindo a ocupação ilegal, a expansão dos assentamentos e o deslocamento forçado, mas também fazer cumprir a lei internacional para proteger civis, facilitar a assistência humanitária e promover a paz por meio de uma cooperação reforçada com o Estado da Palestina”, concluiu Danese.

Otávio Rosso

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Mundo

Brasil é convidado a presidir grupo da ONU pela criação do Estado da Palestina

CGTN – O diálogo global “China na Primavera: Compartilhando Oportunidades com o Mundo” foi realizado no dia 13 em Dacar, no Senegal. Mais de 70 convidados, de círculos políticos, empresariais, acadêmicos e midiáticos de ambos os países marcaram presença no evento. O presidente do Grupo de Mídia da China (CMG), Shen Haixiong, enviou um discurso por vídeo para o evento organizado pela sua instituição. Ele destacou que, recentemente, o presidente Xi Jinping ressaltou, durante as “duas sessões”, o compromisso da China em ampliar sua abertura sistemática e fortalecer as cooperações internacionais, tornando o país cada vez mais aberto ao mundo. Segundo Shen, o desenvolvimento chinês está interligado ao mundo, e a prosperidade global também depende da China, por isso, diante dos desafios comuns, compartilhar é melhor do que se isolar, e cooperar é melhor do que se dissociar. A encarregada de negócios interina da Embaixada da China no Senegal, Li Yan, destacou que a relação China-Africa vive seu melhor momento histórico e que os dois países trabalharão juntos para alcançar seu sonho de modernização e construir uma comunidade sino-africana de futuro compartilhado. O conselheiro ministerial do presidente do Senegal, Amadou Tidiane Wone, afirmou que os dois países aprofundarão sua parceria estratégica abrangente. A experiência bem-sucedida da modernização ao estilo chinês serve como referência para os países africanos.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/2025032023034_9a0da72cb35ff8ec5ac08ae504d80546b7afc057ae2f15dd6f918a1ea2899f1b.jpg" data-media-id="editor_0" data-image-id="2025032023034_9a0da72cb35ff8ec5ac08ae504d80546b7afc057ae2f15dd6f918a1ea2899f1b" data-rendition-name="original" width="1136" height="757" loading="lazy" alt="Diálogo global sobre oportunidades da China é realizado no Senegal"></figure>   <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/2025032023034_cb9e0981de3a2f83d35ed984287c44b53b6e49744ab5d0450ab1619a4dc45934.jpg" data-media-id="editor_1" data-image-id="2025032023034_cb9e0981de3a2f83d35ed984287c44b53b6e49744ab5d0450ab1619a4dc45934" data-rendition-name="original" width="1101" height="734" loading="lazy" alt="Diálogo global sobre oportunidades da China é realizado no Senegal"></figure>  &nbsp;

Nicolas Iwashita

China

Diálogo global sobre oportunidades da China é realizado no Senegal

247 - O presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, confirmou que o país pretende eliminar toda presença militar estrangeira a partir de 2025.
Anteriormente, Faye havia anunciado o fim da presença militar francesa, mas sem especificar um cronograma.
“Instruí o ministro das Forças Armadas a propor uma nova doutrina de cooperação em defesa e segurança, que implicará o fim de qualquer presença militar estrangeira no Senegal a partir de 2025”, declarou o presidente em um discurso à nação, conforme citado pela agência APS nesta terça-feira (31).&nbsp;
Em janeiro passado, a mídia francesa relatou que a França planeja reduzir significativamente seus contingentes militares no Gabão, Senegal e Costa do Marfim. Segundo os planos divulgados, o número de militares franceses nas capitais desses países pode ser reduzido para cerca de cem em cada uma das três cidades, onde desempenhariam principalmente funções de apoio.
Nesse sentido, o presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, durante seu discurso de Ano Novo à nação, anunciou a nacionalização de uma base militar francesa.&nbsp;
“A base militar de Port-Bouët, anteriormente ocupada pelo 43º Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais (BIMA), será transferida para as Forças Armadas da Costa do Marfim e renomeada como ‘Campo General do Corpo de Exército Ouattara Thomas d'Aquin’ a partir de janeiro de 2025”, anunciou, conforme citado pela Sputnik.&nbsp;
Os dois países estavam entre os poucos lugares restantes no continente africano onde Paris ainda exercia influência significativa.
Além disso, o Ministério das Relações Exteriores do Chade anunciou, em 28 de novembro, o encerramento da cooperação em defesa com a França. O ministro das Relações Exteriores, Abderaman Koulamallah, afirmou em entrevista ao Le Monde que a França deveria retirar seu contingente militar do país.
Em 2022, os militares franceses, que estavam presentes na região do Sahel na África desde 2014 como parte da Operação Barkhane de "combate ao terrorismo", foram forçados a deixar o Mali. Em 2023, a França também retirou suas tropas de Burkina Faso e do Níger a pedido das novas autoridades nacionalistas nesses países. Os recentes levantes militares nesses países demonstram a vontade de romper com décadas de influência do colonialismo gaulês — não apenas nas áreas de defesa, língua e cultura, como também na economia e política.

Leonardo Sobreira

Protesto contra presença militar francesa no Níger

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A "Françafrique" colapsa. Senegal e Costa do Marfim anunciam expulsão de tropas estrangeiras

Beijing, 4 set (Xinhua) – O presidente chinês, Xi Jinping, conversou nesta quarta-feira com o presidente senegalês, Bassirou Diomaye Faye, que está em Beijing para a Cúpula 2024 do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC) e para uma visita de Estado. Observando que a China e o Senegal são amigos e parceiros no caminho de desenvolvimento e revitalização nacionais, Xi disse que a cooperação bilateral produziu resultados tangíveis e beneficiou os dois povos nos últimos anos. A China está disposta a trabalhar com o Senegal para realizar sua respectiva modernização e promover a parceria cooperativa estratégica abrangente entre os dois países para um novo nível, disse Xi. Xi disse que a China está pronta para aprofundar a confiança política mútua com o Senegal e continuar a apoiar um ao outro em questões de seus respectivos interesses centrais e principais preocupações. A China continuará a enviar especialistas técnicos agrícolas para o Senegal, apoiará o Senegal na construção de parques industriais, expandirá a cooperação em campos emergentes, como novas energias, e ajudará a promover a industrialização e a modernização agrícola do Senegal, disse Xi. A China e o Senegal compartilham posições semelhantes em muitas questões internacionais importantes, disse Xi, expressando a disposição da China de fortalecer a coordenação multilateral com o Senegal para salvaguardar conjuntamente a equidade e a justiça internacionais, bem como os interesses comuns dos países em desenvolvimento. Como copresidente africano do FOCAC no quarto mandato, o Senegal fez importantes contribuições para a solidariedade e cooperação China-África, disse Xi, acrescentando que a China está pronta para trabalhar com o Senegal para tornar a cúpula um sucesso completo, promover conjuntamente a modernização da China e da África e embarcar em uma nova jornada de relações China-África. Faye disse que o Senegal e a China implementaram em conjunto muitos projetos bem-sucedidos, que impulsionaram o desenvolvimento econômico e melhoraram a vida das pessoas no Senegal. O Senegal está disposto a aumentar a cooperação com a China em áreas como agricultura, indústria, digitalização, treinamento profissionalizante e juventude, e levar as relações bilaterais a um nível mais alto, disse Faye. Após as conversas, os dois chefes de Estado testemunharam a assinatura de documentos de cooperação bilateral em áreas que incluem a implementação da Iniciativa de Desenvolvimento Global, cooperação de investimento e econômica, tecnologia da informação e comunicação, recursos humanos e desenvolvimento verde. Os dois lados divulgaram uma declaração conjunta sobre o aprofundamento das relações bilaterais e a construção de uma comunidade China-Senegal de alto nível com um futuro compartilhado. Antes das conversações, Xi e sua esposa Peng Liyuan realizaram uma cerimônia de boas-vindas para Faye e sua esposa Marie Khone Faye no Grande Palácio do Povo.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/2024090510098_fd214a826d9f3eddea3c846b9e0d3c8e87de66cc5722a7f3132ed4f5af3c3abc.jpg" data-media-id="editor_0" data-image-id="2024090510098_fd214a826d9f3eddea3c846b9e0d3c8e87de66cc5722a7f3132ed4f5af3c3abc" data-rendition-name="original" width="1001" height="636" loading="lazy" alt="Xi conversa com presidente senegalês"></figure>   <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/2024090510098_97f6db58f199d27469c50a362ac84d9c28d057478a28648939fbe95bfbba89dc.jpg" data-media-id="editor_1" data-image-id="2024090510098_97f6db58f199d27469c50a362ac84d9c28d057478a28648939fbe95bfbba89dc" data-rendition-name="original" width="735" height="1006" loading="lazy" alt="Xi conversa com presidente senegalês"></figure>   <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/2024090510098_bb376a20e19ad92744021c5712708c1c23efd7fe3612e6a13079607e9ef014b5.jpg" data-media-id="editor_2" data-image-id="2024090510098_bb376a20e19ad92744021c5712708c1c23efd7fe3612e6a13079607e9ef014b5" data-rendition-name="original" width="1024" height="729" loading="lazy" alt="Xi conversa com presidente senegalês"></figure>   <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/2024090510098_50fbdc79b216d3758fafae94820720dce251aa7eb105a9c91aa102ff89771b67.jpg" data-media-id="editor_3" data-image-id="2024090510098_50fbdc79b216d3758fafae94820720dce251aa7eb105a9c91aa102ff89771b67" data-rendition-name="original" width="1024" height="755" loading="lazy" alt="Xi conversa com presidente senegalês"></figure>   <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/2024090510098_cb5f704e15f23a88adbca2cd4b8b88bab0c2a0c2cdd110779a64bba63cd98604.jpg" data-media-id="editor_4" data-image-id="2024090510098_cb5f704e15f23a88adbca2cd4b8b88bab0c2a0c2cdd110779a64bba63cd98604" data-rendition-name="original" width="1021" height="755" loading="lazy" alt="Xi conversa com presidente senegalês"></figure>

(FOCAC) Xi conversa com presidente senegalês

Beijing, 4 set (Xinhua) – Peng Liyuan, esposa do presidente chinês Xi Jinping, conversou nesta quarta-feira durante um chá com Marie Khone Faye, esposa do presidente senegalês Bassirou Diomaye Faye.
Marie e Bassirou Diomaye Faye estão em Beijing para a Cúpula 2024 do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC) e para a primeira visita de Estado do presidente à China.
Peng expressou a esperança de que os dois povos aprofundem o entendimento mútuo e a amizade por meio de intercâmbios culturais.
Peng disse que está disposta a compartilhar com Marie a experiência em educação, saúde e outras áreas relacionadas a mulheres para promover conjuntamente o desenvolvimento da causa das mulheres na China e na África.
Marie elogiou o cuidado de longo prazo de Peng às mulheres e crianças nos países africanos, incluindo o Senegal, bem como o apoio e a ajuda da China para o bem-estar do povo senegalês. Ela expressou sua vontade de fortalecer ainda mais os intercâmbios e a cooperação entre os dois lados e impulsionar a causa da amizade bilateral. Fim

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(FOCAC) Xi conversa com presidente senegalês

Peng Liyuan conversa durante chá com esposa do presidente senegalês

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Revista Brasil 247

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