TIRANA, 16 de maio (Reuters) - A União Europeia está trabalhando em um novo pacote de sanções para aumentar a pressão sobre o presidente russo, Vladimir Putin, sobre a guerra na Ucrânia , disse a presidente da <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Comiss%C3%A3o+Europeia">Comissão Europeia</a>, Ursula von der Leyen, na sexta-feira, enquanto líderes de toda a Europa se reuniam na Albânia.
A Cúpula da Comunidade Política Europeia, que inclui países não pertencentes à UE, foi realizada na capital albanesa, Tirana, enquanto negociadores russos e ucranianos se encontraram em Istambul para suas primeiras negociações diretas de paz em mais de três anos, sob pressão do presidente dos EUA, <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Donald+Trump">Donald Trump</a> .
A UE, marginalizada em meio aos esforços dos EUA para acabar com a guerra, já adotou 17 pacotes de sanções contra a Rússia — o último esta semana — e diplomatas dizem que está cada vez mais difícil obter a unanimidade necessária entre os 27 membros do bloco para aprovar novas medidas.
"Ele não quer paz, então temos que aumentar a pressão, e é por isso que estamos trabalhando em um novo pacote de sanções", disse von der Leyen, referindo-se a Putin.
"Este pacote incluirá, por exemplo, sanções ao Nord Stream 1 e ao Nord Stream 2. Incluirá o trabalho de listagem de mais navios da frota paralela russa e também a redução do teto do preço do petróleo, além de incluir mais sanções ao setor financeiro na Rússia."
Os gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2, cada um composto por dois dutos, foram construídos pela estatal russa <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Gazprom+">Gazprom </a>para bombear gás natural para a Alemanha sob o Mar Báltico. Eles foram rompidos por uma série de explosões em 2022.
Autoridades e diplomatas disseram que as novas sanções importantes que os líderes europeus ameaçaram nos últimos dias precisariam do apoio dos EUA para ter sucesso.
Falando com outros líderes europeus em Tirana, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy disse que a primeira prioridade da Ucrânia era garantir um cessar-fogo incondicional para criar uma base para futuras negociações sobre um acordo de paz.
<h3>'INACEITÁVEL'</h3>
No domingo, Putin propôs negociações diretas com a Ucrânia na Turquia, mas rejeitou o desafio de Zelenskiy para se encontrar pessoalmente, enviando, em vez disso, uma equipe de autoridades de médio escalão para as negociações.
As negociações em Istambul terminaram após menos de duas horas, sem nenhum sinal aparente de progresso até agora na redução da distância entre as partes, e uma fonte ucraniana chamou as exigências de Moscou de "inviáveis".
O secretário-geral da <a href="https://www.brasil247.com/search?term=OTAN">OTAN</a>, Mark Rutte, disse mais cedo naquele dia que Putin "cometeu um erro ao enviar uma delegação de baixo escalão" a Istambul.
"O que vimos ontem e durante a noite é mais uma evidência de que Putin não leva a sério a paz", disse o primeiro-ministro britânico Keir Starmer.
Starmer e os líderes da França, Alemanha e Polônia concordaram com Zelenskiy em Tirana que a posição da Rússia nas negociações de paz era "claramente inaceitável" e também consultaram Trump, disse Starmer mais tarde no mesmo dia, acrescentando que todos estavam coordenando estreitamente suas respostas.
O novo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, disse que a Europa deve aumentar suas capacidades de defesa, acrescentando que a região precisa trabalhar com os Estados Unidos para acabar com a guerra na Ucrânia.
"Temos que empreender todos os esforços para manter os americanos ao nosso lado", disse Merz. "Não podemos substituir ou substituir o que os americanos ainda fazem por nós em nosso continente."
Em uma aparente tentativa do anfitrião da cúpula, o primeiro-ministro albanês Edi Rama, de descontrair um pouco, no início da reunião os líderes assistiram a um vídeo atrevido retratando todos eles como bebês dizendo "Bem-vindos à Albânia".
Reportagem de Andrew Gray e Fatos Bytyci em Tirana Reportagem adicional de Benoit Van Overstraeten, Ingrid Melander, Bart Meijer, William James e Julia Payne Texto de Ingrid Melander e Edward McAllister Edição de Alex Richardson, Frances Kerry, William Maclean

Luis Mauro Filho

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, participa do congresso do Partido Popular Europeu (PPE), em Valência, Espanha, em 29 de abril de 2025

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Mundo

UE prepara novas sanções para aumentar pressão sobre a Rússia, diz von der Leyen

247 - O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, afirmou nesta quinta-feira (14) que o governo americano está preparado para adotar sanções e considerar ações militares contra a Rússia caso o presidente Vladimir Putin não aceite um acordo de paz que assegure a independência de longo prazo da Ucrânia. A declaração foi dada em entrevista ao <a href="https://www.wsj.com/world/europe/vance-wields-threat-of-sanctions-military-action-to-push-putin-into-ukraine-deal-da9c18ac?reflink=mobilewebshare_permalink&amp;utm_source=pocket_saves">The Wall Street Journal</a> e reforça uma postura mais agressiva da administração Trump em relação ao conflito.
Vance destacou que a possibilidade de enviar tropas americanas à Ucrânia ainda está em discussão. "Existem ferramentas econômicas de influência e, claro, ferramentas militares de influência que os EUA poderiam usar contra Putin", afirmou. O vice-presidente também ressaltou que o governo de Donald Trump busca uma negociação direta tanto com Putin quanto com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. “Acredito que haverá um acordo que surpreenderá muitas pessoas”, declarou.
Além da questão ucraniana, Vance está programado para discursar na Conferência de Segurança de Munique, onde deve pressionar líderes europeus a aceitarem a ascensão de partidos populistas, endurecerem suas políticas de migração e restringirem avanços progressistas. Ele criticou duramente governos europeus que, segundo ele, impõem restrições à liberdade de expressão e à democracia ao se recusarem a colaborar com movimentos populistas.
"Trata-se realmente de censura e migração, sobre esse medo que o presidente Trump e eu temos, de que os líderes europeus estão um pouco aterrorizados com seu próprio povo", afirmou o vice-presidente.
Tensões aumentam após contato entre Trump e Putin
O telefonema recente entre Donald Trump e Vladimir Putin elevou as preocupações entre aliados europeus, que temem ser excluídos de um possível acordo de paz que favoreça Moscou. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, manteve um tom diplomático, mas alertou os líderes internacionais sobre os riscos de confiar nas promessas russas. “Não podemos simplesmente confiar nas alegações de Putin sobre disposição para encerrar a guerra”, disse o líder ucraniano.
Com o cenário de negociações ainda incerto, a comunidade internacional segue atenta às movimentações de Washington e Moscou e às suas potenciais repercussões para a segurança global e o equilíbrio geopolítico na Europa.

Camila França

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