247 – O módulo de pouso Lanyue, da China, concluiu com êxito um teste abrangente de pouso e decolagem em ambiente simulado lunar, segundo informou nesta quinta-feira (7) a Agência Espacial Tripulada da China (CMSA, na sigla em inglês), em declaração ao jornal Global Times. O teste, realizado na quarta-feira (6) na base experimental de pouso extraterrestre em Huailai, na província de Hebei, no norte do país, representa o primeiro experimento chinês do tipo envolvendo uma espaçonave tripulada com destino a um corpo celeste fora da Terra.
De acordo com a CMSA, o ensaio exigiu condições extremamente complexas, com elevado grau de dificuldade técnica e duração prolongada, o que o torna um marco no ambicioso programa chinês de exploração lunar tripulada. A prova validou sistemas essenciais do módulo Lanyue, como o design da estrutura, estratégias de controle, procedimentos automáticos de desligamento durante o contato com a superfície e a integração de subsistemas fundamentais como orientação, navegação e controle (GNC) e propulsão.
<blockquote> “A conclusão bem-sucedida deste teste marca um novo e significativo avanço para a China no desenvolvimento de sua missão lunar tripulada”, afirmou a CMSA em comunicado oficial ao Global Times.</blockquote>
<h3>Primeira missão tripulada à Lua até 2030</h3>
Segundo nota da CMSA divulgada em 3 de março e também publicada pela agência estatal Xinhua, a China planeja realizar sua primeira missão tripulada à Lua antes de 2030. Os astronautas, conhecidos como taikonautas, serão escolhidos entre os que já participaram de missões na Estação Espacial Chinesa.
O plano prevê o uso de dois foguetes transportadores para colocar em órbita lunar tanto a espaçonave tripulada quanto o módulo de pouso. Após o acoplamento em órbita, os astronautas transferir-se-ão para o Lanyue e, então, pousarão na superfície lunar. Ali, deverão operar o rover lunar para conduzir pesquisas científicas.
<h3>Trajes e equipamentos batizados</h3>
Em fevereiro, a CMSA revelou os nomes dos equipamentos que serão utilizados na missão. O traje espacial de alunissagem foi batizado de Wangyu, que significa "contemplar o cosmos". Já o veículo de exploração foi nomeado Tansuo, ou “explorar o desconhecido”, segundo informações da agência Xinhua.
A iniciativa integra a estratégia de longo prazo da China para tornar-se uma potência líder no espaço e rivalizar com programas como o Artemis, dos Estados Unidos, liderado pela NASA. A corrida espacial contemporânea ganha nova dimensão com o avanço chinês, que agora entra na fase prática dos testes para levar seres humanos ao solo lunar — algo que não ocorre desde a missão norte-americana Apollo 17, em 1972.
Com o êxito do módulo Lanyue, a China demonstra que está cada vez mais próxima de realizar esse feito histórico, consolidando seu papel como protagonista da nova era da exploração espacial.

Redação Brasil 247

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Global Times

China testa com sucesso módulo lunar e avança rumo à exploração tripulada da Lua

247 - A China completou com sucesso o teste terrestre do sistema de propulsão do primeiro estágio do foguete Zhuque-3, desenvolvido pela empresa privada LandSpace.&nbsp;
A informação foi publicada pelo Global Times, que destacou o ensaio como um marco no desenvolvimento de tecnologia de foguetes reutilizáveis no país. O teste ocorreu na zona piloto espacial de Dongfeng, próxima ao Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, na província de Gansu.
Segundo o jornal, este foi o maior e mais avançado teste terrestre já realizado na <a href="https://www.brasil247.com/search?term=China+">China </a>com nove motores funcionando simultaneamente. O objetivo foi validar o desempenho do sistema de propulsão com nove motores Tianque-12A (TQ-12A), alimentados por oxigênio líquido e metano, e verificar a integração dos sistemas para o futuro lançamento do Zhuque-3.
<h3>Teste simula condições reais de voo</h3>
A estrutura utilizada no ensaio é idêntica à que será usada no primeiro voo do foguete. O procedimento simulou todas as etapas operacionais de um lançamento: abastecimento de propelente, pressurização de tanques, ignição escalonada dos motores, operação em regime estacionário e desligamento programado. De acordo com o People’s Daily, as condições de teste foram planejadas para replicar com precisão um voo real.
O foguete Zhuque-3 é o primeiro modelo chinês de grande porte com corpo em aço inoxidável e estágio inicial reutilizável. Com cerca de 66 metros de comprimento e peso de decolagem de aproximadamente 570 toneladas, o veículo conta com nove motores principais e sistemas auxiliares para controle de descida, incluindo aletas móveis.
Durante o teste, os nove motores atingiram um empuxo total de 7.542 kN. O desempenho foi considerado estável, com ignição sincronizada e funcionamento normal de todos os componentes, segundo os relatórios citados pela imprensa estatal.
<h3>Marco para foguetes reutilizáveis na China</h3>
Em declaração ao Global Times, Wang Yanan, editor-chefe da revista Aerospace Knowledge, afirmou que o teste foi necessário para avaliar a operação em paralelo dos motores, a capacidade de controle de empuxo e a integração geral do sistema. Ele lembrou que o Zhuque-3 já havia passado por um teste vertical de pouso em menor escala, a 10 km de altitude, mas esta foi a primeira verificação com a estrutura completa do foguete.
Wang afirmou ainda que a próxima etapa pode ser um teste de recuperação vertical em escala real. "Esta é a primeira vez que uma empresa privada chinesa realiza um teste terrestre de grande porte com um foguete de alta capacidade", disse ele, classificando o evento como um "marco".

Luis Mauro Filho

Sul Global

China testa com sucesso propulsor de foguete reutilizável com nove motores operando em sincronia

Reuters – A espaçonave Starship, da SpaceX, explodiu em espaço minutos após seu lançamento nesta quinta-feira (6), deixando um rastro de destroços sobre o Caribe e levando a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) a suspender temporariamente o tráfego aéreo em parte da Flórida. A informação foi divulgada pela Reuters, que também relatou que este é o segundo fracasso consecutivo do foguete de Elon Musk neste ano.
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram destroços incandescentes cortando o céu ao entardecer sobre o sul da Flórida e as Bahamas, logo após a Starship perder controle e seus motores serem desligados, conforme registrado na transmissão ao vivo da SpaceX. A falha ocorreu pouco depois da espaçonave iniciar um movimento de rotação descontrolado.
Este é o oitavo teste do Starship e representa um revés para o programa espacial de Musk, que tem como objetivo enviar humanos a Marte até o final da década. O foguete de 123 metros de altura é considerado central para essa missão.
<h3>Investigação e impacto nas operações aéreas</h3>
Diante do incidente, a FAA suspendeu temporariamente voos nos aeroportos de Miami, Fort Lauderdale, Palm Beach e Orlando devido aos destroços do foguete. A agência também anunciou a abertura de uma investigação para determinar as causas da falha e definir as condições para um novo lançamento.
A SpaceX confirmou, em nota, que o Starship sofreu um "evento energético" na parte traseira, levando à perda de múltiplos motores e, posteriormente, do controle de atitude e das comunicações. "O contato final com a espaçonave ocorreu aproximadamente 9 minutos e 30 segundos após a decolagem", informou a empresa.
Apesar da explosão e da chuva de destroços, a SpaceX garantiu que não havia materiais tóxicos entre os fragmentos que atingiram o Caribe. O teste anterior do Starship, ocorrido em janeiro, também terminou de forma explosiva, espalhando destroços sobre ilhas da região e causando danos a um veículo nas Ilhas Turcas e Caicos.
<h3>Repercussão e próximos passos</h3>
O porta-voz da SpaceX, Dan Huot, comentou a falha durante a transmissão ao vivo da empresa: "Infelizmente, isso aconteceu da última vez também, então já temos alguma prática".
A FAA havia concedido licença para este lançamento mesmo com a investigação da falha anterior ainda em andamento. Agora, a agência determinará as medidas corretivas antes de autorizar uma nova tentativa.
O objetivo inicial deste teste era que a Starship realizasse quase uma órbita completa na Terra antes de reentrar na atmosfera sobre o Oceano Índico, simulando um pouso futuro. Este seria um passo crucial para que a SpaceX comece a realizar pousos em terra, uma etapa essencial do desenvolvimento do foguete para missões interplanetárias.
Com dois fracassos seguidos em fases consideradas superadas anteriormente, a SpaceX enfrenta desafios significativos para acelerar o cronograma de testes e garantir a viabilidade do Starship como a próxima geração de espaçonaves interplanetárias.

Mundo

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