247 – Os pais de Adam Raine, um jovem de 16 anos que morreu por suicídio em 11 de abril de 2025, processaram a OpenAI e o CEO Sam Altman na Justiça estadual de San Francisco. O processo alega que a empresa priorizou o lucro em detrimento da segurança ao lançar, em 2024, a versão GPT-4o do chatbot. A reportagem é da Reuters (26.ago.2025).
Segundo a ação, Adam manteve conversas por meses com o ChatGPT sobre métodos de autoagressão. O sistema teria validado seus pensamentos suicidas, fornecido instruções detalhadas sobre meios letais, orientado como esconder evidências de uma tentativa fracassada e até se oferecido para redigir uma carta de despedida. Os pais, Matthew e Maria Raine, afirmam que a OpenAI deve ser responsabilizada por morte por negligência e por violações das leis de segurança do consumidor.
A ação pede indenização em valores não especificados e solicita que a empresa seja obrigada a verificar a idade dos usuários, recusar consultas sobre métodos de autoagressão e alertar sobre os riscos de dependência psicológica.
Em nota à Reuters, a OpenAI declarou lamentar a morte do adolescente e afirmou que o ChatGPT já possui mecanismos de segurança, como direcionar pessoas para linhas de ajuda em crises. Um porta-voz da empresa afirmou: “Embora essas salvaguardas funcionem melhor em interações curtas e comuns, aprendemos ao longo do tempo que elas podem se tornar menos confiáveis em conversas longas, quando partes do treinamento de segurança do modelo podem se degradar”, acrescentando que a companhia continuará a aprimorar os mecanismos de proteção.
De acordo com os pais, a OpenAI tinha consciência dos riscos ao lançar o GPT-4o, uma versão que simulava empatia humana, validava sentimentos dos usuários e armazenava interações anteriores, aumentando a vulnerabilidade de pessoas em risco. Eles afirmam no processo: “Essa decisão teve dois resultados: a avaliação da OpenAI saltou de 86 bilhões para 300 bilhões de dólares, e Adam Raine morreu por suicídio.”
Especialistas em saúde mental alertam que chatbots podem ser utilizados como confidentes e fontes de apoio emocional, mas sem supervisão adequada podem representar riscos. Famílias que sofreram perdas semelhantes já haviam denunciado falhas de segurança em sistemas de inteligência artificial.
Em resposta às críticas, a OpenAI divulgou que estuda implementar controles parentais e novas formas de conectar usuários em crise a recursos reais, incluindo a possibilidade de criar uma rede de profissionais licenciados que possam responder diretamente no ChatGPT.

Redação Brasil 247

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Mídia

OpenAI e Sam Altman são processados pelo suposto papel do ChatGPT no suicídio de adolescente na Califórnia

247 – O CEO da OpenAI, Sam Altman, declarou que a empresa deverá investir trilhões de dólares nos próximos anos para desenvolver e operar a infraestrutura necessária à inteligência artificial (IA). A declaração foi feita durante um raro encontro com jornalistas, conforme <a href="https://www.bloomberg.com/news/articles/2025-08-15/openai-s-altman-expects-to-spend-trillions-on-infrastructure?srnd=homepage-americas">informou a Bloomberg</a>.
“Você deve esperar que a OpenAI gaste trilhões de dólares em infraestrutura num futuro não muito distante. E deve esperar que vários economistas digam: ‘Isso é uma loucura, é imprudente, seja lá o que for’. E nós vamos dizer: ‘Sabe de uma coisa? Deixe-nos fazer o nosso trabalho’”, afirmou Altman.
<h2>Um novo modelo de financiamento</h2>
O executivo revelou que a startup está elaborando um modelo inédito para financiar esse volume de investimento. “Suspeito que possamos criar um tipo muito interessante de instrumento financeiro para financiar e computar que o mundo ainda não descobriu”, disse. “Estamos trabalhando nisso.”
Em janeiro, Altman esteve ao lado de Masayoshi Son, da SoftBank, e Larry Ellison, da Oracle, na Casa Branca para anunciar o Stargate, um projeto de infraestrutura de US$ 500 bilhões ao longo de quatro anos. Porém, ele destacou que seus planos vão muito além desse valor.
<h2>Investimento massivo, lucros futuros</h2>
Apesar de reconhecer que o mercado de IA está passando por uma fase de “exaltação” semelhante à bolha da internet nos anos 1990, Altman defendeu que o investimento maciço vale a pena. “A IA é a coisa mais importante a acontecer em muito tempo. É muito racional continuar investindo agora”, afirmou.
O CEO acredita que a sociedade não vai se arrepender desse esforço, embora reconheça que algumas avaliações de startups são “insanas” e frutos de “comportamento irracional”. “Alguém vai sair queimado nisso”, disse.
<h2>Possível abertura de capital</h2>
Parte da estratégia para viabilizar o financiamento pode incluir uma oferta pública de ações (IPO), embora Altman não tenha dado prazos. Ele admitiu que a OpenAI está passando por uma reestruturação corporativa complexa e afirmou: “Provavelmente teremos que abrir capital algum dia”.
<h2>Desafios com o GPT-5</h2>
O encontro com jornalistas também abordou o lançamento conturbado do GPT-5, que recebeu críticas mistas e gerou insatisfação entre usuários. “Acho que estragamos algumas coisas no lançamento. Aprendemos a lição sobre o que significa atualizar um produto para centenas de milhões de pessoas de uma só vez”, disse Altman.
Ele ainda comentou sobre o crescimento rápido do ChatGPT, a possibilidade de criptografar conversas para maior privacidade e o interesse em adquirir o navegador Chrome, caso a Justiça obrigue o Google a se desfazer dele.

ChatGPT: Sam Altman prevê investimento de trilhões de dólares em infraestrutura para IA

247 - A nova geração do ChatGPT, batizada de GPT-5, deve ser lançada ainda em agosto. Segundo o <a href="https://www.infomoney.com.br/consumo/gpt-5-lancamento-agosto-o-que-sabe/">Infomoney</a>, o lançamento estava inicialmente previsto para maio, mas foi adiado. A expectativa é de que a atualização traga avanços significativos no raciocínio da inteligência artificial.
O CEO da OpenAI, Sam Altman, confirmou em postagem na rede X (antigo Twitter) que o novo modelo será disponibilizado “em breve”. De acordo com o site especializado, fontes envolvidas no desenvolvimento da ferramenta detalharam os planos da empresa para a chegada do GPT-5.
Ainda de acordo com reportagem, durante entrevista ao podcast apresentado por Theo Von, Altman contou que a IA foi capaz de resolver uma questão que nem ele mesmo conseguia entender. “Me senti inútil”, comentou o executivo, surpreso com a velocidade da resposta da nova versão.
Segundo as informações obtidas pelo The Verge, o GPT-5 será lançado em três formatos distintos: padrão, mini e nano. As duas primeiras versões estarão disponíveis tanto na interface tradicional do ChatGPT quanto por meio de API — ferramenta que permite a comunicação entre diferentes softwares. Já a versão nano funcionará exclusivamente via API.
Vale destacar que o ChatGPT é a interface de uso do público, enquanto o GPT-5 representa o novo modelo de linguagem por trás da plataforma, com aprimoramentos em desempenho, capacidade de raciocínio e maior “personalidade” nas interações.
Com base na tecnologia chamada o3, o GPT-5 promete melhor compreensão de tarefas complexas. A empresa pretende, com esse avanço, se aproximar do conceito de inteligência artificial geral (AGI), ou seja, sistemas que simulem com fidelidade a capacidade cognitiva humana.
Outra novidade é o lançamento de um modelo de linguagem de código aberto, descrito como “semelhante ao o3 mini”. Esse modelo trará funcionalidades avançadas de raciocínio e poderá ser replicado livremente por qualquer desenvolvedor.
O código-fonte será disponibilizado em plataformas como Azure, Hugging Face e outros provedores de nuvem. A expectativa é de que esse modelo aberto seja lançado antes mesmo do anúncio oficial do GPT-5. Caso se confirme, será a primeira vez que a OpenAI disponibiliza um modelo aberto desde o GPT-2, em 2019.

Paulo Emilio

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OpenAI se prepara para lançar o GPT-5 ainda em agosto

247 - Em uma entrevista concedida ao Financial Times e publicada nesta sexta-feira (9), Sam Altman, CEO da OpenAI, compartilhou visões sobre o desenvolvimento do modelo o3 de <a href="https://www.brasil247.com/search?term=intelig%C3%AAncia+artificialhttps://www.brasil247.com/search?term=intelig%C3%AAncia+artificial">inteligência artificial</a>, os desafios enfrentados pela empresa e suas perspectivas sobre o futuro da IA.
Altman descreveu o modelo o3 como um avanço significativo na busca pela inteligência artificial geral, afirmando: "As pessoas estão dizendo que esta é uma inteligência de nível genial". O modelo apresenta melhorias em raciocínio e geração de imagens, aproximando-se da capacidade de executar tarefas complexas em nome dos humanos.
Apesar dos avanços, <a href="https://www.brasil247.com/search?term=sam+Altman+">Altman </a>reconhece os riscos associados à IA, incluindo a dependência emocional dos usuários e a possibilidade de sistemas autônomos tomarem decisões sem supervisão humana. Ele enfatiza a importância de desenvolver a tecnologia de forma responsável: "O mundo precisa saber sobre isso [IA], o mundo precisa opinar sobre isso, muito fortemente".
A trajetória de Altman na OpenAI não foi isenta de turbulências. Em 2023, ele foi demitido e posteriormente reintegrado após uma crise de governança. Além disso, enfrenta disputas legais com <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Elon+Musk">Elon Musk</a>, cofundador da OpenAI, que o acusa de desviar a empresa de sua missão original.
Altman também compartilhou aspectos de sua vida pessoal, mencionando sua infância no Meio-Oeste dos EUA e sua recente paternidade. Ele expressou otimismo sobre o futuro, dizendo: "Estou abraçando meu bebê, aproveitando meu chá. Vou fazer um trabalho muito empolgante à tarde... Acho que é ótimo. Sou mais capaz. Ele [seu filho] será mais capaz do que qualquer um de nós pode imaginar".

Luis Mauro Filho

Sam Altman, cofundador e CEO da OpenAI, participa de um painel de discussão sobre inteligência artificial na Universidade Técnica de Berlim, em Berlim, Alemanha, em 7 de fevereiro de 2025

Mundo

Sam Altman e o avanço da OpenAI: "é hoje uma inteligência de nível genial"

Leonardo Lucena

Narendra Modi (à esq.) e Nicolás Maduro

'Studio Ghibli' bomba em nível global e ChatGPT ganha 1 milhão de usuários em 1 hora

247 – O CEO da OpenAI, Sam Altman, admitiu que a ascensão da startup chinesa DeepSeek no campo da inteligência artificial aconteceu de maneira surpreendente. Em entrevista ao podcast "Tech Podcast" do jornal britânico The Times, divulgada na última terça-feira (11), Altman reconheceu a qualidade do trabalho da empresa chinesa e afirmou que seu modelo de IA já rivaliza com o ChatGPT. A informação foi originalmente reportada pela agência alemã DPA e <a href="https://www.guancha.cn/internation/2025_02_11_764728.shtml">destacada pelo site chinês Guancha</a>.
"Nós sabíamos que, em algum momento, encontraríamos concorrentes mais fortes e modelos mais avançados. Mas você nunca espera acordar de manhã e ver essa mudança acontecer tão rápido", declarou Altman, destacando que a velocidade com que a DeepSeek emergiu no setor o pegou de surpresa. Ainda assim, ele reforçou que a evolução da inteligência artificial é inevitável e que sua empresa está atenta a esses avanços.
A DeepSeek vem chamando a atenção ao apresentar um desempenho competitivo, com funcionalidades como a demonstração avançada de raciocínio em cadeia e a oferta gratuita em larga escala de seu modelo – aspectos que, segundo Altman, são "claramente o que os usuários esperam". Apesar dos elogios, ele minimizou o impacto das inovações da empresa chinesa para a OpenAI. "Eles fizeram um ótimo trabalho, mas para nós isso não representa uma grande atualização", afirmou.
Outro ponto relevante abordado na entrevista foi o impacto dos custos no desenvolvimento da IA. Ao ser questionado sobre a viabilidade de investimentos massivos em infraestrutura, uma vez que a DeepSeek provou ser capaz de desenvolver inteligência artificial a custos menores, Altman insistiu na importância da continuidade desses aportes. "Acreditamos que isso ainda é essencial", afirmou.
O CEO da OpenAI também revelou que tem uma reunião agendada com representantes da DeepSeek, embora esse encontro não ocorra durante a cúpula de inteligência artificial Paris AI Action Summit, que acontecerá nos próximos dias. Informações divulgadas por veículos de imprensa indicam que o fundador da DeepSeek, Liang Wenfeng, não participará do evento em Paris, permanecendo na China.
A ascensão da DeepSeek ocorre em meio a um cenário de crescente competição global na corrida pela inteligência artificial. Durante a cúpula de Paris, debates sobre segurança e regulamentação devem ganhar destaque, com preocupações específicas sobre o avanço chinês no setor. Altman reconheceu que, dada a atual conjuntura geopolítica, é natural que os produtos de inteligência artificial apresentem variações regionais. "Acredito que China e o Ocidente seguirão caminhos distintos, mas todos compartilhamos um interesse comum no desenvolvimento do mundo", pontuou.
Com o crescimento da DeepSeek, a empresa se tornou uma das aplicações mais baixadas globalmente, consolidando-se como um novo protagonista na disputa pela liderança na inteligência artificial. A OpenAI, por sua vez, segue acompanhando de perto essa evolução, ciente dos desafios de se manter na vanguarda do setor.

OpenAI reconhece avanço da DeepSeek e admite surpresa com rapidez do concorrente

247 – A recente declaração de Sam Altman, CEO da OpenAI, marcou um momento significativo para o setor de inteligência artificial (IA). Segundo o Wall Street Journal, Altman admitiu em 31 de janeiro que a OpenAI "sempre esteve do lado errado da história" em relação ao software de código aberto. A afirmação veio após o lançamento do modelo de IA da startup chinesa DeepSeek, que está transformando o cenário da indústria ao adotar uma abordagem aberta e acessível, segundo <a href="https://www.guancha.cn/internation/2025_02_01_763811.shtml">reporta o site chinês Guancha</a>.
O impacto do DeepSeek-R1, desenvolvido com um custo significativamente menor que os modelos da OpenAI, acendeu discussões internas na empresa americana. Em uma sessão de perguntas e respostas no Reddit, Altman revelou que o tema da abertura dos modelos de IA está em pauta dentro da OpenAI, embora nem todos os funcionários compartilhem da mesma visão. "Precisamos pensar em uma nova estratégia de código aberto", afirmou o executivo.
O portal VentureBeat destacou que essa mudança de postura sugere uma possível revisão da estratégia da OpenAI, que desde 2015 mantinha o compromisso de divulgar suas pesquisas, mas acabou optando por modelos proprietários alegando riscos de segurança e pressões competitivas.
A crítica a essa abordagem não é nova: Elon Musk, cofundador da OpenAI e agora em litígio com a empresa, foi um dos principais críticos da guinada para o modelo fechado.
O DeepSeek-R1 demonstrou ser um divisor de águas. Treinado em apenas dois meses com um orçamento de 5,5 milhões de dólares e utilizando 2.000 GPUs H800 da Nvidia, o modelo alcançou resultados comparáveis aos das principais IAs americanas, que costumam demandar investimentos muito superiores.
A eficiência do DeepSeek não apenas desafia o modelo de negócios da OpenAI, baseado na exploração de vastos recursos computacionais, mas também evidencia que inovações em algoritmos e arquitetura podem superar o simples aumento da capacidade de processamento.
A ascensão da DeepSeek intensifica a competição no setor, especialmente entre Estados Unidos e China, e levanta questões sobre o futuro da OpenAI. O temor de que desenvolvedores e clientes migrem para soluções mais abertas pode forçar a empresa a reavaliar sua abordagem.
"O DeepSeek é um modelo muito bom", admitiu Altman, destacando que, embora acredite que a OpenAI continuará criando IAs superiores, a vantagem competitiva será menor do que em anos anteriores.
O debate em torno do código aberto na IA está longe de ser apenas técnico. Trata-se de uma discussão sobre o equilíbrio entre inovação, segurança e acessibilidade, com implicações diretas para o futuro da tecnologia e sua governança global.

OpenAI admite erro histórico ao adotar estratégia fechada diante do avanço da DeepSeek

247 – Em um raro elogio a um concorrente, Sam Altman, fundador da OpenAI, reconheceu publicamente os avanços da DeepSeek, startup chinesa que tem chamado a atenção no mercado global de inteligência artificial. Em um tweet publicado ontem, Altman destacou o modelo DeepSeek-R1 como "impressionante", especialmente pelo custo-benefício que oferece. "O R1 da DeepSeek é um modelo impressionante, principalmente pelo que eles conseguem entregar pelo preço. Obviamente, entregaremos modelos muito melhores, e é realmente revigorante ter um novo competidor! Vamos preparar alguns lançamentos", escreveu ele.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">deepseek's r1 is an impressive model, particularly around what they're able to deliver for the price. we will obviously deliver much better models and also it's legit invigorating to have a new competitor! we will pull up some releases.— Sam Altman (@sama) <a href="https://twitter.com/sama/status/1884066337103962416?ref_src=twsrc%5Etfw">January 28, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
O comentário de Altman surge em um momento em que a DeepSeek tem desafiado gigantes da tecnologia, incluindo a própria OpenAI. Como destacado em reportagem recente, a startup chinesa desenvolveu o DeepSeek-R1 com um custo de treinamento de aproximadamente US$ 6 milhões, uma fração do investimento necessário para modelos como o Llama 3.1 da Meta, que custou mais de US$ 60 milhões. Além disso, a DeepSeek tem se destacado por sua eficiência e inovações tecnológicas, como o uso de arquiteturas Mixture-of-Experts (MoE) e técnicas de aprendizado por reforço.
A reação da OpenAI
O elogio de Altman à DeepSeek não veio sem uma promessa de resposta. O fundador da OpenAI deixou claro que a empresa está preparando novos lançamentos para manter sua posição de liderança no mercado. "Obviamente, entregaremos modelos muito melhores", afirmou ele, sugerindo que a OpenAI não pretende ceder espaço para a concorrência.
A declaração de Altman reflete a crescente pressão que a DeepSeek tem exercido sobre as grandes empresas de tecnologia. Recentemente, o sucesso do DeepSeek-R1 e de seu assistente de IA levou a uma queda nas ações de gigantes como Nvidia, Microsoft e Meta, além de impactar os futuros do Nasdaq. A capacidade da startup chinesa de desenvolver modelos de ponta com custos significativamente menores tem forçado as empresas ocidentais a repensarem suas estratégias.

Fundador da OpenAI elogia chinesa DeepSeek e promete reagir

247 – A OpenAI, criadora do ChatGPT, está em processo de reestruturação para se tornar uma "benefit corporation" com fins lucrativos, removendo o controle da entidade sem fins lucrativos que atualmente supervisiona sua subsidiária lucrativa. A informação foi obtida com exclusividade pela agência de notícias Reuters através de fontes internas familiarizadas com o processo.
A mudança é parte de um esforço para tornar a empresa mais atraente para investidores, ao mesmo tempo em que mantém a missão de desenvolver inteligência artificial (IA) que beneficie a sociedade. Conforme revelado, Sam Altman, CEO da OpenAI, pela primeira vez receberá participação acionária na empresa, que pode atingir uma valorização de US$ 150 bilhões após a reestruturação.
"Continuamos focados em desenvolver IA que beneficie a todos e estamos trabalhando com nosso conselho para garantir que estamos na melhor posição para cumprir nossa missão. A entidade sem fins lucrativos permanece central à nossa missão e continuará a existir," disse um porta-voz da OpenAI em resposta às mudanças estruturais.
Transformação significativa
Fundada em 2015 como uma organização sem fins lucrativos de pesquisa em IA, a OpenAI introduziu a OpenAI LP, uma subsidiária com fins lucrativos, em 2019, captando recursos significativos da Microsoft. Com o lançamento do ChatGPT em 2022, a empresa ganhou atenção global, atraindo mais de 200 milhões de usuários ativos semanais. O sucesso acelerou a valorização da empresa, que saltou de US$ 14 bilhões em 2021 para o montante astronômico discutido no novo processo de reestruturação.
A proposta de governança, que foi inicialmente relatada pela Reuters, indica mudanças substanciais no modelo de controle da OpenAI. O conselho sem fins lucrativos, que até agora detém o poder decisório, será substituído em suas atribuições, deixando a empresa livre para operar de maneira semelhante a outras startups de tecnologia. Ainda não se sabe quando a reestruturação será finalizada, pois o processo está sendo ajustado junto a advogados e acionistas.
Implicações para o futuro da IA
Embora a mudança seja vista como um movimento para atrair mais investimentos e expandir as capacidades da OpenAI, ela também traz preocupações sobre o controle ético do desenvolvimento da inteligência artificial. A estrutura anterior da OpenAI foi criada com o objetivo de assegurar que a busca pela "AGI segura" (Inteligência Geral Artificial) permanecesse sob controle ético, evitando que os interesses financeiros superassem as preocupações de segurança.
Este ponto ganhou atenção especial no final de 2023, quando o conselho sem fins lucrativos destituiu Altman temporariamente devido a "uma quebra de comunicação e perda de confiança." Altman foi reintegrado ao cargo após cinco dias, com forte apoio de funcionários e investidores.
Liderança em transformação
A reestruturação ocorre também em meio a uma série de mudanças na liderança da OpenAI. Recentemente, a CTO Mira Murati anunciou sua saída repentina da empresa, enquanto Greg Brockman, presidente da OpenAI, está em licença temporária.
A nova estrutura organizacional da OpenAI pode espelhar a de seus principais concorrentes, como a Anthropic e o xAI de Elon Musk, ambas registradas como "benefit corporations" — entidades lucrativas que buscam promover responsabilidade social e sustentabilidade, além de lucro.
Com a reformulação, Altman, que já é bilionário devido a seus investimentos anteriores, finalmente receberá uma participação direta na OpenAI, algo que ele havia evitado para assegurar que o conselho sem fins lucrativos permanecesse imparcial.
A OpenAI segue sendo um ponto de atenção central tanto para investidores quanto para a comunidade de IA, à medida que navega entre os desafios de equilibrar sua missão ética e suas ambições de mercado.

Ilustração com os logos da OpenAI  e do ChatGPT

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