247 – A engenheira Magda Chambriard, que neste sábado (24) completa um ano na presidência da Petrobras, afirmou que a sustentabilidade da companhia depende diretamente da continuidade da exploração de petróleo, especialmente na Margem Equatorial. Em <a href="https://valor.globo.com/empresas/noticia/2025/05/23/nao-existe-futuro-para-uma-empresa-de-petroleo-sem-exploracao-diz-chambriard.ghtml">entrevista</a> publicada pelo Valor Econômico, ela destacou: “Não existe futuro para uma empresa de petróleo sem exploração”.
Chambriard explicou que a Petrobras está plenamente preparada para iniciar as operações na Margem Equatorial, com um plano de emergência robusto, estruturado para lidar com qualquer eventualidade em águas profundas e ultraprofundas. “Estamos ofertando lá [no Pará e Amapá] o maior plano de emergência individual já visto para águas profundas e ultraprofundas”, disse. Segundo ela, a expectativa pela licença ambiental é positiva, embora o cronograma dependa das vistorias do Ibama.
A executiva reforçou que a estatal não vê obstáculos técnicos à autorização e que tem cumprido todas as exigências regulatórias. “Se a Petrobras, que é a maior empresa do país, não conseguir cumprir as condicionantes, quem é que vai cumprir?”, questionou.
<h2>Combate à desinformação</h2>
Um dos pontos mais destacados por Chambriard foi o que ela chamou de “confusão” criada pelo nome “Foz do Amazonas”, levando a uma percepção equivocada da localização dos poços. “Não estamos querendo furar na Amazônia, na beira do rio. O nível de desinformação é muito grande. A área que estamos pretendendo furar fica a 540 quilômetros da ilha do Marajó”, esclareceu.
Ela comparou essa distância à do pré-sal em relação à costa do Rio de Janeiro e defendeu a reputação técnica da Petrobras: “Se a gente confia na Petrobras para perfurar no pré-sal, em frente a Angra dos Reis, por que não confiar para perfurar no Amapá?”.
<h2>Matriz limpa</h2>
Durante uma palestra nos Estados Unidos, Chambriard usou a expressão “let’s drill, baby”, popularizada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e foi criticada por setores ambientais. Ela explicou que a frase foi dita num contexto de incentivo ao desenvolvimento regional e redução de custos. “Eu estava ali olhando para o governador do Amapá e disse: ‘Governador, nós temos aqui a obrigação de olhar o potencial do Brasil, o potencial do Amapá. Então, let's drill, baby’”.
Questionada sobre a exploração de petróleo em meio à realização da COP30 no Brasil, Chambriard afirmou que o país já lidera no uso de energias renováveis e que é possível equilibrar a exploração com a sustentabilidade. “O mundo almeja chegar a 2050 com 39% da matriz energética renovável. O Brasil tem hoje 53%. Queremos chegar a 64%”, argumentou.
Ela também esclareceu que o plano de investimentos da Petrobras ampliou a fatia de recursos voltada a energias renováveis, subindo de 11% para 15%, com ênfase em biocombustíveis como etanol, biodiesel e diesel verde.
<h2>Reposição de reservas e expansão internacional</h2>
Chambriard afirmou que a empresa tem planos para perfurar oito poços na bacia da Margem Equatorial, sendo um inicial e sete sob uma licença conjunta. Ela defendeu a ampliação da exploração para garantir a reposição de reservas e sustentação da balança comercial. “O petróleo é hoje o primeiro produto de exportação brasileiro. Pagamos R$ 270 bilhões em tributos em 2024. Temos que explorar mais, repor reservas”, defendeu.
A presidente também revelou que a Petrobras avalia oportunidades na margem atlântica africana, aproveitando sua experiência em águas profundas.
<h2>Privatizações, Braskem e ativos</h2>
Sobre a Braskem, Chambriard negou qualquer intenção de estatização, mas reiterou o interesse da Petrobras na empresa. “Queremos uma Braskem lucrativa. Daremos todo o suporte, porque é nossa obrigação societária”. Ela também confirmou que o Polo Bahia permanece à venda, mas condicionou a operação à viabilidade econômica.
Ao ser questionada sobre um possível retorno à refinaria de Mataripe, descartou por ora a hipótese: “Gosto de comprar negócios que deem lucro e tenham sinergias”.

Redação Brasil 247

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Economia

Magda Chambriard defende exploração segura na Margem Equatorial e diz que futuro da Petrobras depende da reposição de reservas

247 - Em entrevista exclusiva à jornalista Hildegard Angel, da TV 247, a presidenta da Petrobras, Magda Chambriard, reforçou a importância estratégica da exploração de novas áreas de petróleo, como a Margem Equatorial, para garantir a sustentabilidade da empresa e da matriz energética brasileira.&nbsp;
Chambriard destacou que o país precisa estar preparado para o cenário pós-pico do pré-sal. “O que nós estamos dizendo é que em 2050 ainda estaremos produzindo petróleo e o petróleo ainda será importante para a nossa matriz energética”, afirmou. Segundo ela, o desenvolvimento do pré-sal deve atingir seu pico entre 2030 e 2032. A partir de então, a produção entra em declínio, o que pode comprometer a capacidade do Brasil de atender à demanda interna e manter os atuais níveis de exportação.
“Não é que a produção acabe, mas ela começa a declinar. E, se não houver um esforço muito grande em termos de reposição de reservas, deixaremos de suprir o mercado brasileiro como fazemos hoje, além de perder força na balança comercial”, alertou.
Chambriard foi categórica ao afirmar que a sobrevivência de uma petroleira está diretamente ligada à sua capacidade de explorar novas reservas: “Não existe futuro para uma empresa de petróleo sem exploração. Isso é algo que tenho dito com frequência — inclusive para os nossos investidores”, frisou. Assisa:
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Entrevistas

“Não existe futuro para a Petrobras sem novas reservas, como as da Margem Equatorial”, diz Magda Chambriard

247 - O preço do ouro alcançou uma marca histórica nesta segunda-feira (21), com uma alta de 0,4%, atingindo US$ 2.732,45 (R$ 15.611,85) por onça troy (cerca de 31,1 gramas) no início do pregão em Londres. O valor representa um ganho de 40% em relação ao mesmo período do ano anterior. As informações, segundo a <a href="https://noticiabrasil.net.br/20241021/ouro-atinge-recorde-historico-com-cortes-de-juros-e-tensoes-no-oriente-medio-37012148.html">Sputnik</a>, foram divulgadas pelo Financial Times (FT), que atribui esse aumento à combinação de tensões geopolíticas e expectativas em torno das políticas monetárias dos principais bancos centrais.
A instabilidade provocada pela guerra no Oriente Médio e a incerteza quanto ao resultado das eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para o próximo mês, têm elevado a demanda por ouro, considerado um ativo de refúgio seguro em tempos de crise.&nbsp;
Além disso, a expectativa de novos cortes nas taxas de juros norte-americanas, especialmente com a próxima reunião da Reserva Federal dos EUA (Fed) programada para os dias 6 e 7 de novembro, tem incentivado os investidores a buscarem o metal precioso. Dada a natureza do ouro, que não rende juros, seus preços tendem a ser favorecidos em um cenário de queda nas taxas.
Embora o preço elevado tenha prejudicado a demanda física por ouro, especialmente no mercado chinês, a aquisição de reservas por bancos centrais têm aumentado. Este movimento é motivado pelo desejo de diversificar suas reservas e reduzir a dependência do dólar americano. Desde o verão do Hemisfério Norte, investidores ocidentais também têm se voltado para o ouro, resultando em cinco meses consecutivos de entradas significativas em fundos negociados em bolsa (ETFs) lastreados em ouro, de maio a setembro.
Além das questões geopolíticas e econômicas, a incerteza política gerada pelas eleições nos EUA impactou diretamente também o mercado da prata, que atingiu seu maior preço em quase 12 anos. Especialistas apontam que o metal, utilizado em eletrônicos e células fotovoltaicas, tem sido impulsionado pela busca de segurança dos investidores diante das flutuações do mercado.

Tag: reservas

Magda Chambriard defende exploração segura na Margem Equatorial e diz que futuro da Petrobras depende da reposição de reservas

“Não existe futuro para a Petrobras sem novas reservas, como as da Margem Equatorial”, diz Magda Chambriard

Ouro atinge alta histórica em meio a tensões geopolíticas e cortes de juros

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