<p><b>247 – </b>O jornalista Leonardo Attuch, editor-responsável do Brasil 247, concedeu entrevista ao canal <b>Reflexões Contemporâneas</b>, do comunicador Adriano Felipe, em que analisou a ascensão da China como potência global e o papel estratégico da comunicação no país.</p>
<p>Durante o bate-papo, Attuch ressaltou que o segredo da transformação chinesa está no Partido Comunista, que garante estabilidade política e planejamento de longo prazo. <i>“O segredo da China se chama Partido Comunista da China. Essa é a espinha dorsal do sistema”</i>, afirmou, destacando que a meritocracia real aplicada no país evita a chegada de líderes populistas ou aventureiros ao poder.</p>
<h2>Comunicação como instrumento de unidade</h2>
<p>Um dos pontos mais marcantes da conversa foi a análise sobre a mídia chinesa. Attuch observou que, ao contrário do modelo brasileiro, dominado por conglomerados privados, a comunicação na China é tratada como questão pública.</p>
<p><i>“Aqui nunca vai existir uma Rede Globo, uma Folha de S. Paulo ou uma imprensa golpista. A comunicação é tratada como função social, para construir consensos e não dividir a sociedade”</i>, disse. Para ele, o objetivo é garantir a coesão nacional em torno do desenvolvimento e da estabilidade, em vez de estimular conflitos políticos e polarizações.</p>
<p>O jornalista acrescentou ainda que, em sua experiência, encontrou profissionais entusiasmados com o exercício da profissão. <i>“Eu vejo muito mais gente frustrada com jornalismo no Brasil do que na China”</i>, afirmou.</p>
<h2>Socialismo com características chinesas</h2>
<p>Na entrevista, Attuch também explicou que a China aplica um modelo próprio de desenvolvimento: <i>“É o socialismo com características chinesas, um sistema voltado para o bem comum, mas que utiliza elementos de mercado”</i>.&nbsp;</p>
<p>Ele destacou ainda a infraestrutura do país como exemplo da capacidade de planejamento estatal aliado à competição de mercado: <i>“Hoje a China tem disparado a melhor infraestrutura do planeta”</i>.</p>
<h2>Rivalidade global e futuro</h2>
<p>Questionado sobre a rivalidade entre China e Estados Unidos, Attuch ressaltou que o país asiático não busca confronto direto, mas não aceita imposições externas. <i>“Eles não querem confrontação, mas também não vão abaixar a cabeça”</i>, observou.</p>
<p>Sobre o tema de Taiwan, ele enfatizou que se trata de uma questão central e inegociável para os chineses, que trabalham para reduzir a dependência tecnológica e fortalecer sua autonomia produtiva. Assista:</p>
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Redação Brasil 247

Leonardo Attuch discursa no Fórum de Mídia e Think Tanks do Sul Global

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