247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 64,7 milhões para a construção de uma estação de tratamento de efluentes (ETE) da Laticínio Scala, no município de Sacramento, Triângulo Mineiro. Os recursos são oriundos do programa Fundo Clima e correspondem à totalidade do investimento previsto para a obra, que terá capacidade para tratar até 2,2 mil metros cúbicos de efluentes por dia.
O projeto se destaca pelo uso de tecnologias avançadas e representa uma etapa significativa na consolidação da estratégia ambiental da empresa. Além de ampliar a capacidade de tratamento dos resíduos líquidos provenientes das três unidades da Scala em Sacramento, a nova ETE permitirá a geração de biometano, abrindo caminho para uma nova frente de negócios voltada à comercialização de energia renovável.
Segundo Marcel S. Cerchi, CEO da Scala, a iniciativa reafirma os compromissos da empresa com inovação e responsabilidade ambiental. “A aprovação desses recursos reafirma nosso compromisso com a inovação, a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental. Estamos reforçando nossos valores por meio de mais esta ação concreta que impacta positivamente o meio ambiente e a sociedade. O projeto da nova ETE não apenas consolida a estratégia de crescimento sustentável da Scala, como também contribui diretamente para as metas de transição energética e redução das emissões de carbono no setor industrial brasileiro".
De acordo com o BNDES, a estação produzirá cerca de 10,8 mil metros cúbicos de biogás por dia, evitando, assim, a emissão anual de aproximadamente 79 mil toneladas de CO2-equivalente. “O Novo Fundo Clima é um importante instrumento de descarbonização. Somente neste projeto aprovado pelo BNDES, a estimativa é de que a nova estação, além de ampliar a gestão adequada dos efluentes gerados, beneficiando a comunidade de Sacramento, produzirá cerca de 10.800 metros cúbicos por dia de biogás, evitando a emissão de 79 mil toneladas de CO2-equivalente por ano. O governo do presidente Lula tem como diretriz promover a transição energética, que inclui a produção de biogás a partir da decomposição de resíduos orgânicos, gerando uma fonte renovável de energia”, destacou o presidente do banco, Aloizio Mercadante. Ele também ressaltou que a produção de biogás a partir de resíduos orgânicos é parte da diretriz do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a transição energética.
O Fundo Clima, instrumento da Política Nacional sobre Mudança do Clima, é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e destina-se a apoiar projetos voltados à mitigação das mudanças climáticas. O fundo oferece recursos para iniciativas que visem à redução de emissões de gases do efeito estufa, à adaptação às mudanças climáticas e ao desenvolvimento de tecnologias sustentáveis.
Fundada em 1963 em Sacramento, a Laticínio Scala opera atualmente com quatro unidades industriais — três no município de origem e uma em Patrocínio, no Alto Paranaíba. A empresa é reconhecida pela produção de mais de 700 mil litros de leite por dia e por sua ampla linha de derivados, como queijos (parmesão, muçarela, provolone, brie, entre outros), requeijão, manteiga e cream cheese. A aposta em sustentabilidade e inovação reforça sua presença no mercado e sinaliza uma nova etapa de crescimento com foco na economia verde.

Guilherme Levorato

Obra de implantação de estação de tratamento de efluentes na fábrica da Laticínio Scala em Sacramento, no Triângulo Mineiro

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BNDES aprova R$ 64,7 milhões do Fundo Clima para estação de tratamento de efluentes do Laticínio Scala, em MG

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