247 - A crescente preocupação com as mudanças climáticas coloca em evidência a importância de ações cada vez mais sustentáveis que possam ajudar a reduzir os impactos ambientais. Entre elas, a reciclagem se mostra uma das ferramentas mais eficazes para diminuir a emissão de gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global.
A siderurgia é um dos exemplos mais significativos dentro deste contexto, já que ao reciclar latas de aço evita-se a extração desnecessária de minérios, processo altamente intensivo em energia e responsável por grandes emissões de CO₂. A reciclagem do aço reduz consideravelmente as emissões, reforçando o papel do reaproveitamento no combate às mudanças climáticas e contribuindo no processo de descarbonização.
De acordo com a <a href="https://www.prolata.com.br/">Prolata Reciclagem</a>, entidade gestora para logística reversa de latas de aço, cada tonelada de aço reciclada representa a preservação de recursos naturais, economia de energia e a diminuição da poluição. “A reciclagem do aço é um ciclo de ações benéficas. Além de dar vida nova às embalagens pós-consumo, ela contribui diretamente para a redução da pegada de carbono da cadeia produtiva, favorecendo o meio ambiente e a sociedade como um todo”, afirma Thais Fagury, presidente-executiva da Prolata Reciclagem.
Além do benefício ambiental, a reciclagem tem um importante impacto social positivo, fortalecendo cooperativas de catadores e gerando renda para milhares de famílias em todo o país.
Com mais de 322 mil toneladas de embalagens de aço encaminhadas para reciclagem desde sua fundação, a Prolata reforça seu compromisso com a economia circular e com a luta contra as mudanças climáticas. “Ao escolher o descarte correto das embalagens, o consumidor se torna parte ativa de uma cadeia que ajuda a construir um futuro mais sustentável”, completa Thais.

Guilherme Levorato

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Brasil Sustentável

Entenda como a reciclagem contribui para a redução dos gases de efeito estufa

Por Elaine Patricia Cruz, repórter da Agência Brasil - Um delivery de reciclagem para os moradores do Pelourinho é a proposta lançada pela startup baiana de impacto socioambiental Solos, dentro da programação da Festa Literária Internacional do Pelourinho, a Flipelô.
Com um espaço situado no Terreiro de Jesus, no centro histórico de Salvador, a startup aproveita a maior festa literária da Bahia para explicar aos moradores e comerciantes do Pelourinho como o projeto funciona. Basta separar o lixo dentro de casa ou do seu comércio e ligar para o telefone (71) 99957-8803 para que um triciclo elétrico passe em seu endereço para recolher o lixo. O agendamento dessa coleta também pode ser feito pelo <a href="https://alimentesolos.rds.land/roda-salvador" target="_blank">site</a>
Chamado de Roda, o projeto ainda funciona como um piloto e será realizado até dezembro. O programa alinha logística urbana, promoção da reciclagem e inclusão social de catadores.
“Essa iniciativa do Roda é um projeto-piloto em parceria com a prefeitura de Salvador e que está acontecendo aqui no centro histórico inicialmente, mas com a pretensão de, quem sabe, chegar em mais espaços”, diz Olga Rocha, engenheira sanitária ambiental.
“A ideia é fazer justamente uma iniciativa aqui de coleta seletiva porta a porta, com um veículo de baixa pegada de carbono, que no caso é um tuktuk elétrico. Esse veículo vai nas casas das pessoas que fizerem o agendamento. E aí se combina o dia e o horário para que uma pessoa da cooperativa passe lá para buscar esse resíduo”, explica.
Depois que esse lixo é coletado na casa ou no comércio do Pelourinho, ele é separado dentro da cooperativa Crun e enviado para a indústria, onde é reciclado, podendo, por exemplo, se transformar em novos livros.
Segundo Laura Carvalho, da cooperativa Crun, diversos materiais podem ser reciclados, tais como plástico, alumínio e papel. Mas eles não podem estar sujos com material orgânico.
<blockquote>“Não pode ir material orgânico ou material sujo porque ele acaba contaminando o restante do material que possa estar limpo. Se juntar [ambos os materiais], isso acaba contaminando o material todo e ele vai precisar ser descartado”, argumenta.</blockquote>
<h2>Geração de renda</h2>
Além da questão da sustentabilidade, um dos fatores importantes desse projeto é a geração de renda para os catadores e membros das cooperativas.
“Essa rodada vai até dezembro e aí a gente vai analisar os indicadores de sustentabilidade e de resultado e fazer uma avaliação sobre a sustentabilidade real do projeto. E quando a gente fala de sustentabilidade, a gente está falando de fatores sociais, fatores ambientais, mas fatores econômicos também”, assegura Olga. “Isso ajuda a gerar rendas porque a gente está dando mais empregos para as pessoas e gerando trabalho. E o pessoal da comunidade vai se engajando”, ressalta.
<h2>Outros projetos no Terreiro de Jesus</h2>
No ano em que o Brasil vai receber a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Conferência das Partes ou COP 30), a Flipelô criou um espaço no Terreiro de Jesus voltado para questões de sustentabilidade. Além do Roda, outros projetos sustentáveis também estão sendo apresentados neste espaço ao ar livre, para que a população e os turistas que participam da festa literária também passem a discutir esse tema.
“Ali no Terreiro de Jesus, que é um espaço bem emblemático [para a cidade] e onde as pessoas estão de passagem, temos um projeto chamado Recicle um livro, que é a troca de livros usados, e também um espaço para doação de mudas. Essa pauta [sobre sustentabilidade] tem que estar sempre na roda, já que este é um evento literário em que a gente consome produtos que precisam ser descartados com responsabilidade”, destaca Angela Fraga, presidente da Fundação Casa de Jorge Amado, instituição responsável pela realização da Flipelô.
Um dos projetos que também está sendo apresentado neste espaço é o Circule um Livro, desenvolvido pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) e pela Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf).
Esse programa visa promover a troca gratuita de livros, estimular o conhecimento, a leitura e a economia circular. Na festa literária do ano passado, quando também esteve presente, o Circule o Livro foi responsável pela circulação de mais de 500 livros.
“Circule um livro é um projeto em que a gente estimula, em primeiro lugar, a circularidade do livro, circular livros que estejam em boas condições de uso. Trata-se daquele livro que você não quer mais e que está em casa ou daquele que você ainda gosta, mas você acredita que outra pessoa tenha o direito e o prazer de lê-lo”, assegura Yara Vasku, coordenadora de comunicação e projetos da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf).
<blockquote>“É um projeto que acontece o ano inteiro aqui na Bahia. A gente recebe livros de doação, mas as pessoas também podem vir aqui pegar livros que sejam de seu interesse”, destaca Yara.</blockquote>
Os livros que estão em boas condições podem ser utilizados por outras pessoas. Já os que não estão são encaminhados para reciclagem. “Queremos, com isso, estimular mais a leitura, a disseminação do conhecimento e o acesso. Muita gente que vem aqui no projeto não tem condições de comprar um livro. E a gente também aproveita para falar sobre a economia circular e sobre a importância da reciclagem”, explica Yara.
<h2>Loja de Inconveniências</h2>
Também ali no Terreiro de Jesus foi instalada uma loja. Com aparência de um comércio comum e repleta de embalagens, essa loja é, na verdade, uma instalação que convida o público a refletir sobre o descarte de materiais.
Chamada de Loja de Inconveniências Nada Verdes, o projeto se inspira em outro que ocorreu em São Paulo tendo como foco o combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes.
“A loja é, na verdade, uma proposta para a gente poder repensar os nossos hábitos de consumo. A nossa proposta é repensar a quantidade de material que a gente usa e qual a destinação que damos para eles”, opina Bárbara Portela, coordenadora desse espaço.
Nessa loja de inconveniência também ocorrerão palestras e distribuição de mudas. “Aqui há várias informações sobre espécies animais e vegetais que são totalmente impactadas [pelo descarte incorreto de materiais] e sobre o tempo que leva para a decomposição de cada material. Esse é um lugar de informação e para repensarmos sobre o descarte”, acrescenta Bárbara.
A Flipelô vai até domingo (10) no centro histórico de Salvador, com programação inteiramente gratuita. Mais informações sobre a festa literária e toda sua programação podem ser obtidas no <a href="https://flipelo.com.br/" target="_blank">site</a>
*A equipe da Agência Brasil viajou a convite da Motiva, patrocinadora e parceira oficial de mobilidade da Flipelô 2025

Flipelô propõe coleta seletiva e descarte de livros em Salvador

247 - Um projeto inovador da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, em colaboração com a Receita Federal do Brasil (RFB), está dando novo destino a produtos apreendidos. A iniciativa, que compõe o programa Além do Horizonte, da Receita Federal, reaproveita equipamentos como cigarros eletrônicos e TV Box ilegais para construir robôs educacionais com múltiplas funcionalidades. A proposta une tecnologia, responsabilidade ambiental e inclusão social.
A iniciativa é coordenada pelo professor Alexandre Brandão, do Departamento de Engenharia Elétrica, e foi desenvolvida no Núcleo de Especialização em Robótica (NERo). A equipe de alunos e professores reaproveitou baterias de lítio de cigarros eletrônicos e componentes de TV Box para montar robôs com esteiras motorizadas, controle remoto por Wi-Fi, transmissão de imagens em tempo real e capacidade de desviar de obstáculos de forma autônoma.
Inovação com impacto real - O sistema de controle foi reprogramado para permitir comunicação entre o robô e o computador do usuário, possibilitando comandos remotos de direção e operação. O projeto já atingiu o nível TRL 8 (Technology Readiness Level), o que demonstra que pode funcionar plenamente em ambientes reais — um indicativo de maturidade tecnológica avançada.
Na quarta-feira (16), servidores da Receita Federal visitaram a universidade para conhecer o projeto de perto. A apresentação mostrou como itens antes considerados lixo eletrônico podem ser convertidos em ferramentas pedagógicas de alto valor, reforçando o papel social da ciência e da educação pública.
“O projeto mostra como a universidade pode transformar desafios em soluções de impacto social”, declarou o reitor da UFV, Demetrius David da Silva. Segundo ele, a aproximação entre as duas instituições vem sendo construída desde 2021: “encontramos acolhida e compreensão por parte da Receita Federal, reforçando o papel estratégico da universidade na sociedade brasileira”.
Tecnologia aberta e replicável - Todo o desenvolvimento dos robôs — da programação ao teste em campo — foi documentado em vídeo e está disponível no canal do NERo no YouTube. A UFV incentiva outras instituições a replicarem o modelo gratuitamente, ampliando o alcance do conhecimento gerado.
Para o professor Alexandre Brandão, a parceria com a Receita Federal é apenas o começo: “estamos abertos a novos desafios e prontos para reutilizar outros equipamentos apreendidos, gerando inovação e cidadania por meio da educação e da tecnologia”.
A ação conjunta reafirma o compromisso das instituições públicas com a educação transformadora, a promoção da cidadania fiscal e a sustentabilidade. O projeto não apenas reduz o descarte de resíduos eletrônicos, como também estimula o desenvolvimento científico em escolas e universidades, contribuindo para um futuro mais inclusivo e tecnologicamente acessível.

Universidade e Receita Federal reaproveitam mercadorias apreendidas para criar robôs educacionais

247 - O arroz, um dos alimentos mais presentes na mesa do brasileiro,também é símbolo de avanço ambiental e social. A Ambipar, líder global em soluções sustentáveis, e a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) firmaram uma parceria para ampliar a reciclagem das embalagens plásticas utilizadas pelo setor industrial orizícola no país.
A iniciativa vai muito além do cumprimento das exigências legais. Com a implementação de um sistema completo de logística reversa, as embalagens ganham um novo destino, e o Brasil dá mais um passo rumo a uma economia circular robusta. O projeto será operacionalizado por meio do selo Circular Pack, que garante rastreabilidade de ponta a ponta, desde a coleta até a destinação final, além de estimular ações de educação ambiental e inclusão produtiva.
“A parceria com a Ambipar tem por objetivo disponibilizar uma solução adicional de logística reversa de embalagens à indústria orizícola. É mais uma das iniciativas sustentáveis adotadas pelo setor, que também investe no tratamento de água e efluentes, gera energia limpa a partir da casca de arroz e já reduziu, em mais de 30%, as emissões de metano nos últimos 15 anos”, ressalta o presidente da Abiarroz, Renato Franzner.
Para Felipe Nassar Cury, head de Pós-Consumo da Ambipar, o projeto com a Abiarroz mostra como é possível transformar responsabilidade ambiental em oportunidade de impacto positivo. “Acreditamos que a logística reversa pode ir muito além da obrigação legal. É uma estratégia poderosa para gerar valor ambiental, econômico e social. A parceria com a Abiarroz reforça nosso compromisso em transformar desafios da reciclagem em oportunidades sustentáveis, estruturando a cadeia de ponta a ponta e fortalecendo cooperativas regionais”, afirma.
O foco da parceria são as embalagens plásticas flexíveis usadas no empacotamento do arroz, materiais que representam um dos maiores gargalos na reciclagem no Brasil, tanto pelo volume quanto pela dificuldade técnica de reaproveitamento. Para enfrentar esse desafio, a Ambipar tem apostado na estruturação de cooperativas, centros de triagem e programas de coleta seletiva que conectam moradores, comércios e grandes marcas.
Mais do que reciclar, o modelo busca gerar impacto social. Ao criar empregos verdes, promover a inclusão de catadores e estimular a educação ambiental, o Circular Pack transforma resíduos em oportunidade de renda e desenvolvimento. Com atuação nas 27 unidades federativas e mais de 400 empresas já atendidas, o selo também garante conformidade com legislações estaduais e transparência, com auditorias independentes e monitoramento público.
“O grande diferencial dessa parceria está na capacidade de entregar resultados auditáveis e gerar benefícios reais para a cadeia de reciclagem, indo além da simples compra formal de créditos. Promovemos empregos verdes, inclusão social e educação ambiental, com capilaridade nacional e atuação nas 27 unidades federativas”, finaliza Cury.
Sobre a Abiarroz - Fundada em 2009, a Abiarroz tem por objetivo representar o segmento industrial orizícola nacionalmente em seus interesses junto às diversas esferas de poder. Atualmente, representa indústrias e cooperativas filiadas em diversas regiões do Brasil, que, juntas, são responsáveis por cerca de 70% do arroz beneficiado no país.
Por meio do projeto Brazilian Rice, atua na abertura de mercados e promove a imagem do arroz fora do país. Também desenvolve ações voltadas à sustentabilidade da atividade industrial orizícola, com enfoque na interlocução junto a entidades governamentais.
Sobre a Ambipar - A Ambipar é líder global em soluções ambientais e investe e opera projetos de descarbonização, economia circular, transição energética e regeneração ambiental. Fundada em 1995, a companhia atua em 41 países com um amplo portfólio de serviços ambientais, especialmente para recuperação de resíduos e respostas a emergências ambientais. 
Pioneira em diversos produtos e serviços, é referência no mercado em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&amp;I), com mais de 100 soluções de economia circular, mais de 25 patentes e mais de 50 prêmios de inovação nacionais e internacionais. 
Com mais de 23 mil funcionários espalhados pelo mundo e mais de 600 bases operacionais, a empresa possui ações listadas na B3 e na Bolsa de Valores de Nova York. Seu desempenho também é reconhecido pela Standard &amp; Poor’s, que classificou as ações da Ambipar como ações verdes na B3, a bolsa de valores brasileira. 
Para mais informações, acesse: <a href="https://ambipar.com/">https://ambipar.com</a>

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Ambipar e Abiarroz se unem para ampliar reciclagem de embalagens plásticas do setor industrial arrozeiro

247 - A indústria brasileira de reciclagem de Polietileno Tereftalato (PET) registrou o reaproveitamento de cerca de 410 mil toneladas de embalagens em 2024, conforme dados do Censo da Reciclagem do PET no Brasil, realizado pela Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet).
O volume representa um crescimento de 14% em relação às 359 mil toneladas registradas no censo anterior, em 2022, e reforça a tendência de evolução da cadeia, impulsionada por políticas de circularidade, avanços tecnológicos e aumento da conscientização ambiental. O PET pós-consumo continua a ser o material plástico mais reciclado do país, com um índice de reaproveitamento que ultrapassa os 56%, conforme a associação.&nbsp;
Apesar do avanço, o resultado ainda está longe do potencial total de reaproveitamento. A indústria de reciclagem de PET instalada no país opera, em média, com 23% de ociosidade. A Abipet afirma que o percentual pode chegar a picos de até 40% em algumas regiões.
Para a associação, essa limitação está diretamente relacionada à baixa eficiência da coleta seletiva no Brasil, que cobre apenas uma parcela restrita dos centros urbanos. O presidente executivo da entidade, Auri Marçon, alerta que a cadeia produtiva já opera “no seu limite” diante da escassez de matéria-prima reciclável, mesmo com toneladas de embalagens ainda sendo descartadas em aterros ou no meio ambiente.
Gargalos produtivos podem ser sanados com gestão - Para atingir novos patamares de eficiência, a indústria de reciclagem precisa avançar na gestão de processos. A <a href="https://www.nomus.com.br/erpindustrial/">automação industrial com ERP </a>é apresentada como alternativa para superar gargalos produtivos.
De acordo com informações da Nomus, empresa que atua no desenvolvimento de softwares para indústrias, a introdução desses sistemas ajuda a otimizar a operação, reduzir perdas e também permite o planejamento da demanda.&nbsp;
Esse tipo de sistema também facilita o cumprimento das exigências da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e das metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares), como a obrigatoriedade de reciclagem de ao menos 30% das embalagens até o final de 2025 e 50% até 2040.
Além da tecnologia, ferramentas comuns do dia a dia seguem como necessárias para a operação. É aí que se entende, na prática, <a href="https://www.nomus.com.br/blog-industrial/planilha-de-controle-de-producao/">para que serve a planilha de controle de produção</a>: ela funciona como um instrumento básico para registrar volumes processados, calcular perdas, identificar gargalos e acompanhar a produtividade diária.&nbsp;
Políticas públicas e incentivos fortalecem a logística reversa - O avanço da reciclagem de PET no Brasil ocorre em meio a um arcabouço regulatório que busca criar condições para que mais embalagens sejam coletadas e reaproveitadas. A PNRS estabelece a logística reversa como instrumento para assegurar o fluxo adequado de materiais pós-consumo.
Essas metas não se limitam ao papel. As portarias publicadas em 2024, como GM/MMA nº 1.011 e 1.102, impõem critérios mais rigorosos para a qualificação de entidades gestoras e verificadores. Também exigem presença nacional progressiva, capacidade técnica comprovada e sistemas eletrônicos de informação.
Além disso, o Decreto nº 11.413/2023 criou os Certificados de Crédito de Reciclagem de Logística Reversa (CCRLR), os Certificados de Estruturação e Reciclagem de Embalagens (CERE) e os Certificados de Crédito de Massa Futura, instrumentos que atribuem valor econômico direto ao material reciclado. O objetivo é tornar a venda de PET pós-consumo mais atrativa, sobretudo para catadores e cooperativas.&nbsp;
Inovação tecnológica e parcerias impulsionam o setor - O cenário brasileiro de reciclagem de PET também se beneficia de investimentos em tecnologia e de parcerias que visam elevar a qualidade e a escala da produção de resina reciclada (rPET). A Valgroup, maior recicladora de plásticos da América Latina, processa atualmente 145 mil toneladas de RPET anualmente no Brasil, México e Espanha.
Em 2024, a empresa adquiriu a operação de reciclagem de 3 Rios Fibras e Resinas, em Poços de Caldas (MG), com o compromisso de ampliar sua capacidade de produção de RPET de grau alimentício por meio do sistema bottle-to-bottle, que já responde por 37% do PET reciclado no país.&nbsp;
A aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso desse rPET em contato direto com alimentos, obtida pela Valgroup em 2008, garante às indústrias de bebidas a confiança necessária para reduzir a dependência de resina virgem.&nbsp;
No mesmo ritmo, o ALPLA Group anunciou, em janeiro deste ano, a ampliação de sua unidade brasileira para incluir processamento de HDPE, somando esforços para diversificar o leque de materiais recicláveis no país. A empresa conta com capacidade instalada de reciclagem de, aproximadamente, 389 mil toneladas de PCR (plástico pós-consumo) em sua rede internacional.

Brasil recicla 410 mil toneladas de embalagens pets

247 - Na Semana do Meio Ambiente, o Brasil reforça ao mundo que sustentabilidade no campo não está apenas no discurso, mas na prática. E um dos melhores exemplos dessa transformação concreta é o Sistema Campo Limpo, o programa nacional de logística reversa de embalagens vazias e sobras pós-consumo de defensivos agrícolas. Presente em todos os estados do país e no Distrito Federal, o Sistema reúne agricultores, indústria, canais de distribuição, recicladoras e poder público em uma atuação conjunta que garante a destinação ambientalmente correta desses resíduos no meio rural.&nbsp;
Só em 2024, o Sistema superou sua meta anual em 29%, ao destinar corretamente 68,5 mil toneladas de embalagens. A operação conta com 411 unidades de recebimento e mais de 4 mil ações itinerantes, mobilizando 18 mil caminhões em todo o território nacional, incluindo regiões remotas e pequenos produtores. Desde sua criação, em 2002, já são mais de 800 mil toneladas de embalagens retiradas do meio ambiente.&nbsp;
“O mais importante é mostrar desde cedo, nas escolas, como a agricultura pode ser sustentável. As crianças aprendem e repassam para os pais. Isso muda a mentalidade no campo”, afirma Gervasio Kamitani, produtor rural desde 1982 e presidente da Copasul (MS), cooperativa que foi pioneira na instalação de uma central de recebimento no município de Naviraí em 2018.&nbsp;
A fala de Gervasio traduz o que está no centro do programa: educação ambiental e responsabilidade compartilhada entre todos os elos da cadeia agrícola.&nbsp;
Mais que números: impacto ambiental, social e educativo - O sucesso do Sistema Campo Limpo é também um exemplo de como é possível gerar transformação ambiental, social e educativa em larga escala, com impacto direto nas comunidades e no meio ambiente.&nbsp;
Um dos destaques nesse sentido é o Programa de Educação Ambiental (PEA) Campo Limpo, que, desde 2009, já envolveu 2,8 milhões de pessoas em todo o país. Em 2024, foram 294 mil alunos participantes de atividades práticas, oficinas e conteúdos educativos sobre conservação ambiental, uso correto de defensivos e descarte adequado das embalagens. Essa atuação ajuda a formar novas gerações mais conscientes e comprometidas com a sustentabilidade, multiplicando o alcance do Sistema para além das propriedades rurais.&nbsp;
Esse compromisso com a sustentabilidade se traduz também em resultados ambientais expressivos. Em 2024, a destinação correta das embalagens evitou a emissão de 1,05 milhão de toneladas de CO₂e, que seria o mesmo que plantar 7,5 milhões de árvores. Hoje, 100% das embalagens recebidas têm destinação ambientalmente adequada. O material que é reciclado dá origem a 38 produtos homologados, como dutos, cruzetas e novas embalagens para uso agrícola, fechando o ciclo com eficiência e responsabilidade. &nbsp;
O Sistema Campo Limpo mostra que, quando logística, educação e responsabilidade ambiental caminham juntas, o resultado é um legado sustentável que beneficia toda a sociedade.&nbsp;
Semana do Meio Ambiente: juntos por um destino melhor - Comemorada em todo o país entre os dias 1 e 5 de junho, a Semana do Meio Ambiente é uma chamada à ação. O lema do Sistema Campo Limpo, “Juntos por um destino melhor”, reforça o compromisso conjunto de todos os elos da cadeia: indústria, canais de distribuição, produtores rurais, cooperativas, recicladoras e poder público. É por meio da colaboração contínua e da responsabilidade compartilhada que o Sistema transforma a gestão de resíduos em valor para toda a sociedade. &nbsp;
“Sustentabilidade no campo é resultado de consciência e de estrutura. E o Brasil tem ambos. O Sistema Campo Limpo é prova disso”, resume Marcelo Okamura, diretor-presidente do inpEV, entidade que representa a indústria e atua na destinação ambientalmente correta das embalagens vazias no Sistema.&nbsp;
Sistema Campo Limpo - O Sistema Campo Limpo é uma referência mundial em logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Desde o início de sua operação, em 2002, o Sistema já destinou de forma ambientalmente correta mais de 800 mil toneladas de embalagens vazias e sobras pós-consumo em todo o Brasil.&nbsp;
A operação é baseada no princípio da responsabilidade compartilhada entre os elos da cadeia produtiva — indústria, canais de distribuição, agricultores — com o suporte e fiscalização do poder público.&nbsp;
Presente em todo o país, o Sistema conta com 411 unidades de recebimento, mais de 256 associações de revendas e cooperativas, e ações como os Recebimentos Itinerantes, que ampliam o alcance junto aos pequenos produtores. No total, mais de 2 milhões de propriedades rurais são impactadas.&nbsp;
Com o propósito de construir um destino melhor, o Sistema Campo Limpo mobiliza o setor agro para ações sustentáveis, eficientes e de impacto social e ambiental compartilhado.&nbsp;

Semana do Meio Ambiente: Sistema Campo Limpo mostra como o agro brasileiro faz a diferença para o planeta

247 - A crescente preocupação com a preservação ambiental tem levado muitas empresas a repensar suas práticas e produtos. Nesse contexto, a busca por soluções que aliam sustentabilidade e eficiência tornou-se essencial. Comprometida com a redução do impacto ambiental, a Colormaq adota tecnologias que diminuem o consumo de água e energia, mantendo a qualidade e a praticidade de seus eletrodomésticos — como os tanquinhos, que oferecem uma alternativa mais sustentável para o dia a dia.
Os tanquinhos da marca foram desenvolvidos para promover o uso eficiente da água, com ciclos de lavagem otimizados e motores de alta performance. Após cada ciclo, a água pode ser reutilizada em novas lavagens ou em tarefas domésticas, como a limpeza de pisos, contribuindo para a redução do desperdício. Reconhecidos pela economia e eficácia, estão entre os mais sustentáveis do mercado. Além disso, a marca utiliza materiais recicláveis em sua fabricação e adota práticas produtivas que minimizam resíduos, fortalecendo um ciclo de vida mais responsável e alinhado à sustentabilidade.
A durabilidade também é um dos diferenciais dos tanquinhos, que se destacam pela resistência e longa vida útil — reduzindo a necessidade de substituições frequentes e, consequentemente, o impacto ambiental. Produzidos com materiais recicláveis, os produtos refletem o compromisso da marca com práticas sustentáveis em toda a sua cadeia.
Mais do que fabricar eletrodomésticos com menor impacto ambiental, a empresa incentiva práticas de consumo consciente e descarte adequado, promovendo a educação ambiental entre seus consumidores.
Ampliando suas iniciativas ecológicas, a fabricante firmou parceria estratégica com a Ambipar, líder global de gestão ambiental. Com sua expertise, a Ambipar colabora no aprimoramento de processos internos e na expansão de práticas sustentáveis, apoiando a Colormaq no desenvolvimento de soluções que atendem às necessidades dos consumidores e promovem a preservação dos recursos naturais.
“A responsabilidade ambiental é um compromisso real, presente em todas as etapas do nosso processo produtivo. Nossa parceria com a Ambipar reforça essa missão, promovendo práticas como a reciclagem e o descarte consciente de resíduos. Acreditamos que pequenas escolhas geram grandes transformações”, afirma Simone Fonseca, responsável pela área de Meio Ambiente da fabricante.
Essa união representa mais do que a adoção de práticas sustentáveis — simboliza um compromisso genuíno com a transformação da indústria e a conscientização dos consumidores. Integrando tecnologia, inovação e responsabilidade ambiental, a parceria reforça o propósito de oferecer produtos eficientes, alinhados a um consumo mais consciente.
"Na Ambipar, acreditamos que a sustentabilidade é um compromisso compartilhado. Nossa parceria com a Colormaq reforça essa visão, unindo inovação e responsabilidade ambiental para minimizar impactos e promover um futuro mais sustentável. Por meio do descarte consciente e de práticas que reduzem o consumo de recursos naturais, trabalhamos juntos para transformar o mercado, a indústria e incentivar escolhas mais responsáveis. Afinal, cada ação faz a diferença quando o objetivo é preservar o planeta para as próximas gerações", declara Felipe Lagrotta Nassar Cury, head de pós-consumo da Ambipar.
Escolher um tanquinho Colormaq é mais do que uma decisão prática: é um compromisso com a preservação da biodiversidade e com um futuro mais equilibrado. Faça parte dessa mudança e contribua para um planeta melhor.

Redação Brasil 247

Colormaq fortalece compromisso com a sustentabilidade e anuncia parceria estratégica com a Ambipar

Por Matheus Crobelatti*, Agência Brasil - A Bienal do Lixo 2025 começa nesta quarta-feira (21) e vai até domingo (25), no Parque Villa Lobos, em São Paulo. O evento propõe reflexões sobre consumo consciente e soluções sustentáveis a partir de oficinas, mostras de cinema, desfile de moda sustentável e painéis de diálogo.
A programação é gratuita, com <a href="https://www.sympla.com.br/produtor/bienaldolixo" target="_blank">inscrições pelo Sympla</a> e inclui acessibilidade em Libras e audiodescrição.
Na bienal serão expostas duas esculturas de grande porte, uma girafa e um elefante, ao lado de obras de nove artistas brasileiros que trabalham transformando materiais descartáveis em arte.
O evento conta com a participação da ONG Ocean Sole, do Quênia, África, que transforma chinelos descartados nas praias e oceanos em obras de arte, como forma de conscientizar a população da capital Nairóbi sobre a poluição dos oceanos e a ameaça de extinção das tartarugas marinhas.
"Estamos honrados em trazer nossa história para o Brasil. Por meio da arte, destacamos a poluição por resíduos plásticos, protegemos a vida marinha e criamos meios de subsistência sustentáveis", disse Erin Smith, CEO da Ocean Sole.
A bienal vai das 9h às 18h, e o Parque Villa Lobos fica na Avenida Professor Fonseca Rodrigues, 2001, Alto dos Pinheiros, em São Paulo.&nbsp;
O evento é um projeto apresentado pelo Ministério da Cultura e Rabobank, viabilizado pela Lei Rouanet de Incentivo à Cultura.
A programação completa pode ser acessada no <a href="https://www.bienaldolixo.com.br/index.html" target="_blank">site do evento</a>.
*Estagiário sob supervisão de Eduardo Luiz Correia

Começa em São Paulo a Bienal do Lixo 2025

247 - A economia verde tem ganhado destaque no Brasil, com potencial significativo para impulsionar o crescimento econômico e a sustentabilidade industrial. Um estudo realizado pelo Insituto AYA indica que a economia verde pode adicionar até US$ 430 bilhões ao PIB brasileiro até 2030, enfatizando a importância de estratégias de baixo carbono e sustentáveis.
E ainda, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), essa abordagem promove a eficiência no uso de recursos, reduz a degradação ambiental e fomenta empregos sustentáveis.
Neste aspecto, o Brasil possui um exemplo eficaz de economia verde, uma vez que o país recicla, ou melhor, rerrefina cerca de 500 milhões de litros de Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado (OLUC) por ano, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Esse volume significativo não apenas reduz a dependência de óleos básicos de primeiro refino, derivados do petróleo, como também minimiza as emissões de gases de efeito estufa e promove a geração de empregos diretos e indiretos no setor. Em um cenário de crescente preocupação com sustentabilidade e economia circular, o rerrefino se consolida como uma solução estratégica para a indústria e para o meio ambiente.
De forma simplificada, o rerrefino, é um processo que garante a transformação do resíduo e sua reutilização de forma sustentável, permitindo que ele retorne ao mercado com a mesma qualidade de um óleo básico de primeiro refino. Além de contribuir com o meio ambiente, esse processo garante o reaproveitamento da matéria-prima, promovendo um modelo produtivo mais eficiente e sustentável, na prática uma economia verde.
Conheça mais sobre a logística reversa do OLUC - Iniciativas como o rerrefino de óleo lubrificante reforçam esse conceito, demonstrando como a indústria pode adotar práticas responsáveis sem comprometer sua produtividade e inovação.Marcelo Murad, Diretor de Óleos Básicos da Lwart Soluções Ambientais, empresa referência no setor, ressalta a importância do rerrefino para a economia verde: “O trabalho que a Lwart desenvolve na gestão do OLUC tem um papel essencial na economia circular, convertendo um resíduo perigoso em insumo de alta qualidade. Esse modelo sustentável não só reduz o impacto ambiental, como também fortalece a indústria nacional e reduz a dependência de matérias primas importadas. A Lwart está expandindo sua capacidade produtiva em 60%, um investimento significativo aumentar a circularidade do OLUC no Brasil”.
Com avanços tecnológicos e investimentos no setor, o rerrefino segue como um dos pilares da economia verde, garantindo um futuro mais sustentável para a indústria e para o planeta.

Economia verde: PIB brasileiro poderá ter um incremento superior a US$ 400 bilhões até 2030

247 - Enquanto o plástico segue sendo um dos maiores vilões ambientais do planeta, com uma produção anual que já ultrapassa 460 milhões de toneladas, e apenas 9% desse total sendo reciclado, segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), uma empresa do interior do Paraná decidiu dar um destino bem diferente para milhares de garrafas PET que iriam parar no lixo, ou pior: nos rios e mares. A Fluvimar, fábrica de embarcações, é pioneira no uso de garrafas PET como sistema de flutuação dos barcos, uma solução sustentável que já faz parte da rotina da empresa há mais de duas décadas.
“Antes do ESG virar moda, a gente já olhava para o meio ambiente com responsabilidade. O uso das PETs veio lá atrás, como uma alternativa eficiente, econômica e ambientalmente correta. Hoje, a gente utiliza cerca de 3 toneladas por ano de garrafas PET só para a flutuação das embarcações”, explica Raquel Oliveira, CEO da Fluvimar.
O sistema é simples e inteligente: as garrafas recicladas são armazenadas dentro de compartimentos estanques nos cascos dos barcos, garantindo estabilidade, segurança e, claro, evitando que toneladas de plástico sejam descartadas de forma inadequada.
“A PET cria uma câmara de ar super leve e resistente. Não fura, não vaza e ainda ajuda a reduzir o uso de isopor, que é muito mais agressivo ao meio ambiente".
As garrafas PET reaproveitadas servem como sustentação de vários tipos de embarcações e estruturas flutuantes. "Essas garrafas formam a base de flutuação de vários modelos que a gente fabrica, desde plataformas e decks sobre a água até barcos de pesca, embarcações de transporte em rios, balsas menores e até flutuadores laterais de barcos de apoio", explica.
Além das PETs, a empresa também adotou outra prática sustentável que chama atenção: a captação de água da chuva. Toda a água utilizada para lavar os barracões, testar os barcos e fazer a limpeza final das embarcações vem de reservatórios próprios. “É mais uma forma de reduzir o impacto ambiental e fazer a nossa parte”, comenta.
A preocupação com práticas ESG tem se tornado cada vez mais estratégica, inclusive para o setor náutico, e a preocupação com a sustentabilidade tem ganhado destaque entre os consumidores brasileiros. Pesquisa realizada pela EY em 2024 revelou que 60% dos brasileiros consideram a compra e o comportamento sustentável como princípios de vida, e 73% estão mudando para alternativas sustentáveis nos produtos que adquirem.
“Hoje, o cliente quer mais do que um barco bonito ou robusto. Ele quer saber qual é a história por trás, como ele foi feito, qual o impacto que aquela compra está gerando. Esse olhar ambiental faz diferença, e para nós isso sempre foi natural”, reforça.
Com embarcações que vão de barcos de pequenos porte e pontoons para até 29 pessoas, a Fluvimar alia design, resistência e sustentabilidade. “Essa é uma combinação que tem feito a marca se destacar não apenas nos rios e lagos do Brasil, mas também como um exemplo de indústria que navega em direção ao futuro, com responsabilidade ambiental a bordo”, conclui.

Garrafas PET viram sistema de flutuação em barcos; conheça a tecnologia 100% paranaense

247 - A Ambipar, líder global em soluções ambientais, anunciou nesta quinta-feira (24) duas iniciativas ecológicas de alto impacto: a inauguração de uma unidade de lavagem de garrafas, no Paraná, e a modernização de uma usina de triagem de caco de vidro, na Região Metropolitana de São Paulo.&nbsp;
Com as inovações tecnológicas da usina de triagem essa inovação, a unidade possui agora uma área de 11 mil m², além de leitores óticos para identificação de contaminantes, o que permite uma triagem mais eficiente e a separação do vidro por cor e tamanho, triplicando a capacidade de trabalho da usina e tornando o processo mais ágil e produtivo.
<blockquote>O aumento na capacidade da usina seria suficiente para cobrir, diariamente, cerca de quatro campos de futebol.</blockquote>
A iniciativa traz ainda benefícios na questão da reciclagem de vidros, que normalmente tem desafios ligados à sua coleta, possibilitando a recuperação deste material com alto grau de pureza e que antes era descartado em aterros sanitários.
<blockquote>“O volume de material que estávamos captando já não era possível de ser tratado com a linha anterior e, por isso, foi necessário aumentar nossa produtividade por meio da automação, atendendo a uma demanda crescente por qualidade na indústria vidreira. Com essa tecnologia, também é possível recuperar vidros em materiais que antes eram enviados para aterros por conterem muitos contaminantes, como pedras e porcelanas, de forma economicamente viável”, explica Hugo Ladeira, Líder de Desenvolvimento de Novos Negócios da Ambipar.</blockquote>
A usina recebe vidros de origem do pós-consumo, coletados em canais geradores como bares, restaurantes, hotéis e residências.&nbsp;
A Ambipar busca esses materiais em mais de 500 cidades nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Paraná e Santa Catarina. A empresa disponibiliza caçambas de poliguindaste ou roll-on para catadores, cooperativas, sucateiros e garrafeiros armazenarem o material, que posteriormente é coletado.
“Todo o trabalho de reciclagem desses cacos é destinado à indústria vidreira, que os utiliza para a fabricação de novas embalagens, substituindo a matéria-prima extraída da natureza, economizando recursos energéticos e gerando menos CO2. O vidro permite um ciclo infinito de reciclagem, sem comprometer a qualidade das embalagens fabricadas com estes itens. Ainda conseguimos encaminhar também para reciclagem os metais e plásticos, como as tampas e gargalos, que chegam junto com o vidro e são retirados no processo de beneficiamento”, complementa Ladeira.
<h3>Nova Unidade de Lavagem de Garrafas</h3>
Ampliando sua capilaridade no Brasil, a Ambipar também está inaugurando, em Maringá (PR) sua Unidade de Lavagem de Garrafas. O local tem capacidade para lavar 4 milhões de garrafas por mês – esse volume seria o suficiente para abastecer 26 grandes eventos com 50.000 pessoas cada -, coletadas em todos os estados brasileiros por meio de cooperativas e outros agentes, e terá foco no reuso de embalagens de bebidas.
“A tecnologia implementada realiza a triagem, seleção e lavagem automatizada das garrafas, removendo rótulos e desinfetando-as para que possam ser reutilizadas como novas. O processo de reuso das garrafas reduz significativamente a emissão de carbono, contribuindo para as metas de reciclagem das marcas, além de combater a falsificação de bebidas, promovendo um ciclo infinito de reciclagem e economia de recursos naturais”, finaliza o executivo.&nbsp;
Com esses dois investimentos, a Ambipar continua mostrando seu compromisso com a sustentabilidade e a eficiência produtiva, além de dar um passo significativo para a gestão de resíduos e a preservação ambiental no Brasil.&nbsp;
As iniciativas também contribuem para a redução do uso de aterros, diminuindo a quantidade de resíduos descartados de forma inadequada, e reduz a emissão de carbono, ao promover processos mais eficientes e menos poluentes.&nbsp;
Além disso, a Ambipar impulsiona a elevação da mão de obra das cooperativas que atuam na captação desses materiais, proporcionando mais oportunidades de trabalho e melhorando a qualidade de vida dos cooperados.

Unidade de Lavagem de Garrafas, da Ambipar, em Maringá-PR

Ambipar inaugura unidade de lavagem de garrafas e moderniza usina de triagem de caco de vidro

247 – Poucos meses depois de sancionar a lei que proíbe a importação de lixo de outros países, saudada por especialistas como um marco que poderia estimular cooperativas de catadores e a reciclagem no Brasil, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode retroceder na questão ambiental, por meio de uma portaria que está sendo discutida nos bastidores do governo. A medida, redigida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), comandado pelo ministro Geraldo Alckmin, tem gerado preocupação entre especialistas e setores comprometidos com a sustentabilidade. Caso seja oficializada, deve gerar forte reação do Congresso Nacional e das cooperativas de catadoras e catadores, historicamente apoiadoras do presidente Lula.
Nesta semana, o MDIC encaminhou ao Ministério do Meio Ambiente uma proposta de portaria que autoriza a importação de resíduos sólidos classificados como "insumos estratégicos" para determinados segmentos da indústria. Embora essa classificação aparente um caráter técnico, o conteúdo da proposta se choca frontalmente com a <a href="https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2025/lei/L15088.htm">Lei nº 15.088</a>, sancionada em 6 de janeiro de 2025 pelo próprio presidente Lula, que alterou a Política Nacional de Resíduos Sólidos e proibiu a importação de resíduos como papel, plástico, vidro e metal.
Um passo essencial para a reciclagem
A lei sancionada por Lula — e celebrada como um marco para o avanço da reciclagem no País — estabelece a proibição da importação de resíduos sólidos, ressalvando apenas duas exceções: a transformação de materiais e minerais considerados estratégicos, como aparas de papel de fibra longa, e os casos de logística reversa de resíduos previamente exportados. A sanção foi amplamente aplaudida por especialistas, ambientalistas e pelas cooperativas de catadores, que viam na nova legislação um passo essencial para fortalecer a reciclagem nacional e combater a injustiça ambiental de transformar o Brasil em depósito de lixo estrangeiro.
Com a nova portaria, o governo corre o risco de minar seu próprio avanço. Isso porque muitos dos resíduos considerados “estratégicos” pela indústria podem, na verdade, ser coletados e reciclados internamente, com geração de emprego e renda para milhares de trabalhadores da cadeia da reciclagem — especialmente os catadores organizados em cooperativas. Estudos apontam que o Brasil trata menos de 2% dos resíduos que produz.
Reação esperada no Congresso e entre catadores
Caso a portaria avance, a resposta deverá vir não apenas de entidades socioambientais, mas também de parlamentares que atuam em defesa da justiça ambiental, da economia circular e da soberania nacional. O Congresso Nacional, que aprovou a lei sancionada por Lula, tende a reagir ao que será interpretado como uma tentativa de esvaziar uma legislação que teve amplo apoio e foi construída com base em diálogo técnico e social.
As cooperativas de catadoras e catadores, por sua vez, já demonstram inquietação. Estas organizações vêm lutando há décadas para garantir reconhecimento e valorização de seu trabalho, muitas vezes informal, mas fundamental para a reciclagem brasileira. A entrada de lixo importado, alertam lideranças do setor, compromete o desenvolvimento da reciclagem nacional e pode eliminar postos de trabalho justamente no momento em que o governo anunciava medidas de estímulo à inclusão social e ao desenvolvimento sustentável.
Em <a href="https://www.conjur.com.br/2025-abr-05/nova-legislacao-impulsiona-a-reciclagem-no-brasil/">artigo publicado no site Conjur</a> em abril deste ano, o juiz federal Gabriel Wedy e a professora de gestão ambiental da USP Patrícia Iglecias elogiaram a nova legislação sancionada em janeiro e alertaram que a importação de lixo compromete a política nacional de resíduos sólidos. Segundo eles, a lei representa um “avanço necessário para impedir o Brasil de ser utilizado como lixeira de nações desenvolvidas” e impulsiona a reciclagem como política de Estado. “O ingresso de lixo estrangeiro fragiliza a política nacional de resíduos e ameaça a saúde ambiental e pública do País”, escreveram os especialistas.
Expectativa recai agora sobre Marina Silva e Rui Costa
A proposta de portaria será analisada inicialmente pelo Ministério do Meio Ambiente, sob o comando da ministra Marina Silva, que terá a missão de validar ou não o conteúdo da iniciativa do MDIC. Caso seja aprovada, a matéria seguirá para a Casa Civil, liderada por Rui Costa, antes de ser eventualmente submetida à sanção presidencial.
Diante da gravidade do tema e da contradição com a lei já sancionada por Lula, cresce a expectativa de que o governo recue da iniciativa e reafirme seu compromisso histórico com a proteção ambiental, o fortalecimento da reciclagem e o respeito aos trabalhadores e trabalhadoras da cadeia de resíduos sólidos no Brasil.

Marina, Lula e Alckmin decidirão sobre a importação de lixo

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